sexta-feira, 30 de setembro de 2016

MULTIMISTURA DEBATE SOBRE A FALSA DEMOCRACIA E OUTROS FINGIMENTOS



--- Candidatos declaram que são pobres na forma da lei e têm aumento patrimonial de 2.000%. 

--- Eleitor que vende voto deveria se tornar ficha suja?

--- Juiz manda tirar nome de Costa e Silva de ponte em Brasília. “Esse general foi responsável pela pior fase do país”, disse o magistrado.

--- Revista Veja publicou 800 capas com a foto de Lula para destruir a reputação do sapo barbudo. “Um pé de página já resolve pra esculhambar um cabra do Multimistura”, disse Mister D.

--- Eduardo Cunha é comparado com uma rapariga do século 18 que ficou famosa na corte inglesa.

Gravação do bloco aqui:


quinta-feira, 29 de setembro de 2016

Longa vida ao mestre Arnaud



Dizem que velho só conta o que foi, mas o passado é o que interessa, mesmo porque não existe futuro. Na sua casa escura onde mora, meu pai, cego de glaucoma, gosta de esvoaçar nas paredes da memória. Conta casos e cumpre seu destino de sobrevivente de quase nove décadas, fiando seus pesadelos e costurando suas pequenas alegrias, sendo uma delas ser ouvido pelo filho “moleque”. No dia do seu aniversário, ele me pediu um presente: o disco de Luiz Gonzaga onde o velho sanfoneiro toca e canta “Acácia amarela” em homenagem à Maçonaria. Mestre maçom, meu pai é veterano dessa entidade, jubilado que foi há uns dois anos.

Levei o disco de Luiz Gonzaga que ele ouviu com prazer. Essas pequeninas oferendas tem a faculdade de interferir no mundo mental dos velhos, tipo ter algum momento de conversa para quem passa o dia inteiro dentro de casa, ouvindo rádio e ansiando por um diálogo ao vivo.

Meu pai demonstra sempre um certo paternalismo irritante. Acho que todo pai é assim. Para ele, os seus filhos são o ó do borogodó. Ele precisa de atenções especiais e tem os filhos. Amanhã, talvez eu me queixe de que um dos meus bruguelos saiu pra tomar algumas providências na vida e não foi mais visto. Pelo menos por mim.

Eu sempre apareço para o meu pai com o caderninho de notas na mão que eu sei que vai sair historinha pra registrar. Hoje ele me falou do seu padrinho, Zé Arcoverde, proprietário de um parque de diversões em Itabaiana de Sivuca. Na véspera de Natal, minha vó Joaninha deu a pai uma gasosa para ele presentear o padrasto. Zé Arcoverde agradeceu o regalo e ofereceu uma corrida na canoa pela metade do preço. “Pra compensar a gasosa”, explicou o mercenário Arcoverde, que por sinal era comunista e ateu, explorador sem culpa da tradição natalina. (Pra quem não sabe, gasosa era um refrigerante à base de soda).

Meu avô Severino Benedito gostava de estremecer os alicerces da Terra com dinamites. Era ferroviário cabo de turma da conserva, pioneiro na abertura da estrada de ferro que cortava a Paraíba. Meu tio Luiz Gonzaga Costa foi ferroviário torneiro mecânico em Jaboatão, Pernambuco. Eu fui telegrafista da mesma Rede Ferroviária Federal, mas o pai foi gráfico. Trabalhou em oficinas gráficas por mais de 40 anos. Lá aprendeu a ler, escrever e montar jornais. Adoeceu com a tinta tóxica, quase morreu. Foi para o Recife na década de 50 para trabalhar nas tipografias. Lá encontrou um antigo companheiro de Timbaúba, ex-gráfico. Luquinha, era esse o nome do cara, havia mudado de profissão. Exercia com insolência e presunção o cargo de investigador de polícia. Em nome da antiga amizade, aconselhou:

--- Arnaud, quando você for preso aqui no Recife, diga que me conhece. Em vez de levar doze bolos nas mãos, só leva seis. 

quarta-feira, 28 de setembro de 2016

MULTIMISTURA - BLOCO 3


--- Em quem votam os caras do Multimistura?

--- Mister D denuncia: tem mais de 350 candidatos fantasmas em João Pessoas.

--- Eleitora pede um marido em troca de voto. Candidato promete botar Coca-cola encanada nas casas dos eleitores. É só abrir a torneira que sai Coca-cola geladinha.

--- Segurança nacional e Estado policialesco. Desmilitarização da polícia, já!

Se liga no bate papo da Zumbi:



terça-feira, 27 de setembro de 2016

MULTIMISTURA exala mal cheiro



ODORES DA ELEIÇÃO

Em Itabaiana, a disputa é entre a turma do bode cheiroso e a galera do perfume francês

Confira se tiver estômago:



FAUSTÃO DETONA MICHEL TEMER E COMEÇA O GOLPE DENTRO DO GOLPE


--- Vereadores da cidade de Mari aproveitam a confusão e enchem o parreco e outras notícias radicais de gosto duvidoso e procedência idem no Multimistura, um debate que é o ó do borogodó da rádio Mambembe, vulgo Rádio Web Zumbi dos Palmares.

--- Nota de falecimento prévio: Jacinto Moreno vai morrer e pede aos amigos que assistam sua morte no dia 1º de outubro, véspera da eleição. Vai ser transmitido pela televisão Tambaú.

--- Multimistura faz uma homenagem aos 85 anos do glorioso e Botafogo da Paraíba

Escute a gravação deste bloco do Multimistura na RadioTube:




domingo, 25 de setembro de 2016

POEMA DO DOMINGO

Escultura: La feliz ceguera (S. Bustamante)


Ensaio sobre minha cegueira

Precisei ensaiar minha cegueira
Para poder enxergar melhor
Precisei ensaiar minha cegueira
Para poder cantar a vida melhor
Precisei ficar cego
Para compreender a cegueira do outro
Precisei estar cego
Para ver minha própria cegueira
Minha cegueira é minha condição de visão
É quase gagueira
No parlamento imundo
Minha cegueira é minha condição de estar no mundo
É poder enxergar os limites do outro
Estou cego
nada sinto
E ao mesmo tempo compreendo a visão
E sei porque minto
Estou cego e corro
E todos que enxergam
param
Doentes de poliomielite
Estou cego
E tantos que enxergam
Vêem só o pensamento da elite
Minha cegueira é como um parto
Ante o aborto das minhas convicções
Soterradas num pacto
Estou
cego
surdo
mundo
E a toda hora mudo o canal
para nada ver além do ego


Lauro Pires Xavier Neto

quinta-feira, 22 de setembro de 2016

O PAPO É SOBRE DUAS RODAS



A Rádio Zumbi tira a maior onda com todo mundo, sem se importar com o “politicamente correto” no programa Multimistura.
--- Vereador Bira é atropelado pela bicicleta organizada.

Gravação do bloco do Multimistura aqui:
http://www.radiotube.org.br/audio-4745qPhgZejEx

segunda-feira, 19 de setembro de 2016

MINISTÉRIO DA SAÚDE ADVERTE: MULTIMISTURA É PREJUDICIAL À SAÚDE


--- Bebé de Natércio e Mister D com Fábio Mozart e Marcos Veloso em mais um bloco do Multimistura.
--- Conjuntura política discutida com a seriedade possível. “Quem tem Cunha tem medo”, garante Bebé de Natércio.
--- Yuri Pertnaz manda recado e resume: “a cidade de João Pessoa ta mais abandonada do que calcinha em noite de núpcias.”
--- Mister D explica o que é Meme. Ninguém entendeu, mas valeu a intenção.

Se liga no RadioTube para ouvir este bloco:

domingo, 18 de setembro de 2016

POEMA DO DOMINGO

A POESIA DE MARCUS ALVES


Li tudo que era surrealista
e não me assustei.
mas um rinoceronte azul passou
diante do meu olhar e,
temeroso, corri para os braços agrários da
minha mãe.

***
Como eu queria um tempo de justiça e paz
Como queria um tempo de ar e solidão
Herdei um tempo de fezes e girassóis mortos.

Vou resistir.

***

Perdi-me em algum lugar da noite.
Em algum labirinto da alma
Esqueci meu nome, minha vila,
meu Deus. Fui pop, punk, hip hop e hoje,
procuro algum poema no silêncio do cerrado.

Vejo uma árvore amarela.
É um começo.

***


Eros

não tive pecado na veia
uma cobra passou e esqueceu meu tornozelo
estive fora da vida em chamas
agora fiz um parafuso sem fim
entrei
o olho ainda fechado
não vi o velho morto de barba branca
também a zelosa mulher que vela
a luz de novembro
alpargatas sob a cama
Eros dança entre lençóis
a tela neon avisa:
somos milhões de pequenos sapatos
e um poema final conversado com Deus
antes do desespero sobre o beijo traído.
com zelosa mulher do inferno Eros dança entre
lençóis


Sinto falta do poema
Nesses tempos de inteligências artificiais
Outro dia minha máquina de lavar gritou
comigo.
Como estava emocionado demais,
Chorei
E fui dormir.

Marcus Alves


Antônio Marcus Alves de Souza é doutor em Sociologia e Mestre em Comunicação pela Universidade de Brasília. É natural de Itabaiana (PB)


sábado, 17 de setembro de 2016

“Alô comunidade” entrevista bibliotecários na Rádio Tabajara da Paraíba neste sábado


Membros da nova diretoria da Associação dos Bibliotecários da Paraíba serão entrevistados hoje, 17, no programa “Alô comunidade”, da Rádio Comunitária Zumbi dos Palmares em parceria com a Rádio Tabajara da Paraíba AM (1.110 KHZ).

O programa começa às 14 horas e pode ser sintonizado pelo portal da emissora: www.radiotabajara.pb.gov.br

O programa é realizado de forma colaborativa pelo Coletivo de Comunicadores Novos Rumos, Sociedade Cultural Posse Nova República, Rádio Zumbi, Ponto de Cantiga de Ninar e Academia de Cordel do Vale do Paraíba de Itabaiana, com produção e apresentação de Fábio Mozart.


sexta-feira, 16 de setembro de 2016

MULTIMISTURA, atendendo a pedidos, volta a ferir seus ouvidos


--- “Alô Jacaraú, quem não votar em mim vá tomar no sobrecu...”

--- Bebé de Natércio poetisa sem muita convicção a fuleragem do Ministério Público Federal.

--- Porque Michel Temer não é mais interino e sim uterino.

Escute no RadioTube:

domingo, 11 de setembro de 2016

POEMA DO DOMINGO



Lua de tapioca

Quando a lua se faz de tapioca
Com a goma e o coco a me banhar
Sinto meu coração corcovear
Por estar no abandono abandonado
E sozinho que nem boi de arado
Me avermelho que é ver flor de quipá
E se algum alegreiro me jogar
Tanto assim de alegria, eu arrenego
Porque fico que nem olho de cego
Que só serve somente pra chorar.
É a lua acendendo a lamparina
E meu facho de luz a se apagar
Com as bochecha chorada a se chorar
Taliquá mamão verde catucado
Mas porém, sinto meu peito caiado
Quando vejo de longe o riso teu
Igualmente a um morrido que viveu
Peço que teu socorro não demore
E que só minha fala te sonore
E que dentro de ti só more eu.

Jessier Qurino


segunda-feira, 5 de setembro de 2016

Apartheid veicular


Pessoas em bicicletas sofrem um forte preconceito no Brasil. Faz lembrar a segregação racial nos Estados Unidos. Igual aos negros americanos, as pessoas que andam de bicicleta são tratadas com implicância e hostilidade.
Devido ao problema de artrose no joelho, uso minha bicicleta como muleta e cadeira de rodas. Da minha casa para o Fórum Cível Mário Moacyr Porto são apenas uns 200 metros, mas eu preciso ir pedalando porque não suporto a dor do joelho segurando o peso do corpo cansaço de 60 anos. Percorro o itinerário toda semana para renovar o acervo do projeto Biblioteca Viva. Ontem, como faço sempre, amarrei a bicicleta no corrimão da entrada do fórum, sem prejudicar em nada o acesso das pessoas. Quando subia a rampa, o vigilante pediu para retirar a bicicleta do local. Foi avisado pelo sistema de segurança, por sua vez alertado pelas câmeras. Era como se minha bicicleta fosse uma ameaça terrorista.
O Fórum não dispõe de local para estacionar bicicletas, mesmo tendo um vasto espaço ocioso. Há um número cada vez maior de pessoas usando bicicletas para seu deslocamento, mas isso não entra no planejamento dos engenheiros e arquitetos dos prédios e vias públicas.
Eu acho que tenho o direito de usar minha bicicleta nas ruas e estacionar nos portais dos prédios públicos. Bicicleta não é só para os parques e para lazer. No meu caso e de muitos trabalhadores, é meio de transporte. Nesse país tão opressor em relação às pessoas pobres, usar a bicicleta é um ato de resistência, de certa forma até um ato político.

Portanto, fora Temer e fora o preconceito contra os ciclistas. 

domingo, 4 de setembro de 2016

POEMA DO DOMINGO



EXPLOSÃO

A terra em fúria lança chamas
Das entranhas incandescentes
A lava espessa escorre ardendo
Pelas encostas e vales e grutas

Como uma fera no cio
Latejante e faminta
Estremece com voragem
Em estrepitosa explosão

É a fusão dos elementos
Criação/transformação
De uma nova matéria
De uma nova vida...

Jandira Lucena


(Do livro “Uma homenagem a Violeta Formiga e outros escritos”)

sábado, 3 de setembro de 2016

Alô Comunidade entrevista chargista paraibano neste sábado

Edme Luciano, conhecido popularmente como Popó, é um chargista de João Pessoa, Paraíba. O chargista é o humorista que concebe e desenha charges, gravuras críticas publicadas na mídia.

Popó será o entrevistado deste sábado, 3, no programa “Alô comunidade”, da Rádio Comunitária Zumbi dos Palmares, transmitido pela Rádio Tabajara da Paraíba AM.

O programa é realizado de forma colaborativa pelo Coletivo de Comunicadores Novos Rumos, Sociedade Cultural Posse Nova República e Academia de Cordel do Vale do Paraíba, de Itabaiana,  apresentado por Fábio Mozart, com sonoplastia de Beto Lucas, iniciando às 14 horas.

Para ouvir pela internet:


sexta-feira, 2 de setembro de 2016

ANOTAÇÕES MÍNIMAS


O Fórum Cível Desembargador Mário Moacyr Porto, que fica na Av. João Machado, S/N, Centro, é o maior fórum da comarca de João Pessoa e do Poder Judiciário Estadual. O edifício também pode ser acessado pela Av. Monsenhor Almeida - que dá acesso ao seu estacionamento público.
Neste Fórum, a Academia de Cordel do Vale do Paraíba está com expositor do projeto Biblioteca Viva, de troca livre de livros. Toda semana eu atualizo o acervo. Essa atitude simples me dá prazer. Nem todo mundo tem dinheiro para comprar livros. Temos uma biblioteca com uma boa quantidade de livros à disposição. Recebemos de graça e de graça repassamos.

* * *

Meus cada vez mais raros amigos da Toca, sigamos na luta que a vida é curta. Quem sabe, num lance improvável, a galera resolva driblar nossa própria mediocridade e começar a construir um país decente. Fundamental é que não se perca a calma. Guerra civil é a puta que o pariu!  Andar com fé eu vou, a fé não costuma disparar.

* * *

O cara sair da história para entrar na lata do lixo de um grande e respeitável país cuja população não sabe o que ainda a espera. O golpe foi um golpe tão profundo que só daqui a uma década poderemos ter uma visão panorâmica do estrago na democracia, na economia e na credibilidade da República.

* * *

A proposta é esquecer os equívocos, corrigir os desencontros e exageros das vaidades. Bora?

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Há no ser humano um prazer mórbido de descer a ripa no que está perto dele. Pus-me a pensar sobre isso. Meu jeito Fabinho de ser não permite violências gratuitas, mas, não resisto à eleição do “Pereba da semana”. O pereba é o Michel Temer que botou uma faixa de Presidente do Brasil sem legitimidade, conforme asseguram juristas e estudiosos do assunto. Foi golpe e dos mais baixos.  


* * *

Acredito no poder do livro de mexer com a vida das pessoas. Por isso, perco meu tempo atualizando o acervo do projeto Biblioteca Viva, da Academia de Cordel do Vale do Paraíba, na estante montada no Fórum Cível Mário Moacyr Porto, em João Pessoa. Queremos ter uma vida útil para a sociedade, embora alguns coloquem em suspeição nossa honestidade intelectual. Faz parte.

* * *

A diretoria do Fórum ficou muito interessada nos projetos da Academia de Cordel do Vale do Paraíba. Já agendamos exposição dos pintores itabaianenses Otto Cavalcanti e Thiago Alves para este mês de setembro. O Fórum entrará com a produção dos folders e banner, além de coquetel para a vernissage, o evento de pré-lançamento que já foi realizado na Fundação Casa de José Américo e Fundação Espaço Cultural. Só na terra dos artistas ainda não conseguimos apoio para a exposição.


* * *

Tudo o que parece lógico não se encaixa na realidade burocrática. Na Fundação Espaço Cultural temos espaço para quase toda área cultural, menos para o cordel. Buscamos o aconchego de uma sede onde trabalharíamos oficinas de cordel e xilogravura e dinamizaríamos a produção dos nossos poetas. Até agora, só portas fechadas...

* * *

Com saúde mediana, quase nenhum dinheiro no bolso, e, tirando os problemas normais da vida, não estava vivendo nenhum drama espetacular. Só fica se analisando: anda traindo muito os amigos, conchavando com uns canalhas fardados, togados e endinheirados, olhando os outros com aquele olhar de peixe congelado, frio e calculista. Está vendo a hora acabar Presidente da República.

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Ovo de codorna com caldinho de feijoada e uma lapada de brejeira! Quem me dera!

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Brabo que só bode no escuro, meu compadre Ameba disse que não entrega o voto que deu a Dilma de jeito nenhum! “Quem quiser ser eleito, que vá procurar voto”, disse o eleitor enfezado.

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O cara era tão tímido, com tamanho complexo de inferioridade que quando se olhava no espelho, ficava com vergonha da imagem por achar que era superior ao original.

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O concílio ecumênico dos poetas de cordel se reuniu e decidiu: sarau de poesia só depois da eleição, que aqui na Paraíba do Norte, eleição é o momento máximo da discórdia paroquial. Todo mundo contra todo mundo e que se lasque a mulher de seu Raimundo.

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Se os animais foram domesticados, por que também não os homens?

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Por obra e graça da amizade, vou contar essa piada sem medo de retaliação. É que um amigo meu, metido a poeta, escreveu um livro. Ficou faltando o título. Pediu-me sugestão. Indaguei: “Seu livro fala de bosta de cachorro?” Ele, espantado, disse que não. Eu acunhei: “Seu livro fala de urina?”. Ele já quase fulo: “Não, meu livro não fala disso”.  “Pois aí está um título legal: sem merda e sem mijo”. Ele me mandou tomar no centro gravitacional e foi embora.

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O senhor Michel Temer, Presidente uterino do Brasil, encontra-se na China, especializando-se em português ditatorial.

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O safado do Ameba soube que um cientista americano descobriu que a virgindade causa câncer. Botou placa no escritório: “Dr. Ameba – Médico de moças – Tratamento preventivo do câncer.”


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quinta-feira, 1 de setembro de 2016

Cordel de Fábio Mozart baseia dissertação de mestrado na área social

O folheto “Mari, Araçá e outras árvores do paraíso”, de Fábio Mozart, é uma das obras referenciais na dissertação de mestrado da pesquisadora Kely Cunha, de Mari. Trata-se de um estudo sobre a prática educativa dos Agentes Comunitários de Saúde naquela cidade paraibana. No entanto, a mestranda faz um “regresso” histórico para evidenciar que os agentes não são fruto do SUS, mas de lutas e reivindicações populares e o fato de Mari ter sido marcada pela chacina dos camponeses indica que este acontecimento causou um refluxo nas organizações populares locais. “Por isto, estou buscando material que possa me dar informações/indícios sobre essas organizações e o folheto ‘Mari, Araçá e outras árvores do paraíso’ é um ótimo referencial desses fatos históricos”, disse Kely.
O comunicador Manuel Batista prefaciou a obra em sua primeira edição, lançada em 2009. “Fábio Mozart é cidadão emérito de Mari, porque sua prodigalidade nos rendeu frutos que ainda hoje florescem na cidade, durante o período em que aqui viveu. Ele é um artista que faz questão de repassar conhecimentos. Fundou o grupo de teatro, jornal e outros empreendimentos sócio-culturais, a exemplo da rádio comunitária”, escreveu Batista.
O cordel “Mari, Araçá e outras árvores do paraíso”, de Fábio Mozart, foi inserido na grade curricular da rede de ensino do município de Mari, através de projeto de lei apresentado pelo vereador Gugu Xavier (PTdoB), em dia 19 de fevereiro de 2013. Na justificativa, o vereador explica que a literatura de cordel é um veículo de fabuloso fomento à identidade regional, tendo nas camadas populares seus mais constantes e fiéis consumidores, sendo através dos tempos valorizada e cultuada como a verdadeira e autêntica literatura nordestina, o livro de bolso do povo da região. “O estudo de nossa história através do cordel “Mari, Araçá e outras árvores do paraíso” vem recuperar nossa identidade, com ótimo resultado na auto estima do aluno que entrará em contato com o gênero mais identificador de nossa cultura, ao mesmo tempo em que aprenderá sobre os fatos marcantes da história de Mari e seus filhos ilustres”, diz Gugu no documento.