terça-feira, 27 de março de 2012

Leitor acusa-me de invejoso, limitado e frustrado porque não posso comer no Mc’Donald’s e não gosto de punk rock


Essa banda de punk rock chama-se "WC Masculino". Terá esse povo fixação por merda?

Um camarada por nome Caio Franco me qualificou de inqualificável depois de ler esta croniqueta assinada por mim:

Tudo é tão vazio
Eu quero um sentido pra viver
Transgredir por transgredir
Não tenho nada pra fazer
Vou sair e dar porrada
Transgredir por transgredir
Tenho por base um princípio
Que é não ter nem princípios e nem bases
Transgredir por transgredir
Inconseqüência e zoeira
São minhas palavras de desordem
Transgredir por transgredir

Quem é que escreve uma letra dessas? E o que é punk rock?

Segundo a Wikipédia, punk rock é um movimento musical e cultural que surgiu em meados da década de 1970, que tem como principais características músicas simples (que geralmente não passam de três ou quatro acordes), rápidas e agressivas, temas que abordam idéias anarquistas, niilistas, a violência, ou em outros casos, letras com menos conteúdo político e social, como relacionamentos, diversão, sexo, drogas e temas do cotidiano.

O punk rock brasileiro nasceu como uma crítica ao regime militar brasileiro, implantado pelo golpe militar de 64, devido, principalmente à censura e à violenta repressão aplicadas pelo governo. Muitas canções da primeira geração do punk rock brasileiro são consideradas, até atualmente, hinos de crítica ao governo. A mais famosa banda de punk rock do Brasil chama-se “Restos de nada”.

A banda punk rock que gravou a música com a letra acima chama-se Fecaloma.

Fui ao dicionário pra saber o que diabo é Fecaloma. Trata-se de acúmulo de matéria fecal no reto, constituindo masssa que sugere tumor. Ou seja: merda dura, cocô em pedra, incômodo que afeta principalmente pessoas inválidas, mutilados ou paralíticos.

Talvez o termo fecaloma reúna a essência desse movimento, mais uma merda cultural dos Estados Unidos da América. O punk é semelhante ao rapazinho da geração teen, que tem o seu point no Mc’Donald’s, que é chegado em um Bic Mac, com muito chatchup e mostarda, acompanhado com Coca-Cola e batatas fritas; ou então um Mac Fish, bem crocante, com molho tártaro e uma Fanta. São galhos da mesma árvore. Hábitos como gostar de um rock pauleira, heavy metal, rap, essas coisas; possuir muitas informações sobre vídeo clip; estar sempre grudado ao celular, navegar na internet em busca de pornografia ou outras baboseiras que grassam nela e ter como objetivo básico na vida consumir, consumir, consumir.

O punk roqueiro não quer consumir. Apenas reter merda nos intestinos. De vez em quando libera um pouco de merda sólida e preta para a platéia.

Ainda falam mal de Ariano Suassuna quando ele afirma: “Depois que eu vi num hotel em São Paulo um show de rock pela televisão, nunca mais eu critiquei os cantores medíocres brasileiros. Qualquer porcaria como a Banda Calypson ainda é melhor que qualquer banda de rock”. Isso porque Ariano jamais viu uma apresentação da banda Fecaloma.

O tal Caio Franco pegou ar e mandou ver:

Esse Fábio Mozart na certa deve ser um desses caras metidos a intelectual que, na verdade, não passa de um filisteu da cultura, para usar um termo do filósofo alemão Nietzsche. Ele se arroga a si mesmo o privilégio de "ter bom gosto", que nele não é senão um artifício psíquico para compensar todas as suas frustrações e se acreditar melhor que os outros. Se ele fosse um pouco mais culto - lembre-se, ele é um filisteu - ele conheceria a obra de um Theodor Adorno e descobriria que a música à qual ele aprecia tanto é também produto da indústria cultural. Mas um pensador como Adorno é demasiadamente sutil para um cara tão tosco e grosseiro como ele, que provavelmente não conseguiria sequer ler um único parágrafo do filósofo da teoria crítica. Fábio acredita ser um bastião de uma "brasilidade", ignorando que esta é fruto da dominação e do genocídio do imperialismo europeu desde o "descobrimento". Mas ele não consegue sair do plano do imediato e por isso seus horizontes intelectuais são extremamente limitados. Aliás, é notável como ele conhece os produtos do McDonald's! Na certa ele deve ser um desses casos clínicos de paciente com inveja crônica e recalcada; tipo: "quem desdenha quer comprar". E, a próposito, Fábio, o mundo do conhecimento é muito mais vasto que a Wikipédia (olha as fontes que ele usa!) Você não merece ter entre seu nome composto o sobrenome do grande compositor Mozart. Este é demais pra você.

RESPOSTA DO VELHO LEÃO: E eu tenho culpa se tu gostas de reter merda no reto, senhor Franco?

Um comentário:

  1. Tá bom cumpandre, vou fazer um comentário mais descente:
    Manda ele encher o final do tubo digestivo dele, com um feche de pombas.

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