Sósthenes Costa assina a ata de posse no cargo de vereador em Itabaiana, lá se vão 39 anos. (Foto: www.itabaianapbmemoria.blogspot.com) |
Deu-se o caso em 1972 na cidade de Itabaiana do Norte. Meu pai Arnaud Costa apresentou seu primogênito, Sósthenes Costa, para o eleitorado de Itabaiana. O garoto foi eleito vereador com apenas 22 anos, só com o prestígio do pai. Depois de três meses, o jovem vereador renunciou ao cargo para assumir como escriturário do Banco do Brasil em Manaus.
Pouco trabalho, baixa produtividade e bom salário é o chamariz do cargo de vereador hoje em dia. Na época, vereador trabalhava de graça pela comunidade. "Vereador que não ganha bem fica suscetível a outro tipo de coisa”, justifica um vereador marajá. O danado é que, mesmo com bom salário, o “outro tipo de coisa” é o que mais rola nas câmaras municipais.
Meu irmão achava que a política era muito bonita e algo realmente útil para a vida da população. Por isso queria ser vereador, ele e outros cidadãos e cidadãs de boa vontade, como o falecido Fernando Cabral, Vital Rodrigues, Zé Carlos Almeida, Edílson Andrade, Abigail Araújo, João Quirino e Gentil Cassimiro, empossados na mesma ocasião.
Nos pobres dias que correm, a gente só vê vereador ligado em máfias. É máfia da ambulância, máfia do lixo, máfia da merenda, e na cidade Itabaiana do Norte o povo fala até em uma tal de máfia da areia. Câmara de Vereador virou caso de polícia. Com as tais honrosas exceções.
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