sexta-feira, 9 de março de 2012

Hoje é lembrado termo da existência terrena de José Américo de Almeida


São passados 32 anos, como se tivesse acontecido ontem, o inditoso acontecimento. Lúcido aos 93 anos, completados a 10 de janeiro de 1980, de olhos no firmamento, à procura de Vésper a estrela que desejou fosse a vela em sua mão, José Américo de Almeida fechou os olhos e num suspiro enviou sua alma a Deus.

Poucas vidas foram tão fecundas, no sentido do bem comum,  quanto a de quem se comemora hoje sua passagem para a eternidade. Fez o que pode e o que parecia impossível, quando apagou o fogaréu que incendiava o Nordeste na seca de 1932. Ao mesmo tempo cavou açudes e o povoou de peixes para matar a sede e a fome dos sertanejos, nos anos sáfaros.

No governo do Estado criou Escolas e as transformou numa Universidade para que filhos de pobres tivessem um futuro promissor,  nas carreiras que escolhessem. Cientistas que engrandecem a Paraíba,  espalham-se por todo o país depois de terem passado por nossas Faculdades de Ensino Superior.

Não exagero em dizer que o filho de Areia faz falta à sociedade paraibana, embora consciente de que ele não poderia ser eterno em suas faculdades orgânicas e mentais. Há esperança de que os exemplos que deixou se reproduzam, em homens de boa vontade, para com a Paraíba.

Lamentamos a sua ausência do nosso quotidiano, mas buscamos conformação na sentença de Cecília Meireles ao dizer: “quando os homens morrerem na vida; quando os homens ressuscitarem na morte, nunca mais tu morrerás...”

Portanto, José Américo continua vivo, embora no plano de Deus.


  Lourdinha Luna

Um comentário:

  1. Oi Fábio: Muito reconhecida pela divulgação do sentimento que não devia ser só meu. A vida com todos os agravantes com que nos confrontamos - correria,ingratidão, estresse, assaltos, assassinatos, apagão, meios de comunicação falhos, incompreensão - empanam nossas recordações e chegamos a esquecer o que deveríamos lembrar com devoção. Por uma serie de contratempos a imprensa olvidou aquele dia, e apenas Wellington Farias, em sua coluna, registrou o lamento da manhã de 10 de março de 1980, que começou luminosa. Numa homenagem da natureza,ao ato pesaroso, de repente o firmamento se cobriu de nimbos e deixou jorrar seu pranto em forma de chuva,para confirmar sua presença, na partida sem esperança, aquela que desconhece a promessa do tempo. Um cordial abraço. Lourdinha

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