Essa perguntinha safada me foi feita pelo meu amigo Ameba, a respeito de um cara que quer entrar na lambança da política. Na safadeza geral e irrstrita que é a tal campanha política, tem gente séria hoje em dia? Só se entrou por descuido, feito o padre que foi levado por Biu Penca Preta para o cabaré de Odete. Negócio seguinte: o padre queria saber onde andava seu sacristão, nosso Bebé Chorão que já foi tocar sino no andar de cima. Biu se apresentou para levar o padre ao único lugar onde Bebé poderia estar àquela hora, umas nove da noite. Quando o vigário entrou naquele ambiente com lâmpadas vermelhas no teto, cheiro de perfume barato, cachaça e molho de feijão verde, mulheres pálidas vestidas para matar e homens com caras de proxenetas, perguntou:
--- Biu, onde estamos?
E Biu, cínico:
--- No cabaré, seu padre!
Supondo que o padre era virgem, taí um exemplo de que donzelo só entra no cabaré por engano ou por muita precisão.
Voltando à pergunta: política é lugar de pessoa decente? Eu acho que sim. Sem brincadeira, se eu tivesse carisma, coragem e poder de argumentação, eu mesmo iria defender minhas bandeiras numa campanha política. Se a política cheira mal, é podre e corrompida, a gente vai deixar assim mesmo, fedendo? E nossos filhos e netos?
Tem, sim, gente séria buscando seu espaço na política. Aqui na Toca vou assumir o compromisso de apontar o pessoal da ficha limpa que vai se candidatar em 2012 na minha cidade e entorno. E vez por outra apontar os fichinhas imundas, mesmo correndo o risco de perder os poucos amigos que tenho.
Trechinho sobre político vagabundo e eleitor idem, pescado na internet: “De dois em dois anos, em tempo de campanha, o povo aproveita para extorquir dinheiro dos políticos e lucrar com o voto, único caso em que os políticos é que são enganados pelo povo. Primeiro chegam para algum candidato a prefeito ou a vereador, pedem de cem a duzentos reais e juram de pés juntos que vão votar neles, depois repetem a mesma história para o máximo de políticos que podem, mas dessa vez pedem sacos de fubá e cimento, milheiros de tijolos, cestas básicas etc...”
De um eleitorado dessa qualidade, pode sair político que preste?
Fabio, parabéns pela crônica, sensacional . Eu, na experiência da idade vivida (3ª idade) sou convicto que, nem ontem, nem hoje , nem amanha , existiu, existe e existirá cidadão ou cidadã bem intencionado de verdade que queira entrar na lambança e falcatruas políticas. Tem gente séria sim, mas aquela seriedade entre “ aspas” porque sempre prefere ficar omisso em decisões conflitantes entre “ Poder e Povo”, planeja sempre ser voto vencido e , assim continuar na bandeira branca com o poder e nem perde a simpatia e a confiança com o povo, vai levando sem se macular, o que para mim se torna farinha de um mesmo saco.
ResponderExcluirNo,ONTEM ser político era privilégio de ricos e o povo neles obrigado a votar, gostando ou não, tais ricos geralmente eram coronéis e se sentiam donos da cidade, mandavam em tudo, do padre ao delegado, e “ ai” daquele eleitor que não votasse em seu candidato. Mas apesar de toda opressão, a cidade sempre crescia, porque tais políticos disputavam poder e influência, do dinheiro não precisavam e aplicavam os recursos publico na cidade. Apesar do sufoco o povo terminava ganhando.
No HOJE, todo cidadão tem direito igual e irrestrito de concorrer a um cargo eletivo, o eleitor a liberdade de presentear com o voto quem lhe convir, e durante a gestão livre arbítrio para fiscalizar, criticar e, se for o caso, punir com cassação políticos não éticos, desde que com seriedade e respeito.
O que lasca hoje, é que os políticos ricos ou pobres querem , “Poder, Prestigio, Emprego Vitalício e, acima de tudo Dinheiro, muito Dinheiro,” e aí o quem dança?
Como a venda de votos continua ativa, camuflada é claro, os eleitores hoje ficaram até com mais poder para sacanear políticos, porque, se experto, conseguem o que querem na campanha, no dia da eleição vota em quem quiser e o político ainda tem que ficar com o rabinho entre as pernas, senão cifa. Se o eleitor ta certo ou errado não sou quem vai julgar, fazem isso porque correm o risco de passar os próximos quatro anos a pão e água.
Tudo isso que escrevi , qualquer semelhança com Itabaiana , Plebéia do Vale do Paraíba é mera coincidência.
Orlando Araújo.