Vila Borges - Foto: Rosival |
Casa em Campo Grande - Foto: Rosival |
Em Itabaiana temos a Associação Cultural Memória Viva, preocupada em preservar a imagem viva de tempos passados que constitui os elementos formadores do nosso patrimônio. Alguns ícones como o coreto da praça Manoel Joaquim de Carvalho são quase como uma marca da cidade, traduzindo um momento cultural muito rico de nossa história.
A despeito da absoluta falta de interesse dos gestores públicos com relação aos nossos bens culturais, materiais e imateriais, ainda resistem pessoas e instituições que pensam na preservação desses valores tão importantes para o desenvolvimento sustentado, a promoção do bem-estar social, a participação e a cidadania.
A foto mostra um ângulo da vila dos Borges, na histórica Rua da Indústria, onde funcionou o não menos histórico Curtume Santo Antonio. As casinhas estão pintadas em cores vivas como em 1920, quando foram construídas, produto do zelo do nosso companheiro Fred Borges. Como patrimônio cultural tangível, já deveria ter sido tombado pela Câmara Municipal e Prefeitura. Outros patrimônios culturais edificados, como o Colégio São José da professora Marieta Medeiros, já foram destruídos com a anuência da Prefeitura, apesar das suas riquíssimas peculiaridades culturais. Até isso nos roubam: a possibilidade de propiciar às gerações futuras a compreensão da nossa história humana.
Na outra foto, temos o frontão de uma casa antiga na vila de Campo Grande, prédio em estado de preservação precário. Daqui fazemos um apelo à Câmara Municipal no sentido de formular projetos que visem preservar os nossos bens de valor histórico, cultural, arquitetônico, ambiental e afetivo, medidas que impeçam sua descaracterização ou destruição, como ocorreu com o Colégio São José. Quem garante que algum prefeito maluco e burro tenha a ideia de desmontar o coreto, por exemplo, vender no ferro velho e construir uma latrina no seu lugar? Latrinas outras já foram construídas em espaços públicos totalmente inadequados, sem nenhum critério técnico ou cultural.
Fábio sou seu leitor de todos os dias, gostei da publicação das fotos das casas antigas que ficam na praça da industria, me fez voltar a um tempo que jamais voltará.
ResponderExcluirPor favor, continue publicando materias como esta, de grande valor histórico e cultural.
. Amigo Fabio,
ResponderExcluirDepois que vi, tentarem contra o leito do rio paraíba, transformarem praças em favelas urbanas de bebuns, urbanizar todo centro da cidade com fiteiros e barracas, venderem prédios públicos, abandonarem educandários e destruírem prédio históricos , é possível sim desmontarem e venderem os ferros do coreto e construírem mictórios.
Agora de uma coisa tenho certeza, Gestores não são malucos, porque maluco rasga dinheiro para não distribuir com ninguém. Já Gestor não rasga mas também não distribui.
Burro também não é, porque burro só come capim e se pressionado empaca. Já Gestores só come filé migmon e se pressionado segue em frente dando coice a quem se atrever atrapalhar seu caminho.
Na verdade, antes de morrer eu queria saber nitidamente o que é seria mesmo um Gestor.
Orlando Araujo