domingo, 11 de março de 2012

POEMA DO DOMINGO (1)


Fitas

Se alguma coisa temos em comum,
Além de mil desventurados ais,
São as excitações carnais,
Fita encarnada como vil debrum.

E temos de permeio a rebeldia,
Vacas e touros soltos, indomáveis,
Fitas azuis, tiras incontroláveis,
Soltas ao vento oposto, todavia.

Em meio à correnteza das procelas,
Teremos fôlego e boa inspiração
Para tirar da luta uma lição
Marcada com as fitas amarelas.

E sobre densa fita violeta
Galgaremos a glória ou a morte,
Conforme a força do destino, a sorte
Que enfim restou a nós neste planeta.

A regra elementar desse destino
É-nos entregue pelo estafeta
Que traz no peito uma fita preta,
Traço distintivo do assassino.

F. Mozart

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