quinta-feira, 17 de maio de 2012

Roubaram a mala do “poeta”


Como se não bastasse terem roubado os óculos da estátua de Livardo Alves, ali no Ponto de Cem Réis, os gatunos noturnos roubaram a maleta da estátua de Caixa D`Àgua, na Aristides Lobo, debaixo das fuças da Polícia e das putas. Uma cidade que não respeita seus loucos e seus poetas, não merece respeito. (Severino Cesário – Solânea)

Disseram que roubaram a mala de Caixa D’água feito estátua na praçinha da nossa quase cidade baixa. Atiraram no que viram, e acertaram no que não viram. Mané Caixa D’água era antes de tudo um chato! Uma mala sem alça! E não me venha, por favor, com essa história de que Caixa era um louco, e os loucos devemos respeitar. Não é por aí.  Ainda. O louco se leva para os hospícios ou casas outras de tratamento. (Humberto de Almeida)

Quem roubou a mala de Caixa D’água pensando que havia poesia nela, perdeu o tempo. Caixa D’água era péssimo poeta, aliás, não era poeta algum. Apenas um boêmio, uma figura folclórica de João Pessoa que deixou saudade. Gostava de dizer que era um intelectual porque só usava paletó branco “igual a José Américo de Almeida”. (Lau Siqueira no Twitter)

Caixa D'água retratado por Antonio David


Um comentário:

  1. Grande poeta popular. Saudades!
    Homem simples de grande talento artístico. Viveu intensamente a poesia verdadeira. Não seguiu nenhuma escola. Fundou a sua própria. Infelizmente, um grande mestre sem discípulos.
    Vencedor do prêmio "Intelectual do Ano - Paraíba, 1986". Fez milhares de admiradores. Vivendo a simplicidade, os deleites do dia e desfrutando do convívio boêmio, não acumulou riquezas a não ser leais fãs e admiradores. Infelizmente seu sucesso popular e talento nato atraiu alguns persiguidores egomaníacos, desprovidos de talento, que tentam macular sua imagem mesmo após sua morte. Quando a inveja os consumirem, Laus Siqueiras e Humbertos de Almeida logo passarão. Terão seus nomes apagados da mesma forma de um texto não salvo quando se desliga um computador. Caixa D'Agua,ao contrário, será eterno na memória popular, mesmo sem estátua.

    R.R. Super

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