quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Serei um escritor?




Meu amigo e confrade Antonio Costta convida este humilde escrevinhador para fazer parte da Associação dos Novos Escritores da Paraíba, a ser fundada brevemente. A entidade terá como principais objetivos reunir, incentivar e divulgar a produção literária de todos os seus membros associados, promovendo a descoberta de novos valores ligados à prosa e poesia.

Consultado a Wikipédia, fico sabendo que escritor é o artista que se expressa através da arte da escrita, ou, tradicionalmente falando, da Literatura. É autor de livros publicados, embora existam escritores sem livros publicados (chamados, por alguns, de amadores). Daí vem minha dúvida: serei um escritor? Verdade que tenho seis livros publicados, o que, pela definição da enciclopédia virtual, sou um profissional da escrita. Nada mais falso: só considero profissional o sujeito que vive de sua arte, o que está longe de ser o meu caso. Não me encaixo também no quesito “novo escritor”, porque comecei a ter trabalhos impressos desde 1970, lá se vão 42 anos, quando publiquei um conto no Jornal Alvorada.

Conforme opinião corrente e expressa do Antonio Costta, eu sou um escritor e ponto final. Em homenagem a esse poeta pilarense, aceitarei fazer parte de sua Associação dos Novos Escritores, sem soberbia nem jactância. Não sou escritor, se muito um leitor voraz e indisciplinado. Mas sou amigo dos amigos e tenho metas sociais a cumprir, sendo uma delas participação em tudo o que se relaciona com a cultura em minha região. Para quem não conhece, Antonio Costta é o J. G. de Araújo Jorge aqui da gente.  

O inescrupuloso Maciel Caju está solicitando sua inscrição na Associação de Costta, dizendo-se autor de importante livro de auto-ajuda que começa com uma citação de Jorge Amado no livro A Descoberta da América pelos turcos: “Inspiração divina, obra-prima do Senhor, dádiva maior, a xoxota de chupeta, dita buceta de Anjo”. Um “escritor” com esse palavreado certamente não terá assento na associação de um pregador da “Palavra”. Vade retro, escritor maldito!

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