ODE A ITABAIANA
Odir Milanez
Itabaiana! Escuto inda o tropel
dos vaqueiros levando o gado às feiras.
Lembro o trem da segunda- o Carretel
à espera dos dotes das rameiras!
Nas serestas, bilhetes a granel
com beijos de batom! Pelas roseiras,
salgadinhos em bolsas de papel
adornadas com flores verdadeiras!
Em frente à igreja, a praça onde pequei
pecadilhos de amor. Cada investida
cedida após as juras que jurei!
Ao Carretel, da rua na descida,
a cancela do posto onde deixei
os passos pueris da minha vida!
Itabaiana! Ao fim de tanta lida,
em ti, relembro, à vida me lancei!
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