Entre outras coisas a Rua Alfredo Coutinho de Lyra, nº 182 que fica entre a Sede dos Trabalhadores e a Sede do Botafogo nos deixou como legado duas importantes referências: no lazer, a Sociedade Beneficente dos Trabalhadores de Itabaiana, popularmente conhecida como Sede dos Trabalhadores; no trabalho, a família de Seu Pedro Bendito.
A Sede dos Trabalhadores era o “point” dos adolescentes que moravam em sua redondeza. Tanto havia festas dançantes e domingueiras em seu interior, como também outras festividades na sua área externa, como a festa da primavera. Nessas festividades havia um parque completamente feito de madeira: canoas, carrinhos, cadeirinhas, etc. O artesão era “Pedro do Parque”, que tanto os construía como também era o proprietário. O conhecido “Pedro do Parque” dedicou sua vida construindo canoas e brinquedos para alegrar a garotada. Ele resumia-se em sua indústria e seu comércio.
Na festa da primavera, de um lado da sede dos trabalhadores ficava o remoto parque de madeira de Pedro do Parque, do outro lado armava-se a famosa roda gigante. Estávamos entre dois períodos distintos da história da humanidade: o da madeira e o do metal. A roda gigante sempre foi uma atração mágica nas festas do interior. Na época ainda não se usava caixa de som, mas alto falantes. Era desses alto falantes que dedicávamos com muito amor, uma canção para nossa querida paquera. Deles saíam vozes de cantores como: Evaldo Braga, Diana, Baltazar, Odair José, Maurício Reis, Waldick Soriano, Fernando Mendes, José Augusto, Bartô Galeno, Reginaldo Rossi, Márcio Greick, entre muitos outros que faziam sucesso na década de 1970.
(Do livro “Eu e a Rainha do Vale – De menino a rapazinho”, de Romualdo Palhano)
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