quarta-feira, 30 de novembro de 2016

MULTIMISTURA entrando em trabalho de orgasmo reprimido e múltiplo


--- Coquetel pra os ouvintes do Multi dia 24 de janeiro de 2017
--- Paneleiros de guerra são procurados em todo o país.
--- Zé Carrapicho é fã de Fabinho. Zé Carrapicho imita Zé Lezim que imita Zé Paraíba que imita Zé Caray e assim vai...
--- Jerry de Oliveira escreve sua história de guerra contras as zelites.
--- Garotinho será ator na nova versão do Exorcista. Ele foi vítima de AVC (Ausência de vergonha na cara)

Gravação deste bloco aqui:

terça-feira, 29 de novembro de 2016

RÁDIO CARA DURA NO AR


--- Josafá de Orós é aclamado pelo MULTIMISTURA

--- Cabaré de Quirina no Baixo Roger e Casa de Recursos de Madame Preciosa com promoções especiais. 

--- O caso do Garotinho que foi vilipendiado pela camaralha. 

--- Land Rover é citado como vilipendiador da liberdade de expressão de Dalmo de Xangô.

--- Chico Buarque tira sua roda da Roda Viva. Multimistura escolhe a música que vai substituir essa roda. 

Multimistura no RadioTube:




segunda-feira, 28 de novembro de 2016

Jumenta daltônica é destaque neste Multimistura.


E MAIS:
--- Releitura da Bíblia com os irmãos multimisturados.
--- Multimistura pode ser privatizado por Temer.
--- Greenpeace dá prêmio à Justiça brasileira por programa de preservação dos tucanos.
--- Como funciona um puteiro chapa branca.
--- Samuka Duarte versus Emerson Mofi, o grande debate comunicacional do momento.

domingo, 27 de novembro de 2016

POEMA DO DOMINGO


COMANDANTE FIDEL
Comandante Fidel
vão demolir sonhos
e construir muros
mas teu nome vai ficar
enorme – encobrindo
com a fumaça do charuto
as noites de bordel
do Caribe
e as longas noites
de choro e fel
do Terceiro Mundo.
Teu nome vai ficar
massivo, incisivo
démodé
kitsch
com o charme das coisas
que são eternas.
Definitivamente
as leis, editos e atos
da revolução
jamais irão
te alcunhar
velho despótico
porque não se esteriliza
o mito.

F. Mozart

sábado, 26 de novembro de 2016

MULTIMISTURA entrega o Troféu Traíra da Semana


* Justiça sem a prega mestra.

* Tapete que escondeu a lama da lagoa.

* Bebé e sua cruzada contra os neopentelhudos.

* Emerson Mofi, o repórter de porta de cadeia, ganha repúdio e nota de apoio.


Visite as partes íntimas do MULTIMISTURA (Bloco 1) no RadioTube:





quarta-feira, 23 de novembro de 2016

Os elogios, publico; as críticas, escamoteio


Agradeço aos leitores destes versos mínimos pelo país afora. Não sei quem foi que disse que elogio é algo bom de se receber, mas não traz nada de novo.  Neste meu domicílio literário da Toca do Leão e no Recanto das Letras, tenho recebido vozes contentes por ter lido alguma coisa no espaço, o que já vale a pena ter pensando, produzido e postado os poemetos. O diálogo com os leitores ensina, sim. Aprendo que poesia é sempre um entrecruzar de olhares. Essa dinâmica fortalece meu caminhar trôpego no difícil mundo das palavras.

VITÓRIO SEZABAR é de Bom Jardim, Rio de Janeiro. Sobre os “poemas mínimos”, mandou dizer: “Como dizia o meu velho pai: ‘coisa" de quem sabe o que faz’! Dez pra você, poeta.

LUIZ CARLOS Zanardo, de Londrina, Paraná, já foi lavrador, bancário, marceneiro, vendedor, radialista e ator. Atualmente é formado em administração. Foi sucinto: “Perfeito. Gostei. Extremamente criativo.”

“De muita e boa criatividade, “escreveu Ene Ribeiro, uma moça de Goiânia, Goiás.
NORMA APARECIDA SILVEIRA MORAIS é de Suzano, São Paulo. Ela foi muito generosa com o velho leão poeta: “Belíssima coleção de versos. Em cada poesia uma mensagem de pura sabedoria. Aplausos mil.”

Sobre a crônica “No meio do nada”, Elischa, de Porto Alegre, Rio Grande do Sul, comentou: “Que belo texto, Fábio! Viajei em tua narrativa! com certeza estás certo em teu convite. Tempos atrás viajei pra Roma e parecia estar no Japão. Bom é visitar um lugar com poucos ou nenhum turista e duvido que tenha melhor lugar pra ser conhecido e visitado como nosso belo, verdejante, montanhoso ou árido Brasil. Um abraço, poeta!

Ainda sobre esta crônica, Norma Aparecida afirmou: “Muito bela narrativa e descrição. Fiquei aqui imaginando cada cenário, cada árvore de angico, cada passarinho, cada nascente que ainda pode restar escondido. Aplausos mil.


Então, é isso que eu digo, esse gosto de ter seu trabalho sendo lido e obtendo o retorno do leitor com sua objetividade de consumidor comum da obra literária, sem o formalismo e pedantismo dos críticos profissionais. 

domingo, 20 de novembro de 2016

POEMA DO DOMINGO


HAI-KAIS NA MADRUGADA

A foice do lucro martela
as mãos revolucionárias
de Carlos Marighela

Que queiras ou não queiras
novas mãos empunharão
outras bandeiras

Jaz fuzilado
a esmo
quem amou o próximo
como a si mesmo

Viveu amanhecendo
morreu em plena aurora
anoiteceu vivendo

Verdemente
a frutinha se põe
em semente

Noite inteira em serenata
muriçoca bemol
carapanã sonata

Crime que não se arrola
matar a aula
o melhor da escola

Forçando a rima
criando clima
as luzes de Paris
me deixam tão febris!

A vida inteligente
escorre nos condutos
mansamente

Como um Narciso torto
quero estar belo e roxo
depois de morto

Um novo tempo despercebido
explode em nós
sem alarido

Numa dimensão sem porta
escrevo este poema nu
em letra morta

Não era hora ainda.
Por que o ser humano
sem cumprir-se, finda?

Pelas barbas de um rei assírio
como é vetusto o charme dessa rosa!
Como é antigo o cheiro desse lírio!

Acordar cedo
tecer a teia institucional
do nosso medo

Nos olhos teimosos
de quem foi embora
a luz inexistente
de uma tênue aurora

Nervosinho, aperreado
sem saber que, pelo tempo
será bostificado.

No Jacaré arrebol
músico aquático foi visto
roubando a cena ao sol


F. Mozart

sexta-feira, 18 de novembro de 2016

No meio do nada

Lajedo do Pai Mateus em Cabaceiras foi cenário de filmes

Fazenda Lajedo, cariri da Paraíba, um lugar no meio do nada cercado de pedras, mandacaru, xique-xique, coroa de frade, facheiro e solidão. Bandos de pássaros de muitas espécies catam xerém farto no terreiro. O teju, desconfiado, vem comer a melancia e o abacaxi com os saguins. Sons de chocalhos dos bodes, monotonia, vento quente, rio seco. Terra de pedras: Lajedo de Pai Mateus, Lajedo de Manoel de Sousa, Pedra do Cálice, Muralha do Meio do Mundo, Lajedo do Bravo, cannion do Rio Soledade.
O bando de galos-de-campina voou e foi pousar na nossa mesa do almoço, olhos grandes e bicos sem cerimônia. O papa capim também chega junto. Depois, o casal de canários da terra e a família de saguins também chegam sem convite, acordando cenas virgens aos nossos olhos de citadinos.
No panfleto, a observação: “aqui, nada se tira a não ser fotografias, nada se leva a não ser saudade e nada se mata a não ser o tempo”. A área é de preservação ambiental.
Nesses caminhos caririzeiros, no entanto, um bicho anda escasso: o homem. No mundão seco, chão de pedras, casas abandonadas, seriemas debaixo do pé de juá, uma tragédia social e geográfica naquele lugar brutalizado pela paisagem amarga e áspera, sem água e sem terra fértil onde a chuva às vezes nem pinga por muitos anos.
O esforço é investir no turismo ligado aos esportes radicais e ecoturismo. Por isso, os bichinhos da fauna são tão paparicados naqueles ermos, calcanhar-de-judas apresentando uma beleza que só os desertos têm para mostrar com seus dentes afiados e seus espinhos ameaçadores. Soturnos currais de pedra seca, tristeza evocativa de antigos faustos. Córregos vazios, grotas de anjico que o povo do lugar aprendeu a transformar em oásis pelo milagre da adaptação ao meio. Mas, nem esse jeito faquir de viver foi suficiente para manter o natural em sua áspera terra. Faltam braços para revigorar o solo pobre, cheio de pedras e cobras, escorpiões e tejus desconfiados. O povo cansou de escavocar a terra que não ajuda.
Ora pois que, por via do cenário árido, a região passou a set de cinema. Até novela de TV andaram filmando. Lá foi a escassa população restante pastorear artistas e fazer figuração, aprender a receber turistas e mostrar seu paraíso desértico. Exaurido e reconhecendo a superioridade do deserto, o caririzeiro agora valoriza o pio da rola fogo-pagou e o clarão dos refletores do cinema nesse oco da Paraíba. “Somos a Hollywood nordestina”, diz orgulhoso o povo do lugar. De vão aberto na geografia da fome, rasgado para o vazio, o cariri aprende a ganhar a vida mostrando sua paisagem inóspita e emprestando-a para o audiovisual tupiniquim. Fora isso, a exploração mineral, principalmente a bentonita, uma argila vulcânica muito comum na região.
Pra quem gosta de viajar e fazer turismo de verdade (não para inglês ver), vale a pena visitar esse pedaço da Paraíba do Norte.


terça-feira, 15 de novembro de 2016

Prefeito de Itabaiana transforma sua cidade no maior município do Brasil


E mais:

MULTIMISTURA dá aula de história e explica direitinho o caso da Programação da República Bananeira.

Escute a gravação no RadioTube:



segunda-feira, 14 de novembro de 2016

A falta que ele faz


O maluco beleza Raul Seixas andava perdido pelos Estados Unidos quando conheceu John Lennon, o astro do The Beatles, e sua mulher Yoko Ono. Em 1989, no programa do Jô Soares, Raul falou pela última vez na televisão. O desaparecimento de Raul Seixas foi o fim, de certa maneira, de um jeito distinto de se fazer rock no Brasil e de se viver a filosofia desse estilo musical que surgiu nos Estados Unidos em 1940. “O rock and roll morreu em 1959. Minha música é classificada por mim como raulseixismo e eu tou botando água na fervura da panela do diabo pela última vez”, disse, já meio destrambelhado pelo álcool e outras drogas, o cantor e compositor que marcou época, considerado pai do rock brasileiro.

Acompanhado pela banda “Envergadura moral” e reinventado pelo baiano e amigo Marcelo Nova, Raul cumpria a duras penas seus últimos shows, até morrer em agosto daquele 1989. Na entrevista histórica, Raul contou sobre seu contato com Lennon. “Ele me perguntou qual o nome de maior destaque no Brasil, Eu, meio sem saber o que responder, tasquei: Café Filho”. Esse Café foi o cara que substitui Getúlio Vargas por 14 meses quando o “pai dos pobres” deu um tiro na cara. Em 1955, no ano em que nasci, Café Filho não aguentou a pressão e se mandou. Foi substituído por Carlos Luz, então Presidente da Câmara. O General Lott botou pra fora o Luz e indicou Nereu Ramos, vice-presidente do Senado, para tomar conta da Presidência deste país esculhambado e ditatorial.

Não sei se Raul lembrou do Café Filho por pura galhofa ou porque admirava aquele político insignificante e fraco. O que sei é que hoje eu vejo companheiros como o ex-marxista Dalmo da Silva se posicionar a favor de Michel Temer e artistas do naipe de Vital Farias louvarem o golpista e execrarem a galera da esquerda que foi apeada do poder pelo golpe político judicial.

Raul é citado como um dos cem maiores artistas da música brasileira. Foi expulso do país pelos militares por não se enquadrar na ordem “moral e cívica” dos fardados. O vigor musical do maluco beleza continua até hoje. Suas ideias, com o tempo, mostraram-se na linha dos 80% de bobagens metidas a metafísicas e filosóficas. O resto é rock com aquele toque existencial e muita originalidade. Seu LP Krig-ha Bandolo!, de 1973, ainda hoje é considerado um dos cem maiores discos da musicografia tupiniquim.

Hoje, faz falta o pensamento metamorfoseado desse baiano encapetado. O que diria do golpe que derrubou a Presidenta Dilma? Como se posicionaria diante do lixo musical que se produz hoje? Eu, particularmente, gosto de sua pegada anarquista. “Todos os partidos são variantes do absolutismo. Não fundaremos mais partidos; o Estado é o seu estado de espírito”, afirmou um dia. “Ninguém tem o direito de me julgar a não ser eu mesmo. Eu me pertenço e de mim faço o que bem entender”. Não julguemos Raul. Louvemos sua arte que é sua identidade. “A desobediência é uma virtude necessária à criatividade”, assegurava.

(Para o poeta Paulo Seixas, raulseixista de Queimadas, na Paraíba)



domingo, 13 de novembro de 2016

POEMA DO DOMINGO


Três de ORLANDO TEJO, poeta de Campina Grande
  

Soneto dos dedos que falam

Que importa que foguetes cruzem marte
E bombas de hidrogênio acabem tudo,
Se aos meus dedos, teus dedos de veludo
Ensinam que o amor é também arte?

Não desejo mais nada além de amar-te
E em êxtase viver, absorto e mudo,
Sorvendo da ternura o conteúdo
Que antes te buscava em toda parte!

Esses dedos que afago entre meus dedos,
Que acaricio a desvendar segredos
De amor nestes momentos que nos prendem,

Têm qualquer coisa que escraviza e doma,
Porque teus dedos falam num idioma
Que só mesmo meus dedos compreendem!


Conceição 63

Rua da conceição, sessenta e três
(a artéria tem o ar de um cais comprido)
aqui, anos sem fim tenho vivido
buscando a infância azul que se desfez.

Talvez seja isso um sonho, mas talvez
este meu velho abrigo tenha sido
da mesma argila minha construído,
porque é a mesma a nossa palidez!

Ele a mim se assemelha: é ermo e triste.
No jardim, no quintal, no chão, no teto
em tudo a mesma semelhança existe.

No tempo, entanto, aos céleres arrancos,
o seu telhado vai ficando preto
e os meus cabelos vão ficando brancos



Impasse

Se ficar onde estou não faço nada,
Se sair por aí corro perigo,
Se me calo minh’alma é sufocada,
Se disser o que sei faço inimigo...

Se pensar vou trair a madrugada
E se sonho demais vem o castigo,
Se quiser subo até o fim de escada,
Mas precisa brigar, e eu não brigo!


Se cantar atropelo o contracanto,
Se não canto maltrato o coração,
Se me faço sofrer me desencanto,

Se reprimo o ideal perco a razão,
Se perder a razão, resta-me o pranto
E meu pranto não faz uma canção.




sexta-feira, 11 de novembro de 2016

MULTIMISTURA - Bloco 1


MULTIMISTURA, o jornal da pós-verdade já está no ar, com o Beto Palhano, especialista em ser generalista, Dalmo de Xangô e Fábio Mozart, o leão de bibelô.

Fábio Mozart e Rodrigo Brandão têm filme selecionado para festival audiovisual em Campina Grande



A coordenação do 11º Festival Audiovisual de Campina Grande – Comunicurtas UEPB divulgou a relação dos filmes selecionados para as mostras competitivas do evento, que acontece de 29 de novembro a 3 de dezembro, no Cine São José. Conforme a relação, 15 trabalhos foram selecionados para a Mostra Brasil; 16 para a Mostra Tropeiros; oito para a Mostra Estalo; cinco para a Mostra Tropeiros de Telejornalismo; 10 para a Mostra A Ideia,10 para a Mostra Som na Serra, e 10 para a Mostra Cine Teia.

Na mostra Cine Teia, que destaca produções realizadas por Pontos de Cultura da Paraíba, está o curta “Feminino plural”, roteiro e música de Fábio Mozart, direção de Rodrigo Brandão e fotografia de Jacinto Moreno.


O filme “Feminino Plural” mostra a realidade das rádios comunitárias em comunidades pobres, sob a ótica das mulheres. A obra tem a participação das atrizes Adriana Felizardo, Das Dores Neta e Helena Malheiros, com patrocínio da Funjope/FMC. 

MULTIMISTURA Bloco 1


MULTIMISTURA, o jornal da pós-verdade já está no ar, com o Beto Palhano, especialista em ser generalista, Dalmo de Xangô e Fábio Mozart, o leão de bibelô.

quinta-feira, 10 de novembro de 2016

Senador Cássio tem surdez súbita e é entrevistado pelo repórter do Multimistura

Senador Cássio tem uma surdez súbita e diz que não está escutando nada. Entrevistado pelo Multimistura, o senador disse que não é golpista e sim apenas um rapaz meio surdo e ruim da vista.

REPÓRTER – Senador Cássio Cunha Lima, o senhor teve uma surdez súbita ou um acidente vascular auricular?

CASSIO – Quero informar que na verdade o que tive foi um pequeno problema no ouvido direito que entrou água quando eu fui tomar banho no açude velho, mas já estou me recuperando.

REPÓRTER – Senador Cássio, aproveitando a oportunidade, o que o senhor tem a dizer sobre o escândalo do dinheiro voador de 2008, quando senhor foi cassado?

CÁSSIO – Hein? Não estou ouvindo nada! Entrou água!

REPÓRTER – O senhor fez campanha contra Dilma e foi muito entrevistado pela mídia nacional. Por que ninguém nunca perguntou sobre seu passado recente? O senhor foi brindado na mídia?

CÁSSIO – Hein?  Fale mais alto, eu não tou escutando!

REPÓRTER - Embora já reconhecido como Ficha Suja em 2010, o senhor Cássio Cunha Lima venceu e concorreu à eleição para senador, valendo-se da decisão do STF de só aplicar a nova Lei da Ficha Limpa a partir das eleições de 2012. Se a aplicabilidade da lei já estivesse em vigência em 2010, o senhor sequer poderia candidatar-se a um cargo eletivo. Considera-se um ficha suja que se limpou nos conchavos do judiciário?

CÁSSIO – O que? Imaginário? Não, meu filho, ninguém é otário!

REPÓRTER - Há mais de dois anos a ação criminal que investiga esquemas de desvios de recursos e lavagem de dinheiro em sua campanha eleitoral de 2006 está parada, aguardando a substituição do juiz pela ministra do Supremo Tribunal Federal (STF), Rosa Weber. O senhor tem esquema de proteção nas altas cortes do país?

CÁSSIO – O que? Concriz? Não, meu filho, meu nome de guerra é galo de campina, e não concriz...

REPÓRTER - Em 2013, o senhor senador Cássio foi denunciado por empregar a namorada e a sogra na prefeitura e na Câmara Municipal de Campina Grande, sua cidade natal. Jackson Azevedo, seu cunhado, também ganhou um cargo de supervisor da UPA (Unidade de Pronto Atendimento) na cidade. O senhor é chegado a um nepotismo?

CÁSSIO – Patriotismo? Claro, meu amigo, eu sou patriota e torcedor do Treze de Campina Grande!


Cai o pano rápido, enquanto um leve ruído de moscas varejeiras invade o ambiente... 

terça-feira, 8 de novembro de 2016

Mandei Papai Noel adiantar as encomendas



Aliás, como sou simpático, elegante e tudo o mais, mesmo torcendo o nariz pra esse Noel, fiz minha boa ação natalina. A patrulha politicamente correta vai me dar alguns pontos de bonificação como uma espécie de passo adiante na construção de um mundinho mais humano e generoso.

É que eu estava na casa do compadre Dalmo Oliveira de Xangô, onde oxidava abandonada no quintal uma bicicletinha de menina, comprada para a filha do mestre e tornada obsoleta pelo desuso da menina moça. Aí, cheguei à questão: por que não dar essa bicicleta a uma criança pobre? Pedido feito e aceito, levei a byke para a oficina, mandei fazer uma lubrificação geral e levei para Itabaiana. Lá, o compadre Edglês Gonchá se encarregou de encaminhar o presente.

Gonchá rapidamente encontrou a nova dona da magrela. Trata-se de Maria Vitória, uma garotinha que mora em uma comunidade pobre, aluna da Escola João Fagundes de Oliveira. O currículo da mocinha é ouro: faz o 2º ano, tirou nota 10 na avaliação da Prova Brasil e agora, nas horas livres, vai pedalar feliz na sua bicicleta doada pelos tios Dalmo e Mozart.

Isso não é nenhuma contribuição para um mundo mais bacana. No máximo, a satisfação da menininha ativou meu córtex orbito-frontal, logo na frente do cérebro, e os meus malucos neurônios acionaram o sistema de recompensa, que é um truque antigo do mecanismo evolutivo. Entenderam? Cometam esse procedimento. Não se arrependerão.