quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Que o Banco do Brasil vá pra puta que o pariu!


Coordenadores do Ponto de Cultura Cantiga de Ninar tentando fechar uma contabilidade inexequível

Meus amigos e meus inimigos, a coisa é feia! Vou ter que vender um rim para pagar o que devo ao Governo. Explico: sou presidente de uma ONG que assinou convênio com o Ministério da Cultura para montar o Ponto de Cultura Cantiga de Ninar, em Itabaiana do Norte. Nossa contrapartida seria de 6.100,00 (Seis mil e cem reais) que corresponde a 31% (trinta e um por cento) de R$ 19.680,00 (Dezenove mil e seiscentos e oitenta reais), valores a serem pagos ao INSS, mas que a Sociedade Amigos da Rainha não tem como saldar. Para acabar de lascar o cu da baiana, devemos mais de dois mil reais de aluguéis.
Achando pouco, o Banco do Brasil, agência Itabaiana, vem cobrando taxas e tarifas da conta do Convênio, apesar de ter em mãos correspondência nossa recomendando ao Banco a observação do que determina a portaria Interministerial 127, de 29 de maio de 2008, artigo 45, parágrafo  5, que desobriga contas desse tipo de pagamento das taxas bancárias. Como iremos justificar na prestação de contas a grana que o banco come todos os meses?

Diante desses problemas conjunturais e financeiros, observa-se um refluxo de entusiasmo por parte de oficineiros, alunos e voluntários. Não resta dinheiro nem para a água e o cafezinho. A apatia é visível. Com isso, vem o declínio da vida cultural. Não temos como programar nada, porque falta ânimo, espaço físico, estrutura mínima de apoio financeiro. Mas ninguém corre em direção à derrota. Não estamos totalmente extenuados. A diretoria da entidade planeja uma festa e parcerias com outras ONGs para manter o Ponto de Cultura funcionando.

O Ponto de Cultura Cantiga de Ninar agoniza também por culpa da Presidenta do Brasil. Dilma assumiu e mandou cortar a verba do programa Cultura Viva, fazendo virar fumaça uma grana de R$ 20 mil reais que tínhamos para receber. Simplesmente deu o calote geral. Não foi pra isso que votamos na mulher. Lula Dantas, de um Ponto de Cultura de São Paulo, foi incisivo: “Mataram sim, covardemente, com punhaladas pelas costas e faz oito meses, quase nove que ele vem agonizando, sofrendo cortes de verbas e uma metodologia de criminalização do Programa Cultura Viva/ Pontos de Cultura”. A expressão cultural é uma necessidade humana que muitas vezes é negada ao excluído. Cultura é um direito humano, afirma o mesmo Lula Dantas.

Mas dispomos, ou parece que vamos dispor de um aliado decisivo: alguém que acenou com a possibilidade de garantir um prédio para o Ponto de Cultura, sem ônus. Por enquanto é segredo. É a única alternativa de sobrevivência do projeto.

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