Formação atual do GETI |
Foi no dia 22 de agosto de 1976 que o espetáculo “A Peleja de Lampião com o capeta” subiu ao palco do Itabaiana Clube (Itabaiana/PB) pela primeira vez, na programação da semana do folclore. Naquele dia lembro que fiz o papel de mestre de cerimônia para que o grupo adentrasse resoluto na história da arte cênica paraibana. O Grupo Experimental de Teatro de Itabaiana mereceu até um livro escrito por um dos seus membros, o Dr. Romualdo Palhano, contando sua história.
Participaram do primeiro espetáculo Idalmo da Silva, Fábio Mozart, Norberto Araújo, Ercílio Palhano, Romualdo Palhano, Roberto e Elizabeth Palhano, Osório Cândido e Agnaldo Alves. Nos bastidores, atuaram Flaviano Almeida, Luciana Pascoal, Geni, Carlos Alberto Lucena, Jandira Lucena, Joaquim Lopes, Weber Veloso e José Ramos.
Eu não sei qual o destino do grupo, se vai acabar, se ficará se reunindo esporadicamente como faz agora, tentando sobreviver numa cidade onde o desalento cultural é a tônica. Mas falo com enorme prazer dos 35 anos bem vividos, durante os quais formamos ótimos atores e estudiosos do teatro, e, o mais importante, construímos mentes fortes, críticas e vencedoras.
Como único fundador ainda no grupo, sempre arrumo um jeito de estar com meus camaradas remanescentes, embora vivendo em outra cidade. Teimando em manter a chama acesa. Essa façanha de sobreviver fazendo teatro durante 35 anos em uma cidade patética culturalmente, não deixa de ser comovente. Por isso, parabéns para os meus companheiros e companheiras getianos de agora: Edglês Gonchá, Val Metralha, Fred Borges, Jacinto Moreno, Adriana Felizardo, Giovanni Marcelo, Normando Reis, Das Dores Neta, Clévia Paz, Joelda Fidelis e Rosy Chaves.
Sanderli Silva, getiano da segunda geração, assim escreveu sobre o grupo: “O ator francês Jean Louis Barrault disse que o teatro é o primeiro soro que o homem inventou para se proteger da doença e da angústia. Acho que foi nessa busca que entrei no Grupo Experimental de Teatro de Itabaiana. Alarguei meus horizontes, naveguei em mares como Bertolt Brecht e Plínio Marcos, sem deixar de banhar-me no regionalismo de Zé da Luz e do grande Leandro Gomes de Barros. Fui um privilegiado por ter participado do Geti. E o mestre Mozart sempre esteve à frente do seu tempo”.
Fábio,
ResponderExcluirTranscorridos 35 anos da estreia do GETI (Grupo Experimental de Teatro de Itabaiana), ainda sinto a emoção daquele dia 22 de agosto de 1976, um sábado bastante agitado pra nós, jovens sonhadores, imbuídos do desejo de disseminar o gosto pelas artes numa cidade do interior da Paraíba, no Nordeste brasileiro, a nossa Itabaiana tão querida e, atualmente, tão jogada às traças.
Lembro-me que, à tarde, você e eu pintávamos cenas da literatura de cordel para o cenário e para ornamentar o Itabaiana Clube, palco da primeira peça encenada pelo GETI - “A peleja de Lampião com o capeta”, de sua autoria. Foi uma noite memorável, mágica! E eu me sinto honrada e orgulhosa por ter sido uma das fundadoras deste grupo.
Parabéns a todos nós que fizemos o GETI, força e determinação aos que ainda o mantêm ativo, e viva a arte!
Jandira.