Meu compadre Marcos Veloso reclamou na Justiça, mas até hoje não recebeu a grana do governo. |
Jornais informam: “Ricardo
Coutinho lembra que José Maranhão, quando governador, não lançou edital e não
pagou FIC de 2008.” Aproveito para lembrar que em 2002, meu projeto “Teatro vai
à escola”, inscrito e aprovado no Fundo de Incentivo à Cultura Augusto dos
Anjos (FIC), no valor de R$ 5 mil reais, não foi pago até hoje, apesar de
aprovado pela Comissão Estadual de Desenvolvimento Cultural e publicado no Diário
Oficial do dia 15 de novembro de 2002.
Marcos Veloso, o dramaturgo
apaixonado também por teatro, estava aqui em casa outro dia falando da
dificuldade de apoio para projetos culturais, lembrando justamente do seu
projeto para montar a peça “A peleja de Lampião com o Capeta”, de minha
autoria, aprovado pelo Governo de então e jamais pago pelo Fundo Estadual de
Desenvolvimento da Cultura. Lembrando que Maranhão renunciou ao governo em
2002, assumindo o vice, Roberto Paulino, que também fez ouvido de mercador para
os reclamos dos artistas premiados e ludibriados.
Não digo que a era Maranhão
foi uma fase morta, onde nada acontecia na área cultural. Mas esse governo do
senhor José foi marcado pelo calote do Fundo de Incentivo à Cultura Augusto dos
Anjos. “Cavalo Marinho de mestre Ciço” foi outro projeto de Itabaiana que
ganhou R$ 7.500 reais e nunca viu um tostão dessa grana. O projeto é assinado
pela artista plástica Jandira Lucena.
Tenho fama de reclamador. E até certo ponto, sou mesmo. Mas, desisti de procurar meu direito na Justiça, para não ter mais raiva e frustração. Nem fui tentar apurar de quem foi a responsabilidade por esses projetos terem sofrido calote. Só digo uma coisa: o governador da época era José Maranhão, chefe maior das secretarias que não honraram os pagamentos aos artistas.
Meu compadre Ameba acha que deveriam abrir uma investigação por parte do MP e polícia para saber sobre este calote, onde foram parar os recursos alocados. Compreender por onde esse dinheiro fez a volta para fugir do meu bolso.
Artista de tempo integral, porque gosto e acredito, continuo fazendo música, teatro, cinema e literatura. O mesmo faz Jandira Lucena, Marcos Veloso e tantos outros artistas com sua capacidade imensa de trabalhar a partir do nada, na rua, no palco, nas telas, atuando, tocando, dançando, interferindo, encantando a vida. Portanto, salve a arte e abaixo os caloteiros!
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