quinta-feira, 30 de abril de 2015

Gugu “malufou” minha foto


O apresentador de televisão Gugu Liberato fez uma matéria especial com o humorista paraibano Shaolim, que foi apresentada no seu programa na TV Record. Na matéria, exibem esta foto de Shaolim sendo entrevistado por Arnaud Costa, meu pai, na Rádio Sapé FM, há bastante tempo. Essa foto é do nosso acervo pessoal. Na foto acima, o radialista Arnaud Costa abraça o humorista Shaolin na Rádio Comunitária Sapé (Sapé/PB), tendo ao lado o também comediante João Marcos (autor do livro Contos, contículos e textículos) e outro radialista comunitário.

Esse lance lembra a velha polêmica dos direitos autorais. A fotografia é considerada obra intelectual, e como tal está protegida pelo art. 7º, inc. VII da Lei nº 9.610/98: "Art.7º: São obras intelectuais protegidas as criações do espírito, expressas por qualquer meio ou fixadas em qualquer suporte, tangível ou intangível, conhecido ou que se invente no futuro, tais como: VII - As obras fotográficas e as produzidas por qualquer processo análogo ao da fotografia.
Tem a história dos direitos morais envolvidos nesse rolo. Os direitos morais são inalienáveis e irrenunciáveis, pertencendo única e exclusivamente ao autor, entre eles o direito de exploração da obra, que precisa sempre de autorização formal, a qualquer tempo. Eu, no entanto, não ligo para essas boçalidades da lei. Acho que uma obra de arte pertence à humanidade. Tanto que, nos meus livros, utilizo o esquema do Copyleft, permitindo a cópia livre da obra, desde que citada a fonte. No meu recente livro de poemas, “Laranja-romã”, informo já na página de rosto: “Todos os direitos e responsabilidade, divido com todos.”

No caso do Gugu, a veiculação teve finalidade comercial e foi exibida a matéria na TV de um grupo que odeia rádio comunitária, vive fazendo campanhas negativas para envenenar a opinião pública contra nós. É como seu pior inimigo usar seu nome para se promover e ganhar dinheiro. Tem quem goste não, tem?


Mas deixa isso pra lá. Ninguém fica sabendo da autoria da foto, somente eu e meus leitores da Toca.  

quarta-feira, 29 de abril de 2015

Cem por cento de aprovação no FIC é pra comemorar

Os quatro projetos que ajudei a formatar para o Fundo de Incentivo à Cultura Augusto dos Anjos, da Secretaria Estadual de Cultura, foram aprovados pela comissão. Em Mari, vamos montar a peça “Mari, Araçá e outras árvores do paraíso”, com o Coletivo Dramático de Mari, grupo que ajudei a fundar em 88 e com quem trabalhei por 12 anos. Em João Pessoa, sou proponente do projeto “Cordel na rádio comunitária”, que pretende divulgar a poesia popular pelas ondas do rádio. Em Itabaiana, o Ponto de Cultura Cantiga de Ninar foi chocadeira para os projetos “Evolução”, que vai reeditar um jornal histórico da cidade, e o “Projeto Livro na Feira”, com a nossa monitora Jacibete Mendes, objetivando divulgar o livro e fomentar o hábito da leitura.

Agradecendo aos companheiros e companheiras que estiveram conosco nas tarefas de montagem dos projetos, com especial destaque para Socorro Almeida, Jacibete, Marcos Veloso, Ricardo Alves e Ozaneide Vicente. Durante a execução das etapas, teremos interlocução com agentes culturais e artistas nos diversos projetos aprovados, e será uma honra trabalhar com gente do naipe dos atores Fred Borges, Normando Reis, Chico Tadeu e Jacinto Moreno, sonoplasta Maurício Mesquita, jornalista Dalmo Oliveira e os poetas Sander Lee, Antonio Costta, Thiago Alves, Bob Motta, Heleno Alexandre, Vavá da Luz, Rui Vieira e o cinegrafista Sosthenes Costa Júnior.


Em Itabaiana, tivemos mais dois projetos aprovados, sendo um deles do meu compadre Fred Borges, com “O brincante na estrada de barro”, onde ele vai sair em uma carroça puxada a burro pela zona rural do município, fantasiado de preto velho, contando velhas histórias do imaginário popular daquela região e distribuindo folhetos. Então, mãos na massa da cultura e viva o Brasil e chova arroz!

terça-feira, 28 de abril de 2015

Alô pra galera de Nova Russas

Dedé Arnor, nosso ouvinte de Nova Russas

Galera aposta que rádio AM está cada dia mais fora do círculo de interesse dos ouvintes, mas esquece que a internet flui bem no mundo, levando as programações radiofônicas para os confins do planeta. Nesse trânsito cibernético, você pode ser ouvido em paragens jamais imaginadas nas quebradas desse mundaréu, mesmo transmitindo a partir de uma estação AM.

A Rádio Tabajara da Paraíba AM é a segunda mais ouvida na capital, João Pessoa, conforme estatística de abril de 2015 do site www.maisradio.com.br Nessa emissora, o Ponto de Cultura Cantiga de Ninar, em parceria com o Coletivo de Jornalistas Novos Rumos e Sociedade Cultural Posse Nova República produz o programa semanal “Alô comunidade”, que vai ao ar todo sábado a partir das 14 horas, retransmitido por mais de dez rádios comunitárias e outras tantas rádios web, da Paraíba e outros estados.

O bom nesse jogo é o feedback, aquele lance do contato do ouvinte por telefone, email ou redes sociais. Fica uma sensação de gratidão e de receptividade, ainda mais quando o ouvinte mora distante, longe da realidade de sua aldeia, mas antenado no que você diz, sentindo-se de alguma forma motivado para fazer contato e dizer que gosta do seu programa. É o caso do meu compadre Dedé Arnor, de Nova Russas, no Ceará. Ele manda dizer que se chama Francisco José, funcionário público, administrador escolar. Dedé procurou um aplicativo e baixou no seu celular para ouvir o programa “Alô comunidade” pela Rádio Web Comunitária Porto do Capim. Gostou e virou ouvinte cativo. Isso é super encorajador, estimulante para prosseguirmos no projeto de comunicação comunitária que foi há quatro anos formulado na Rádio Comunitária Zumbi dos Palmares.

Nova Russas fica no sertão de Crateús, Ceará. É a capital do crochê no Nordeste. Lá, todo mundo faz crochê. Tem até uma feira, aos sábados, para comercializar o artesanato. Legal, né? Valeu, Dedé Arnor, nosso ouvinte em Nova Russas.

segunda-feira, 27 de abril de 2015

Terremoto não abala mentes egocentradas



“Minhas memórias sucumbem ao terremoto em Katmundu, triste”. Frase postada pela carnavalesca Ednamay Cirilo. O terremoto do Nepal deixou triste uma mulher alegre. E quem mais? No Facebook, local de queixumes e alegrias pessoais, pouquíssimas almas lembram dessa tragédia de proporções, digamos, de hecatombe. Outros, insistem em afirmar que “o Senhor é meu pastor”, mas não se lembram de pedir preces para os milhares de seres humanos que foram soterrados no terremoto. A vida continua na terra. A poesia da vida vai fazendo seu rastro. “Poesia não é de quem escreve, mas de quem precisa dela”. A poesia de hoje seria a da solidariedade aos homens, mulheres e crianças do Nepal.

Fofinha a foto da gatinha que morreu. A dona postou com uma mensagem de tristeza, informando que chorou a noite toda. Outros celebram aquele “eu” maravilhoso que existe dentro de cada um. O crente insiste em lembrar que “Jesus te ama”, sem saber que no Nepal os hinduístas fazem a terceira maior religião do mundo em número de seguidores. Tem origem em aproximadamente 3.000 a.C. na antiga cultura Védica. As divindades do Nepal também te amam, pobre ignorante! Resta ao crente ocidental amar o resto da humanidade, respeitar as coisas antigas e a fé do outro. Os hindus são politeístas, acreditam em vários deuses. O principal é Brahma, mas eu não recomendo fazer piada em torno disso. Brahma representa a força criadora do universo. E a que destrói também. Matsya é a deusa que salvou a espécie humana da destruição. Essa deusa estaria de folga no dia da hecatombe.


Jodelice foi quem acertou na mosquinha: “Enquanto estamos trancados em nossas casas, focados nas conexões e navegações além mar, deixamos ancorados em nossos corações o sentido e atitude da vida. Viver entre seus semelhantes com dignidade e respeito.” 

sábado, 25 de abril de 2015

ETC & ETC



ADEILDO COMENDADOR

Meu compadre Adeildo Vieira receberá a comenda Sivuca no dia 26 de naio de 2015, na Casa de Recepções Finesse, homenagem da Câmara Municipal, como parte das comemorações do aniversário de Itabaiana.

BAJULADOR

“Não tem quem aguente o bajulador. Mas,que é gostoso, é...” – João Agripino.

SARAU

Hoje tem Sarau das Almas no Café Sivuca, em Itabaiana, às 20 horas. Poesia, cinema, música boa, tudo de graça. Proposta decente do Ponto de Cultura Cantiga de Ninar, à frente o ator Ed Gonchá e a poeta Renaly Oliveira.

LIÇÕES DE CATECISMO

Antigamente, nas aulas de catecismo, as crianças engoliam rodelas de bananas como se fossem hóstias, em treinamento para não morder Jesus Cristo.

DO MEU JEITO

“Existem três jeitos de  fazer as coisas: o jeito certo, o jeito errado e o meu jeito, que é igual ao jeito errado, só que rápido.” – Homer Simpson, o desenho.

GERIATRIA

Para ganhar a carteirinha de idoso, você deve já ter feito as três operações: catarata, próstata e hemorróida. Descubro-me velho sem ter feito nenhuma delas. Pulei etapas.

sexta-feira, 24 de abril de 2015

Apontamentos para coletânea de José Octávio de Arruda Mello


O nobre historiador José Octávio de Arruda Mello encomendou um artigo sobre lutas sociais em Itabaiana para uma coletânea sobre aquela cidade. Considerando que seja uma oportunidade para a construção da memória de nossa terra, aceitei o encargo, indicando, a pedido dele, algumas pessoas para assinarem textos dentro do espírito da coletânea que é de abordar diversos aspectos da vida social, econômica, cultural e política da terra de Fernando Pessoa, chefe político cuja vida é tema de estudo do próprio Arruda Mello a ser publicado no livro.

Assim, para falar sobre experiências educacionais e sobre os grandes ícones dessa área, indiquei a professora Telma Lopes, importante figura do meio educacional itabaianense, que por certo não se negará a compartilhar suas próprias ideias e seus conceitos sobre o universo educacional da terra de Zé da Luz, auto de um poema clássico cujo verso final decreta: “É crime não saber ler!”

O poeta Sander Lee ficou de organizar estudo sobre cultores das musas, principalmente enfocando nossos cordelistas e poetas “matutos” na linha do próprio Zé da Luz e Bastos de Andrade, incluindo os artistas da palavra cantada feito Biu Salvino e outros nomes que fogem desse estilo, mas são poetas que fazem parte do panteão dos nossos mestres, sendo como foi Itabaiana um dos principais polos de cultura paraibana no século vinte.

Como fonte documental, entre outras obras, meu livro “Artistas de Itabaiana” será muito citado nessa coletânea, por força dos importantes subsídios ali registrados sobre vida e obra dos mais importantes artistas nascidos em Itabaiana ou radicados naquela cidade.

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EM TEMPO: Não estou atualizando o blog com a frequência que gostaria por motivo de doença. Com artrite nas mãos, entre outros incômodos, não estou conseguindo escrever. Mas, segue o barco. Vou dando meus pulinhos para tentar passar meus recados, senão morrerei junto com João Cabral de Melo Neto que afirmou: “Eu queria escrever. Só escrever atenuaria o que sinto. Mas, o problema é que não consigo mais escrever, não sai nada!”

quinta-feira, 23 de abril de 2015

ETC & ETC

* Documento oficial da Câmara dos Vereadores informa que, em 2014, 80% dos chamados parlamentares mirins não produziram nenhum projeto. Por essas e outras, alguém já alcunhou a sede do legislativo de "Palácio dos Inválidos".

* A gente se vê no lado escuro da lua.

* Considerações finais: ninguém aguenta mais!

* Casa de João de Barro de baixa renda  vive a duras penas.

* "Ninguém sabe onde Deus acaba e recomeça." - Carlos Drummond de Andrade

* Pelé dava aula de campo?

* O velho Leão comunica à selva que está com a pata inflamada e a úlcera angustiada.

* "Todos temos um dever sagrado: colocar o país acima do exército e da glória militar. É esta a norma que deve prevalecer. A paz é mais nobre do que a guerra." - Marechal Foch. (Citação do livro Rommel - grandes biografias, de Lutz Koch, que acabo de ler.)

terça-feira, 21 de abril de 2015

Projeto VaLendo Brasil


Ontem fui ao Espaço Cultural e levei alguns livros para trocar no escambo de livros, uma tenda armada onde você deixa um livro e pega outro. Não tem ninguém para atender. É uma biblioteca móvel do Projeto VaLendo Brasil, uma iniciativa de um casal de jovens de São Paulo, Willy Casarini e Marina Chene. Eles andam pelo Brasil distribuindo essas bibliotecas, para incentivar a leitura. Você pega um livro que já leu, deixa lá e apanha outro.

Uma ideia simples para tornar o livro mais acessível. Pode funcionar em pequenas cidades, tão sem nada no tocante à distribuição de livros. Na minha cidade, Itabaiana, não existem bibliotecas nem livrarias. Achei legal, e vou fazer com o pessoal do Ponto de Cultura Cantiga de Ninar um bibliotecário móvel desses para tentar circular livros entre a população.


segunda-feira, 20 de abril de 2015

O artista na feira



Encontrei Gabriel Aboiador na feira dos assentados, na UFPB. Na sua barraca, vende bode, galinha de capoeira e sarapatel. Gabriel é natural de Sapé. Vive no assentamento Boa Vista, cuidando de suas rocinhas e dos bodes. É um dos maiores poetas aboiadores da Paraíba. Lançou seu CD e vende a obra junto com a carne do bode, pimenta, alho, limões e macaxeira.
Gabriel batalha no seu cantinho pelo desenvolvimento sustentável na agricultura familiar, vendendo sua produção orgânica na feirinha e cantando seus aboios. Participa todos os anos do Festival de Aboio de São José dos Ramos, único evento desse tipo na Paraíba. 

Gabriel cozinha seu apreciado bode no fogão de lenha. Os professores da UFPB são seus clientes todas as manhãs de sexta-feira, no campus de João Pessoa. Gostam de comer o bode com macaxeira e prosear com o poeta aboiador. Pena que eu não estava com meu gravador digital para fixar a toada:

Gabriel Aboiador
Que é filho de Sapé
Afasta cobra com o pé
Na vida de agricultor
Eu no meio dos doutor
Me sinto bem à vontade
Dizendo dessa saudade
Que sinto de Gabriela
Cozinhando na panela
O picado com pimenta
Quero saber qual a venta
Que não sente o cheiro dela
Ôôôôô...boi...

Com minha Olimpus 12X sem juros, mandei bater a chapa com o poeta e depois tirei sua foto com Gabriel Júnior, seu filho. Não sabia, mas fiquei sabendo que o aboio é uma arte poética de origem moura, trazida pelos escravos portugueses da Ilha da Madeira. Só existe no Nordeste e em Minas Gerais. 

O Festival do Aboio de São José dos Ramos é uma louvação à tradição da cultura popular na terra do magnífico repentista Manoel Xudu, sobre quem publiquei um livro, cuja edição já está esgotada. A prefeita Cida Amorim quer reeditar a obra.

domingo, 19 de abril de 2015

POEMA DO DOMINGO




SONETO A FLORBELA ESPANCA

Fábio Mozart

Não a de Augusto, mas outra pantera
Sem a elegância da dondoca vã,
Também fez da angústia o mote de uma era,
De alma libertária, triste e pagã.

Divina transgressora dita Conceição,
Poeta por instinto, artista de alta proa,
Matriz do feminismo na terra de Pessoa,
Quem dera conhecer teu dúbio coração!

No seu nobre desprezo pela humanidade
Foi refratária à tola generosidade
E só a um amou com grande sentimento.

Outras cintilações ressurgem dos afrescos,
Tesouros consumidos em “círculos dantescos”
Em meio ao orgulhoso e anárquico lamento.

sábado, 18 de abril de 2015

Joan Saulo lembra Solano Trindade

Joan Saulo é também animador cultural em Pilar

Vou entrevistar hoje, no “Alô comunidade”, um poeta jovem, cujo trabalho de boa qualidade será lançado em 25 de abril em Pilar. Trata-se do livro “Aracnomomento”. O poeta é Joan Saulo do Monte, natural do Recife e radicado na terra de José Lins do Rego. Quando garoto, leu Augusto dos Anjos e quis, no íntimo, trabalhar a palavra contundente dos poemas.

Joan Saulo do Monte se considera um poeta que “tem influências da identidade negra, presente não apenas nas minhas produções, mas também em outras com as quais tive contato e que serviu de ponto norteador para os meus escritos e compreensão da realidade na qual estou inserido.”

Joan Saulo fez lembrar outro poeta recifense, nascido no começo do século vinte. Solano Trindade foi operário, comerciário, funcionário público, jornalista, poeta, cineasta, pintor, homem de teatro e um dos maiores animadores culturais brasileiros do seu tempo. Foi premiado no exterior e elogiado por celebridades como Carlos Drummond, Darcy Ribeiro, Otto Maria Carpeaux, Sérgio Milliet e tantos outros. Esse negro (e pobre) escritor recifense está hoje esquecido nos círculos culturais, apesar de tudo o que fez pela cultura brasileira, pelo resgate da arte popular e pela independência da cultura negra.

“A minha poesia continuará com o estilo do nosso populário, buscando no negro o ritmo, no povo em geral as reivindicações sociais e políticas e nas mulheres, em particular, o amor. Deixem-me amar a tudo e a todos”. (Solano Trindade)

PROGRAMA ALÔ COMUNIDADE
RÁDIO TABAJARA DA PARAÍBA – http://radiotabajara.pb.gov.br/
RÁDIO WEB COMUNITÁRIA PORTO DO CAPIM – www.radioportodocapim.com.br

HORA – 14h

sexta-feira, 17 de abril de 2015

Artistas pilarenses concedem entrevista na Rádio Tabajara


Del Pilar com a articuladora cultural Clévia Paz

O artista plástico Del Pilar Palácios e o poeta Joan Saulo do Monte concederão entrevista ao programa “Alô comunidade”, transmitido aos sábados a partir das 14 horas pela Rádio Tabajara da Paraíba AM, na frequência 1.110 KHZ. A entrevista será realizada amanhã, 18 de abril, com os apresentadores Fábio Mozart e Sander Lee. “O programa foi idealizado para dar espaço aos artistas das comunidades que não têm visibilidade na mídia”, afirmou Mozart.

Joan Saulo do Monte prepara-se para lançar seu primeiro livro, “Aracnomomento”, no dia 25 de abril, às 19 horas. Na Escola Dr. José Maria, em Pilar. A obra foi produzida pela Editora Multifoco, do Rio de Janeiro.

Del Pilar Palácios tem atelier em Pilar, onde produz quadros e pintura em cerâmica, com grande aceitação da comunidade. Ele também patrocina projetos sociais, ensinando sua arte aos jovens.

O programa ‘Alô Comunidade’ é um projeto de comunicação do Coletivo de Jornalistas Novos Rumos, Sociedade Cultural Posse Nova República e Ponto de Cultura Cantiga de Ninar, sendo transmitido direto dos estúdios da Rádio Tabajara da Paraíba AM (1.110), em rede de retransmissão por diversas emissoras comunitárias da Paraíba, inclusive a WebRádio Porto do Capim. Apresentação e produção de Fábio Mozart, Dalmo Oliveira, Beto Palhano e Sander Lee.

quarta-feira, 15 de abril de 2015

Escritora itabaianense lança livro com espetáculo teatral em maio

O livro “Uma homenagem a Violeta Formiga e outros escritos”, de Jandira Lucena, será lançado em maio, na sua cidade natal, Itabaiana. A obra acaba de ser publicada pela Editora UFPB, como parte da Coleção Humanidades, do Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes daquela universidade.
No livro, Jandira Lucena trata da vida e da obra da poeta paraibana Violeta Formiga, personagem importante no universo literário e nas ações libertárias femininas nos anos 80 em João Pessoa. Como complemento, Jandira acrescenta poemas e crônicas que falam de sua terra natal, Itabaiana, e suas atividades culturais nos anos 70, como uma das fundadoras do Grupo Experimental de Teatro de Itabaiana.
O livro “Uma homenagem a Violeta Formiga e outros escritos” tem prefácio de Fábio Mozart e apresentação da professora e crítica literária Neide Medeiros Santos.
No lançamento do livro, em data a ser definida, será apresentada a peça “As cartas de Anayde”, uma montagem teatral do Grupo de Teatro da ADUFPB, Sindicato dos Professores da UFPB. Com texto de José Flávio Silva e a direção de Carlos Cartaxo, o elenco é formado por Anadete Alves do Nascimento, Ananda Freitas, Georgina Furtado, Laura Sitcovsky, Paulo Medeiros, Sevi Faustino e Waglânia Freitas.
Baseada no livro “Anayde Beiriz – Panthera dos olhos dormentes” do médico e escritor Marcus Aranha, a obra fala de uma Anayde intelectual, leitora, apaixonada, feminina e moderna. A peça, assim como o livro, aborda a troca de correspondência entre Anayde e o homem que foi verdadeiramente seu grande amor: o estudante de medicina Heriberto Paiva.

Segundo Carlos Cartaxo, “a peça mostra uma mulher à frente de seu tempo na década de 20 do século passado; escritora e leitora ávida, intelectual que frequentava saraus poéticos, o que lembra a trajetória da poeta Violeta Formiga, de que trata o livro de Jandira Lucena.”



Representatividade



Bancadas da Bala, da Bíblia, da Bola e da Bunda se confrontam, fazem acordos, lutam e tramam no Congresso. A bancada evangélica é chamada “caçadora de bunda alheia”. A Bancada da Bala também é conhecida como a Bancada do Camburão.

A bancada da Bunda é atacada pela retaguarda e contra ataca com golpes de bundalelê. Tem também a bancada da Bela, que é ampla minoria. Como tem mulher feia no Congresso! Está sendo organizada a bancada da Bula, que é a turma da indústria farmacêutica. A bancada da Besteira tem como líder o palhaço Tiririca, porque “pior não fica”. A bancada ruralista é conhecida como Bancada Boi no Pasto. A bancada evangélica é quem comanda a Câmara, com o pastor Cunha acunhando em todos os maus costumes e pecados gerais, sob o dogma do “fora de minha seita não tem salvação”. Combatem o movimento gay e a flexibilização das leis antidrogas. Também querem a continuidade do aborto clandestino. O rebanho é comandado de fora pelo pastor Silas Malafaia, líder do Movimento Orgulho Heterossexual, uma rapaziada que pensa em gay vinte e quatro horas por dia. Eu disse 24 horas!

A bancada da Buceta tem sua influência. É um grupo feminino que também recebe orientação evangélica da deputada Clarissa Garotinho, filha daquele Garotinho, ex-governador do Rio. Se ligam em direito reprodutivo, aborto e questões de família. Moral sexual é com essa turma mesmo. Sexo, só para efeitos de reprodução da espécie e com consentimento dos pais ou responsáveis. Gays podem viver juntos, mas casal só é formado por homem e mulher. Se tiver uma terceira pessoa na área, deverá obedecer às leis não escritas da hipocrisia geral. Não se consideram uma ameaça aos direitos humanos e às minorias. Alguns acham que são enviados pelo próprio Deus para moralizar a zorra que é o Congresso. É algo assim como cavaleiros medievais discutindo agenda do século vinte e um.

A sociedade civil desorganizada é representada por tipos assim como o próprio palhaço Tiririca. Longe dos discursos bem construídos, bem formulados, passam a opinião do cidadão comum. É a bancada do Embola Bosta.


terça-feira, 14 de abril de 2015

Direito à depressão


“Se você tem um sonho, tem que correr atrás dele”, diz a frase idiota do imbecil americano que fez um daqueles filmes melosos para penetrar na psicologia e nas mentes dos babacas do mundo e injetar a merda do estilo de vida daqueles veados gordões e sacanas. Quem tem sonho, deve é dormir pra sonhar, bando de otários!

Hoje tou assim, tipo “não tou nem aí”. Se minha vida fosse um processo judicial, seria arquivado hoje “por falta de interesse das partes”.

Outro panaca escreveu em um desses blogs fuleiras como o que vossa mercê está lendo agora, que eu prontamente transcrevo, para não ter que pensar: “Uma vez um grande amigo me disse que nós deveríamos ter o direito de não produzir. Ter o direito de ficar coçando, morgando, de dormir o dia inteiro, de não produzir nada, nem “artisticamente”, nem profissionalmente, nem financeiramente. Seria praticamente o direito à depressão. O direto de viver fora do calendário, ou como diria um adorável capixaba, “de ficar trancado do lado de fora da vida”.

Mesmo para um velhote aposentado, a porra da sociedade não permite tal luxo. Tenho que me mover. Se ficar parado, a falta de grana, a família e sua encheção de saco vão ficar enchendo o saco. Não tenho direito nem ao autoexílio. 

É por isso que os babacas são felizes. A idiotice é vital para a felicidade. Gente chata, visceral, dessas que querem saber o sentido da vida, ou que não querem saber de nada além de suas experiências pessoas intransferíveis e inexistentes na tabela de ações “normais” do ser social, esses malandros acabam por ser rotulados de marginais. Por isso, mais uma vez prestarei meu papel de idiota e vou me levantar desta cadeira para enfrentar a porcaria do mundo. Encarar os mesmos safados de sempre, os hipócritas, os feladaputistas do mundo real e o babaca do meu patrício brasileiro, um ser que é um tratado vivo de como ser aparvalhado e ser feliz.

Eu diria, como Lary Kramer: “Não é revolta, é saco cheio da realidade.” Enfim, entediado máster.

Sim, e sabem o que vou fazer agora? Brigar com a companhia fornecedora de água que fica racionando o produto e quer que eu pague pelas safadezas todas da empresa. Mês passado paguei 50 reais. Este mês me mandaram uma conta de R$ 600 reais. Felas da puta, pisam na bola, fazem merda e obrigam o consumidor a sair de sua zona de desconforto pra resolver essa parada mal alinhavada e fedorenta. Pode ser ponderado, fino e ter postura com uma safadeza dessas?

Jamais vou dominar os princípios da sociedade humana. Por isso, serei sempre um sujeito sem princípios. 






segunda-feira, 13 de abril de 2015

Evento promovido pelo Ponto de Cultura reúne artistas de Itabaiana


Fred Borges (direita) declama no Sarau das Almas

O Café Sivuca, em Itabaiana, recebeu a 2ª edição do Sarau das Almas, promoção do Ponto de Cultura Cantiga de Ninar, neste sábado, 11 de abril, reunindo músicos, poetas e atores, além do pessoal de cinema, declamadores, professores e alunos do curso de violão do Ponto.

O evento, idealizado pelo ator Fred Borges e pela poeta Renaly Almeida, contou com participação do maestro Josino Mendes, cantora Zorah Lira, poeta Agenor Otávio e outros artistas locais. O Ponto de Cultura Cantiga de Ninar realizou exposição de livros de autores itabaianenses, além de folhetos da Academia de Cordel do Vale do Paraíba. 

Rafael Oliveira, um dos participantes, disse que o projeto é inovador. “Parabéns aos incentivadores da cultura em Itabaiana”, declarou. A Orquestra Som do Coração, comandada por Rosival Silva, esteve presente com alguns dos seus membros apresentando números musicais.

O próximo encontro está marcado para o dia 25 de abril no mesmo local, desta vez tendo como tema o documentarista itabaianense Vladimir Carvalho, que comemora 80 anos de idade.