terça-feira, 29 de setembro de 2020

sexta-feira, 25 de setembro de 2020

RÁDIO BARATA 65

 


VIDENTE MADAME PRECIOSA PREVÊ QUE BOLSONARO VAI MENTIR AMANHÃ E NAS PRÓXIMAS SEMANAS E NO MÊS QUE VEM

Rádio Barata no Ar – Edição 65:

https://www.radio.diariopb.com.br/programa-radio-barata-65a-edicao/?fbclid=IwAR3OLBIY5l0zexfp7K1L-i5anG0rZkBM4pZ4shd4O11FC5MXoy_RJwnSsOg


terça-feira, 22 de setembro de 2020

domingo, 20 de setembro de 2020

RÁDIO BARATA 63

 


RÁDIO BARATA NO AR APRESENTA A COMÉDIA ELEITORAL GRATUITA

Partido FODEMOS e seu anticandidato Bento Filho. O único partido que está fora da margem de erro de qualquer pesquisa. Aqui não tem erro: votou, se ferrou.

EDIÇÃO 63 no Radiotube:

https://www.radio.diariopb.com.br/programa-radio-barata-63a-edicao/?fbclid=IwAR20l8Jvuj36iLXnsLEQMav0Agta6TvdPXUBYqmw_jLrFrk05a0Eo_nCN_c

 

 

POEMA DO DOMINGO

 


Coivara no mato
um fato fatídico
fato flato
ato e lance factual
do novo normal
do mal plural
agroflorestal
 
Evolução do molesto
olhar grosseiro e funesto
do mundo em arresto
o que nos resta de gesto?
compartilhar em protesto
 
Compre em liquidação
em queima do espaço tempo
a terra, floresta e bicho
haveres que por capricho
no jugo da tirania
assume a anomalia
o tacão da covardia
vendia e prostituía
a tribo que noutro dia
cantava em vã alegria
para a soldadesca hiena
a mesma que nos condena
em crime que envenena
essa mudez obscena
de nossa mente pequena


F.M.

quinta-feira, 17 de setembro de 2020

RÁDIO BARATA 62

 


BARATA REALIZA CONVENÇÃO DO SEU PARTIDO E CONSAGRA ANTICANDIDATO BENTO FILHO

RÁDIO BARATA NO AR – Edição nº 62:

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segunda-feira, 14 de setembro de 2020

O poema circula na praça e no sanitário

 


O radialista, poeta cordelista e dramaturgo Fábio Mozart acaba de lançar um opúsculo em formato de bolso com o título “Poemas malditos em prosa, verso, gesto e grito”, tentativas de haicai, tercetos que reduzem ao mínimo a imagem poética. Nos gestos e gritos miniaturizados, Fábio recomenda a leitura do livrinho em filas, sanitários, praças e ônibus. Baratinho, o livro foi produzido abrindo os direitos autorais. Diz a legislação que “aos autores pertence o direito exclusivo de utilização, publicação ou reprodução de suas obras, transmissível aos herdeiros pelo tempo que a lei fixar”. O autor Mozart quer que o usufruto da obra seja de todos, de maneira comercial ou apenas moral. Ele avisa:

Contrariando a lógica

do mercado salafrário

o poema circulando

na praça e no sanitário.

 

Que a indústria cultural “ilumina como engano a massa”, conforme Theodor Adorno, isso já se sabe desde as peripécias de Monteiro Lobato na tentativa de criar um parque gráfico acessível para o autor nacional e uma base de leitores interessados no que nossos escritores têm a dizer. A poesia de Fábio Mozart circula entre amigos e nos sebos. Sua ideia determinante é produzir arte no teatro e na literatura, enquanto dissemina empreendedorismo social e cultural. Criou grupos teatrais, rádios comunitárias, times de futebol, associações de artistas, jornais e academias. Conheci o dito cujo na década de 1980, no movimento teatral amador da Paraíba. Ele vivia em Itabaiana, cercado pela influência de prodígios feito Zé da Luz, Sivuca, Ratinho, Vladimir Carvalho e mais recentemente, Jessier Quirino, vindo de Campina Grande para “salvar o que estava perdido”, parodiando o evangelista. Sim, porque a cultura popular acompanha a decadência da sociedade moderna. O pensamento mágico e espiritual, a memória coletiva, os valores artísticos do povo nunca estiveram mais ameaçados. Daí a importância do trabalho de um Jessier Quirino.

 

Mas eu falo da poesia de Fábio Mozart no livrinho “Poemas malditos em prosa, gesto, verso e grito”, que esta não tem raiz no pensamento e na forma do folheto tradicional da literatura de cordel, outro vetor da criatividade deste pernambucano, radicado na Paraíba há mais de meio século. Tive o prazer de inaugurar uma de suas crias, o Teatro de Bolso Nautília Mendonça, em Itabaiana, improvisado em um galpão. O teatrinho fechou, sem sustentação alguma dos tais órgãos públicos, como aconteceu com o nosso Teatro da Juventude de Cruz das Armas, o JUTECA em João Pessoa. E Mozart sempre foi descrente dos tais entes públicos e das divindades. Isso evidencia-se no verso:

 

Desconfiado de Deus e da ciência

morreu com um pé atrás

ponto final com reticência...

 

O livro é farto em concepções e imagens anarquistas. O autor sempre combateu o fascismo cultural, e hoje, nesses tempos assombrosos de atraso e decadência cultural, o velho poeta ainda arregaça as mangas da camisa bastante gasta nas suas inúmeras atividades democratizantes, humanizadoras e solidárias. Criador progressista, Mozart não tolera ser chamado de poeta. “Sou trabalhador ferroviário”. Aqui e ali, o livrinho fala de ternura. “Nesses tempos de ódio, amar nos faz revolucionários”. E o velho ferroviário não planeja encerrar seu ofício na estrada de ferro da arte nem tão cedo. Assim ele finaliza o livrinho, que recomendo:

 

Reinstalei a memória

que eu pretendo ser

uma longa história.




(Bento Júnior - Poeta, professor e ator)

 

 

domingo, 13 de setembro de 2020

POEMA DO DOMINGO


 

Lua estática

 

Eu sei e você sabe

Olhando friamente

Que todo o universo

Maquina contra a gente

 

Eu sei e você sabe

No espelho desta hora

Cruzando mar hostil

Avançamos na tora

 

A nossa história gira

Um século por hora

No apego inusitado

A gente ri e chora

 

Igual nossa canção

Se a vida se apagar

Você vem e se deita

Nós dois sob o luar

 

De lua estacionada

Então eu não direi

Palavras benquerenças

Que você sabe e eu sei

 

E tudo o que me resta

É me quedar calado

Nós dois nos adorando

Em um mundo parado

 

F. M.

RÁDIO BARATA 60


 

MADAME PRECIOSA SOPRA AS VELINHAS DA BARATA 60 E RESPONDE AOS CONSULENTES

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quinta-feira, 10 de setembro de 2020

RÁDIO BARATA 59

 

 


BARATA ENSINA TUDO O QUE VOCÊ PRECISA SABER PARA FUMAR E CHEIRAR TABACO

Programa 59 da Rádio Barata no Ar:

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terça-feira, 8 de setembro de 2020

RÁDIO BARATA 58

BARATA INVADE AEROPORTO DE MOSCA E LANÇA O CARECA BENTO FILHO PARA ACADEMIA DE LETRAS DA PARAÍBA

RÁDIO BARATA NO AR – Edição 58 no Radiotube:

https://www.radio.diariopb.com.br/programa-radio-barata-58a-edicao/?fbclid=IwAR23INgPoxyKBiIXKaYbwTTls9YjyeDiy79Aoj76mN3_rwS_jc5vK8qbN-8 






segunda-feira, 7 de setembro de 2020

RÁDIO BARATA 57

 


--- Ameba bola murcha não fura gol na meta de Madame Preciosa

RÁDIO BARATA NO AR – Áudio da edição 57 no Radiotube:

https://www.radio.diariopb.com.br/programa-radio-barata-57a-edicao/?fbclid=IwAR0zeTC1XfWcFfPQiu5wiQmS731iE0gEux7oUxnVPyhBWf8Q8NvaAXdtFE4

Morreu a voz comunista de Deus

 


O pequeno rebelado, era como o chamávamos. Menos de um metro e sessenta, sorriso perpétuo nos lábios, engajado nas lutas sociais desde sempre. Raramente tomava birita. Quando o fazia, virava palhaço. No carnaval, ele na rua acompanhando as troças, puxou o rabo do boi. “Quem mexeu com o boi?” “Foi aquele menino de bigode!” Eterno menino, Frederico Guilherme de Araújo Lopes foi padrinho do meu casamento. Numa crônica lembrei dessa patuscada:

Eu e meu parceiro Frederico Guilherme de Araújo Lopes, (que algum deus misericordioso com os bêbados, comunistas e galhofeiros o guarde em algum lugar legal), estávamos na esquina paquerando as meninas, sim, porque naquela remota era se dizia paquerar o ato de chavecar o sexo oposto. Pois bem, estávamos naquela de azarar as fulanas, quando surge na esquina meu pai puxando uma moça pela mão, aquela que era minha noiva. Foi aí que eu lembrei que era o dia do meu casamento. Em pânico, tentei fugir, no que fui impedido pelo dito cujo Fred Lopes, auxiliado por Zenito Oliveira, outro camarada meio abilolado que fazia parte da turma. Começava minha comédia dramática deste dia”.

Fred foi ferroviário, companheiro de profissão. Comunista de carteirinha carimbada, ele cometeu a suprema ousadia de namorar a filha de um tenente do Exército, numa época em que os militares mandavam em tudo no Brasil. Foi demitido da empresa e desapareceu. Quarenta e tantos anos depois, na última semana desse agosto de 2020, surgiu no meu Facebook. Morando em Parnamirim, “ainda comunista e contestador”, bisavô e palhaço nas horas vagas. Romualdo Palhano lembra que Fred foi um dos fundadores do nosso grupo de teatro. Ateu, emprestava sua voz para a gravação das falas da “Paixão de Cristo”, que encenávamos nas ruas de Itabaiana. Era a voz de Jesus. Emocionado torvelinho de cenas e falas e lances de nossas vidas como artistas amadores e profissionais da estrada de ferro. Para provocar, lembrei a ele que o Partido Comunista da China expulsou um presidente de estatal que chamou o líder Xi Jinping de “palhaço”, pelo modo canhestro de lidar com a pandemia do corona vírus. Fred rebateu: “pior é aqui que não temos um palhaço no comando, e sim um exterminador do futuro”.

Fred vivia preocupado com os trinta milhões de miseráveis no campo e na cidade, mas não ficava se lamentando nas redes sociais, que na época nem se sonhava. Dava a cara à tapa, ia à luta, “pero, sin perder la ternura”. Ponta direita medíocre, gostava de proclamar: “esquerda, só a consciência”. Fred provou que não só o Homem Aranha pode parar um trem. Ele fazia isso nas greves da categoria. Estancava a força das máquinas com a robustez de uma energia que não existia concretamente, mas vivia disfarçada naquele pequeno homem como se fosse um superpoder a crescer com suas certezas e suas mais fundas esperanças. Fazia reuniões com trabalhadores rurais sem terra no pátio da estação, à vista dos policiais ferroviários. A Polícia Ferroviária produzia relatórios semanais para os chefetes. Só porque levei para ler no trabalho um exemplar do jornal “O Pasquim”, fui citado num desses relatórios. Fred era a estrela máxima daquelas narrativas autoritárias. Acabou demitido pelos milicos. Foi ser sindicalista e agitador profissional.

Após quarenta e tantos anos, eis que me aparece o compadre Fred nas redes sociais. Uma semana depois veio a notícia do seu falecimento. Dogmático e fanático e devoto de um deus realmente sensível e humano, o deus do homem redentor de si mesmo, morreu Frederico Guilherme. 

“Onde o porto a que levei meu morto?”, indaga o poeta Moacyr Félix.

 

 



domingo, 6 de setembro de 2020

POEMA DO DOMINGO


 

QUADRINHAS E CONTRADANÇA


Chamam de agro negócio

Tomar terra do nativo

Ocupar terra vazia

É “comunismo abusivo”

--------------------

E os juros no cartão

Quase quinhentos por cento

Mas tomar grana do pobre

É do comunismo intento

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Em um momento da história

O homem perdeu o bonde

A caravana que passa

E o cachorro se esconde

----------------------

“O voto é como o beijo

Que só por prazer se dá

Não vos pedirei um voto

Acho uma praxe má

Se quiser votar em mim

Agradeço desde já”


(Para seu Ciço)

 

sábado, 5 de setembro de 2020

QUEM LÊ MEU LIVRO

 


O Tenente Edson Gomes, da PM da Paraíba, foi o primeiro leitor do meu livro de versos curtos “Poemas malditos em prosa, verso, gesto e grito”. O livro foi lançado ontem (4), e vai chegar nas casas dos que me honraram com a gentileza de comprar antecipadamente.

Tenente Edson Gomes tem afinidades comigo: é cordelista, radialista comunitário e defensor dos direitos humanos. Uma figura de alto nível moral. Só tenho leitor desse padrão!

 

sexta-feira, 4 de setembro de 2020

RÁDIO BARATA 56

 



INFESTAÇÃO DE HUMOR MEDÍOCRE - BARATA SELECIONA AS PIORES PIADAS DO MUNDO

Rádio Barata no Ar – 56ª edição no Radiotube:

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quarta-feira, 2 de setembro de 2020

RÁDIO BARATA 55

Em nota oficial, a barata, a ema, o jumento e todos os bichos vertebrados e invertebrados agradecem publicamente ao Presidente Jair Bolsonaro por ter indicado um veterinário no Ministério da Saúde pra cuidar de nós. - Edição 55 no Radiotube:

https://www.radio.diariopb.com.br/programa-radio-barata-55a-edicao/?fbclid=IwAR1ngzokMn042EfsFYv27g5Ax3kPItS69DZ0X9d7N6jGUeWhRc9u0xKnCqU