sexta-feira, 30 de abril de 2021

quinta-feira, 29 de abril de 2021

Choveu chuva de cordel na horta de “seu” Mozart

 

 


Se eu fosse bom poeta

E soubesse bem glosar

A minha escrita inquieta

Saberia avaliar

Essa criação correta

E bom conceito formar

Choveu chuva de cordel

Na horta de “seu” Mozart

 

O professor, ator e radialista Bento Júnior não esconde sua devoção intensa pela cultura popular. Chega a entrar em êxtase quando fala, declama e interpreta Ariano Suassuna. Há mais de trinta anos ele manifesta a grandeza do escritor e dramaturgo paraibano. Isso nos palcos e no rádio, no folheto de cordel brasileiro e na academia. O homem tem um grande respeito, quase uma reverência pelo autor do Auto da Compadecida. Aprendeu a imitar a voz de Ariano, sonha com o romancista de Taperoá, tem vez que pensa que é o próprio. Bento celebra o movimento armorial em toda sua vida de artista e professor.

Na qualidade de poeta de cordel brasileiro, como gosta de ser denominado, Bentinho escreve folheto desde a hora em que acorda até quando seu cabeção descansa no travesseiro com fronha de xilogravura. Sua obra é autofinanciada. Na cidade João Pessoa, Bento representa uma espécie de lado B da diversidade cultural, sem muito espaço, mas resistente. Vai buscar inspiração nos poetas do povo para escrever seus folhetos e sair doando a quem estiver disposto a perder cinco minutos para ler suas histórias, onde descarrega seus discursos humanistas e políticos, como um lembrete aos intelectuais para se ligar no verso do povo e nas alternativas culturais e seus discursos que vão de encontro à mídia corporativa e às “igrejinhas”.

Estando o velho Mozart na sua toca, no alto de uma serra nos contrafortes da Borborema, eis que me chega um pacote de folhetos do compadre Bento Júnior, todos trazendo no seu versejar simples a exclusão social, o humor claro e trivial do povão e os temas da atualidade, indo além da opinião ácida com humor de meio de feira. Bentinho fala dele mesmo e de suas relações familiares nos folhetos “Cordel brasileiro”, “O fujão” e “Que menino metido”. As pessoas e bichos que ele admira também ganharam folheto, destacando-se “Zé Calixto, o rei do fole de 8 baixos”, a frevista Fofinha é estrela em “Roteiro de uma loba” e seu cachorro Max mereceu lágrimas de saudades cordelescas em “Meu amigo Max”.

Falando de pandemia, Bento Júnior construiu comigo o folheto a quatro mãos “O poeta que virou zumbi no terror da pandemia”. Depois lançou “O Brasil achou saída?”, “A lendária história da cloroquina”, “A vacina cidadã” e “Vírus no ar”. Nacionalista igual seu ídolo Suassuna, o poeta Bento escreveu com tintas cívicas inquietas o folheto “Brasil, quem te usa não te ama”.

Galhofeiro de corpo e alma, Bento Júnior gosta de escrever seus folhetos de gracejo. No pacote, veio “O poeta e o barbeiro”, “O padre cachaceiro”, “As palhaçadas de Mané de Zé de Candinha”, “Corno Ratinho”, “A peleja entre a Vida e a Morte” e “O casório do bode”. Com a mesma feição gaiata, em forma de “romance”, Bento compôs “A briga do homem que dormia nu com o mosquito Perivaldo”, “A briga do leão do circo e o gato Rouxinol” e “O segredo da moça”, este com 36 páginas. Li tudo. Vou botar no mostruário e exibir os folhetos de Bento em uma quitanda. Tem um bom fluxo de turistas por lá. Farei minha parte para a tal democratização cultural. Lembrando que eu fiquei sabendo da intenção do atual Diretor da Fundação de Cultura de João Pessoa, Marcos Alves, de dar mais relevância à literatura de cordel nas políticas públicas da Prefeitura de João Pessoa. Se for bem sucedido, terá certamente um folheto de Bento elogiando as ações. Frustrando a galera, merecerá um folheto esculachatório do palhaço poeta.

 

 

terça-feira, 27 de abril de 2021

domingo, 25 de abril de 2021

RÁDIO BARATA 153

 


DONA ZEFINHA INVADE O NINHO DA BARATA E BOTA GOSTO RUIM NA PANELA DO DIABO

Estreia da atriz Claudete Gomes no cast da Barata

Rádio Barata no Ar - Edição nº 153:

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quinta-feira, 22 de abril de 2021

RÁDIO BARATA 152

 


CHINELAR A BARATA DA VIZINHA PODE SER ENQUADRADO NA LEI MARIA DA PENHA?

Rádio Barata no Ar – Edição nº 152:

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terça-feira, 20 de abril de 2021

RÁDIO BARATA 151

 


ESSE CRÁPULA SOU EU

Biografia não autorizada de Roberto Carlos na Rádio Barata no Ar – Edição nº 151:

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domingo, 18 de abril de 2021

RÁDIO BARATA 150

 


RÁDIO BARATA INSTITUI A MEDALHA MENSTRUAÇÃO ATRASADA E MADAME PRECIOSA DÁ AULA INAUGURAL DE EDUCAÇÃO SEXUAL

Rádio Barata no Ar – Edição nº 150:

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POEMA DO DOMINGO

 


VACINA EM VEIA CAGATÍCIA

 

Camarada, fui pra fila

Para tomar a vacina

O sufoco que passei

O amigo não imagina

Passei meio dia em pé

Abalou minha angina

 

Porque essa é nossa sina

Sofrer em toda emergência

Aguentar o fura fila

Ninguém toma providência

E por cima um Presidente

Que defeca na ciência

 

Esse caso é de urgência

Vacina contra idiota

Não vote nos imbecis

Que a ciência boicota

Se vacine contra o Bozo

E toda sua patota

 

Quero ver se essa marmota

Vai tomar também vacina

Imunização de gado

Veterinária ensina

Fica imune a brucelose

Com estreptomicina

 

E se tomar cloroquina

Lá na veia cagatícia

Não vai virar jacaré

Com toda sua malícia

Se transforma em gado manso

Em pastagem vitalícia

 

Antonio Xexéu, psicografado por F. Mozart

 

 

sexta-feira, 16 de abril de 2021

quarta-feira, 14 de abril de 2021

segunda-feira, 12 de abril de 2021

domingo, 11 de abril de 2021

POEMA DO DOMINGO

 


Leprosário Brasil

 

Escoando, sigo o fluxo

Não sei se da consciência

O coração percutindo

Em uma estranha cadência

Brasil jamais foi nação

Diz o crânio em deprimência

 

Na guerra das bactérias

Mataram o povo nativo

Com mais de mil etnias

Um ou outro restou vivo

Sífilis, bexiga e gripe

Nesse massacre massivo

 

Eliminou nosso índio

Que viveu a pandemia

Do vil colonizador

Infecciosa sangria

O primeiro genocídio

Que aqui ocorreria

 

Minando o sistema imune

Alastrando a endemia

Branco chacinou o índio

Do Rio Grande à Bahia

E o que restasse vivo

Metralhado ele morria

 

Depois vieram os escravos

Já no navio negreiro

Era grande a mortandade

Por esse horror brasileiro

De sarampo, gripe e fome

Em processo carniceiro

 

Enfermo sobrevivente

Era jogado ao mar

Chegando em terra firme

Por não se adaptar

Ao sistema escravocrata

Era grande seu penar

 

Genocídio por torturas

Tiros, decapitações

Estupros e homicídios

Mortes pelas privações

Escravos subjugados

Em cruéis humilhações

 

Agora o Coronavírus

Invadiu a possessão

Aqui chamada Brasil

Em grande tribulação

Eis que o Messias da Morte

Se arvorou Capitão

 

De uma massa devota

Mistura de fanatismo

Com ignorância densa

Tolo é seu catecismo

Negando todo saber

Em teimoso ceticismo

 

Certo é que a “gripezinha”

Já matou 300 mil

O país empobreceu

Sob as ordens de um imbecil

O mundo só quer distância

Do leprosário Brasil


F.M. 

 

 

sexta-feira, 9 de abril de 2021

quinta-feira, 8 de abril de 2021

terça-feira, 6 de abril de 2021

Hosana ao meu compadre e editor Bento Júnior

 


A literatura da pandemia ganha mais uma composição impressa. Trata-se do meu livro “Retrato molhado – crônicas da Toca do Leão”, coletânea das crônicas que venho publicando neste jornal. A compilação saiu graças ao zelo do meu compadre, poeta cordelista e dramaturgo Bento Júnior. Ele tratou da edição, escreveu o prefácio e ajudou a meditar comigo sobre essas vivências aterradoras e desestruturantes de nossa base emocional no mundo contemporâneo. Encontros e desentendimentos, solidões e poesias do cotidiano, desorganizações mentais e financeiras, conflitos íntimos e coletivos, tudo que vem sendo reprimido nesses tempos de isolamento social sob meu ponto de vista, ou quase tudo das quase insignificantes psiconeuroses causadas pela angústia da solidão, com fartas quantidades de humor libertador. É assim que eu tento vender o livrinho de 115 páginas, em edição limitadíssima.

Bento Júnior fez a seleção dos textos, mandou imprimir, coordenou todo o processo e ainda exerceu um papel social nesses tempos de crise, contratando o web designe Sérgio Ricardo Piaba para fazer a capa do livro, garantindo o líquido sagrado da cana-de-açúcar ao glorioso e talentoso Piaba, sujeito com aptidão incomum para as artes e os líquidos inebriantes, sem moderação. É claro que o estimado colega Sérgio Ricardo há de compreender que nada tem de insultuoso neste comentário. É escárnio comum, a galhofa dos iguais, conversa de pinguço, caçoadas a que costumamos recorrer em nossa mesa de bar virtual, a “Rádio barata”, podcast produzido por Serjão e estrelado por este que ora proseia, bate-papo transmitido diariamente pela Rádio DiarioPB.

Sobre o “Retrato molhado”, Bento Júnior ressalta que “é preciso ter olhos de artista para ver e entender a vida em suas várias nuanças. E saber falar do tudo e do nada. Cada crônica remete aos detalhes e às coisas invisíveis que o escritor talentoso não explica, ou mal explica, ou então propositalmente inverte e confunde. E encanta. Livro é arretado pra gente ler de peito aberto à beleza e deleitação da palavra escrita. Peito aberto, ainda que de rosto coberto com a máscara desses tempos tenebrosos, para se comprazer com as histórias e imagens de real interesse humano, repletas de fina poesia”.

Compadre Bento também foi o primeiro leitor do meu livro da Toca do Leão. É que o trabalho saiu por uma dessas editoras especializadas em imprimir pequenas tiragens, convertendo o impresso também em e-book, além da versão em papel. Se eu quiser adquirir meu livro, terei que comprar na plataforma, com o devido desconto do royalty. Esse gentil cidadão comprou dois exemplares, oferecendo-me um deles. Gentilezas próprias do jeito de ser do meu compadre, merecedor do meu respeito e estima.

É por essas condutas que seu Mozart se comporta conforme diz o próprio Bento em seu prefácio: “o velho ferroviário fundou seu sindicato de classe, constituiu bases de guerrilha cultural em Itabaiana e outros interiores paraibanos e combateu o bom combate, mas não guardou a fé. Pelo menos a fé nas divindades, porque ainda acredita no homem como redentor de si mesmo”.

 

 

segunda-feira, 5 de abril de 2021

RÁDIO BARATA 144

 


CÃO CANJIQUINHA TOMA VACINA CORONAVERME E BARATA DECRETA LOCKDOWN NO ORITIMBÓ

Rádio Barata no Ar – Edição nº 144

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sábado, 3 de abril de 2021

quinta-feira, 1 de abril de 2021