O “contracultura” pernambucano Gilberto Bastos Júnior apresenta o projeto “Caranguejo Cultural”, que consiste em intervenções domésticas de meia dúzia de malucos, artistas e intelectuais, nas casas de pessoas previamente sorteadas, munidos de duas cordas de caranguejo e duas garrafas de cachaça, sempre no último domingo de cada mês. Na casa do indivíduo sorteado, a moçada se arrancha para comer caranguejo com cana e discutir altas prosopopéias. Se pintar um violão ou outro instrumento, pode sair uma cantoria.
O caranguejo desse projeto é importado de Pernambuco, oriundo do movimento mangue beat. A ideia é juntar uma turma diversificada e rica culturalmente como os ecossistemas dos mangues. Já foram convocados: o pessoal do audiovisual liderado por Chiquinho, a turma do teatro representada por Marcos Veloso, a música experimental de Gilberto Júnior, o pensamento anarquista de Dalmo Oliveira e outros espécimes da cena musical e coisa e tal paraibana. Roberto Palhano garante que esse é um movimento de resistência cuja missão é contribuir para o processo de socialização dos caranguejos para o desenterramento do pensamento crítico, atualmente enterrado na lama da mesmice e caretice. Porém, suspeita-se que o movimento seja mesmo de resistência ao álcool etílico.
A agitação dessas expressões culturais ameaça ter início em 25 de março, precisamente às 9 horas da matina, em qualquer ponto da velha capital da Parahyba.
Estejamos vigilantes! O perigo dessa horda ronda os lares. O caranguejo está de andada. Combata essa invasão pirata ou inclua-se.
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