Inaugurada em outubro de 1976, nas gestões do governador Ivan Bichara e prefeito Antonio Santiago, a PB-54 foi construída para durar muito. 35 anos é muito tempo. Ademais, se compararmos às construções públicas de hoje, a exemplo da Barragem Camará de Alagoa Grande, que, com dois anos de construída, foi levada pelas enchentes de 2004, destruindo casas e ceifando vidas.
Há 35 anos era o tempo da honestidade e da responsabilidade. Era o tempo de interesses políticos voltados exclusivamente para o bem estar do povo.
Na inauguração da PB-54. o prefeito Antonio Batista Santiago, o maior batalhador pela construção da rodovia, já se encontrava doente e, dias depois, viajou a Recife para tratamento de saúde, vindo a falecer no dia 22 de novembro.
NOTA DO BLOG: Trabalhei como operário na construção dessa estrada, pela firma Zenit Ltda., que faliu e nos deu o cano. Era auxiliar de escritório avançado, no trecho, comendo marmita fria e brigando com muriçoca, escorpião e boi brabo no mato. Nas sextas-feiras, botava uma velha pistola na cintura e saía pagando os ordenados dos peões no trecho, dinheiro vivo em envelopes, uma temeridade. Certa vez, quiseram assaltar o carro pagador, mas o plano foi abortado. O líder da quadrilha: um filho do delegado de polícia.
Oi Fábio: Aqueles que só dão valor a obras faraônicas, construídas, com vistas a figurar nas placas como seu executor, dizem que Ivan Bichara fora o pior governador da Paraíba. Não há um só município que não tenha recebido a ação de seu governo, mas em serviços de utilidade inadiável como: escolas, creches, maternidades, postos de saúde, açudes, estradas etc. Se você pegar os relatórios do seu período vai ficar surpreso com o numero de construções que espalhou pelo Estado. E como bem disse - para durar. O que ele não soube ser foi político desonesto, sem moral. Acreditou naqueles que o traíram, mal deixou o poder. Sem ter ouvido as sábias orientações de José Américo
ResponderExcluiramargou até seus últimos dias. Portou-se, por toda sua vida,como exageradamente correto. Na campanha orquestrada contra ele pelos sabujos que lhe beijam às mãos, nenhum jamais atribui-lhe a malversação das verbas públicas. Com toda a perfídia da campanha de 1978, para o Senado, não lhe faltou o apoio do Partido que defendeu enquanto pode. Um bom dia da comadre Lourdinha