Araruna/PB |
Turismo de aventuras, não! Turismo do acaso. A satisfação de sair por aí de peito aberto para o imprevisível. Olhando com olhos de curiosidade seletiva as coisas do mundo, sem precisar de guia formatado vomitando resumos chatos. Se quer fazer um passeio independente, a última pessoa para quem pedir ajuda e informações seria para um guia turístico.
Pedra da Boca - Araruna |
Meio assim como um mochileiro dos tempos modernos, sem GPS nem celular, com uma câmera e notebook para registro online, um caderninho de anotações e boa disposição para ver o que é belo e agradável e está escondido, muitas vezes, até dos próprios autóctones.
Viajar de busão, a infra é complicada. Melhor ir de carro pequeno, não sendo você um ricaço dono de um trailer ultra-moderno e confortável. Não tendo companhia agradável, sozinho mesmo! Porque na verdade ninguém está sozinho. Nem que queira...
Estou planejando uma viagem de 800 quilômetros pela Paraíba do Norte. Será em outubro, para comemorar 56 anos de vidão! (Pra uns, pra outros não, conforme bordão do ator Osvaldo Travassos). Saindo de Itabaiana do Norte, a capital brasileira da poesia (tem mais poeta do que bicho de pé), passo em Mogeiro de Baixo, subo pra Mogeiro de Cima, dou uma paradinha em Ingá e almoço carne de sol em Campina Grande. E por aí vai minha viagem em busca do sertão, cariri e curimataú, roteiro que estou ainda arquitetando.
Tem gente que gosta disso, de curtir as coisas simples da vida, o cotidiano, a beleza bucólica das pequenas cidades, que não abre mão de conhecer as pessoas dos lugares por onde passa. Meu objetivo também é visitar cada uma das rádios comunitárias de cada cidadezinha vistoriada, onde pegarei fotos, depoimentos e tudo o mais que registre essas experiências de comunicação popular.
Quem pode vai conhecer Machu Picchuu. Quem não tem posses vai ver as Itacoatiras de Ingá e as pegadas dos dinossauros de Sousa. É ter cuidado nas estradas esburacadas e nos motoristas inábeis. Duas coisas matam de repente: vento pelas costas e “barbeiro” pela frente. Nenhum lugar decente pra comer e nenhum banheiro limpo? Sem problemas. Faz parte de uma viagem de decorrências incertas. Fui mochileiro nos anos 70, saí da Paraíba em busca do ouro de Serra Pelada e quase morro de fome e malária. Mas andei o Norte/Nordeste de carona. Quero voltar a viver aquelas situações, em escala menor, porque tem que descontar a idade do velhinho e suas limitações.
Aceito adeptos para o passeio. E patrocínio para custear a aventura.
Sempre que vejo uma vista bonita e bem tratada como essa de Araruna fico cada vez mais indignado com o que fizeram e continuam fazendo com Itabaiana, cidade que tinha uma das vistas mais bela da Paraiba, tranformada numa favela urbana. Quanta burrice, quanta ignorancia, quanto desprezo e quanta falta de intolerancia dos gestores predadores eleitos por um povo que hoje só sabe reclamar e renovar mandatos de incompetentes.
ResponderExcluirOrlando Araujo
Oi Fábio: bom dia. O município de Araruna é privilegiado. Na literatura deu Pereira da Silva, o poeta mulato que fundou a cadeira 34, da ABL. No nosso tempo temos o notável historiador Humberto Fonseca de Lucena, para falar, apenas, nos mais evidentes. Na politica Araruna ofereceu à administração Estadual dois governadores o José Targino, e o José Maranhão que louvor seu berço oferecendo-lhe um destino promissor. Além dos bens materiais criou o Santuário de Nossa Senhora de Fátima, que carreia devotos para o seu regaço.Presenteou sua terra uma Faculdade de Odontologia. São benefícios para a alma e para o corpo. Quando Zeamérico criou a Faculdade de Odontologia referiu-se às "bocas jovens arruinadas à falta de tratamento". A região do Curimataú está a salvo da destruição física dos seus nativos e de outros lugares que procuarem essa Escola. No momento a moda é o Turismo de Aventura. Meu parente Romeu Lemos que foi Secretário de Turismo Municipal e Estadual, está introduzindo, em sua propriedade Ipueira, no município de Areia, esse estilo de divertimento. Seja por qual via que venham empreendimentos que gerem empregos. Dói se ver a fila de desocupados à cata de um ganha-pão, na porta das Edilidades que nada podem fazer. O Ministério Público que tem por meta perseguir os que precisam trabalhar, força os Prefeitos a demitir pais de família, leva a infelicidade aos lares. Só há um caminho aos desafortunados procurar consolo nos Santuários da Igreja Catolíca, ou em outras crenças. Vamos aguardar, com fé, a chegada de meios para favorecer o povo. Até lá é sofrer em silêncio, porque falar pode ser nocivo. Que venha o Turismo ou outra forma de emprego. Cordialmente Lourdinha
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