quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Há 115 anos, nascia em Itabaiana (PB) um dos maiores compositores e humoristas do Brasil


Jararaca e Ratinho

Severino Rangel de Carvalho nasceu em 13 de abril de 1896 em Itabaiana, Paraíba, e faleceu em 8 de setembro de 1972 em sua casa em Duque de Caxias (RJ), pobre e esquecido.

Músico (violonista e saxofonista), cantor, compositor e humorista; conhece Jararaca (1919), formando a dupla sertaneja JARARACA & RATINHO (1925), que compõe mais de 200 músicas, sendo considerada a dupla mais talentosa do rádio brasileiro de todos os tempos.

Compõe músicas de grande sucesso como "Mamãe Eu Quero", "Sapo no Saco", "Saxofone, Por Que Choras?", etc; o apelido vem do fato de gostar de cantar uma música que dizia:"Rato, rato, rato..."; sucesso na Rádio Nacional (Rio de Janeiro) com o programa "Lira de Xopotó" (1950 a 1964), quando Jararaca é demitido por motivos políticos (era amigo de Luis Carlos Prestes); gravam mais de 80 discos (78 rpm e 2 LPs).

A estréia de Jararaca e Ratinho nas ondas radiofônicas se deu em 1939 na Rádio Mayrink Veiga. Logo o crescente público da mídia desfrutou de uma nova forma de fazer humor, com trocadilhos espirituosos, adivinhações e vasto anedotário.

"Interpretavam" tipos de caipiras recém chegados à cidade grande, e assim contribuíram para o registro do código de costumes daquela época. Intercalados, executavam rojões e polcas.

Em 1972, a dupla foi homenageada com o prêmio "Imortais do carnaval". Jararaca ainda veria um último sucesso seu após o sumiço de Ratinho: Do Pilar, que Tom Jobim transformou em Bôto, sucesso de seu álbum "Urubu", de 1976.

Wikipédia

Um comentário:

  1. Oi Fábio: Eu me recordo dessa dupla na Mayrink Veiga e na Rádio Nacional. Cantores e jogares daquele tempo ou não ganhavam bem ou não se precavinham para a velhice, porque quase todos morriam pobres. Não existiam as facilidades de hoje, com os comerciais que enchem as contas bancárias das carinhas bonitinhas da TV e dos atletas vigorosos. Creio que não havia contribuição previdenciária para as categorias e homens e mulheres chegaram desvalidos ao fim da vida. Os trabalhadores rurais antes da Revolução de 64 sofriam do mesmo mal. Quando não podiam mais trabalhar passavam a viver de esmolas, ou na dependência dos filhos. A ditadura foi horrível sob outros aspectos, mas quanto ao futuro dos agricultores sem terra foi ótimo. Se você andar pelos sítios, depois da luz elétrica pode-se contabilizar o conforto nos lares que antes não tinha o necessário.

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