sábado, 18 de agosto de 2012

CARTA DO LEITOR


Fábio,

Como TODOS OS CANDIDATOS apresentam propostas no sentido de trabalhar pela comunidade, ajudar a desenvolver o município, minorar as agruras do eleitor, que tal se fosse lançado um projeto para o vereador não receber salários, como era antigamente?
Claro que alguns iriam chamá-lo de MOVIMENTO DOS SEM TETAS ou coisa parecida, mas a verba dos salários deles seria bem vinda na área da combalida educação, da frágil educação e da deficiente segurança, apenas para dar exemplos mais óbvios.
Será que algum candidato toparia assumir o compromisso de apresentar e aprovar tal projeto?

Ou colocaria antes da comunidade seus desejos egoísticos?
Pense no assunto...

(Anônimo)

Meu caro leitor, pensei no assunto e minha opinião é que sim, a maioria dos candidatos assinaria esta proposta para ficar bem na fita e impressionar os seus eleitores. Porque político promete absolutamente tudo, muitas dessas promessas no campo da pura demagogia e embromação. Depois esquecem o prometido, e tudo bem. Nós, eleitores, não temos como controlar os políticos que elegemos.

Leio agora no noticiário que prefeitáveis da Paraíba assinarão carta compromisso do “Cidades sustentáveis”. Quando foi candidata pela primeira vez, a atual prefeita de Itabaiana, dona Dida Moreira, assinou não uma carta, mas documento legal que dava por comodato um prédio para a instalação da Sociedade Amigos da Rainha do Vale do Paraíba. Depois de eleita, deu uma banana para a rapaziada.

A Comissão de Constituição Justiça e Cidadania da Câmara Federal analisa a PEC que acaba com a renumeração de vereadores de município com até 50 mil habitantes. Na minha humilde opinião, essa medida iria moralizar a representação popular no Poder Legislativo, principalmente das pequenas cidades. A grande maioria dos candidatos está mesmo de olho na gorda remuneração, atraindo pessoas sem qualificação ética ou intelectual suficiente para o importante papel de representante do povo. Meu pai e meu irmão foram vereadores em Itabaiana quando não se ganhava nada para ocupar o então nobre cargo de parlamentar mirim.

A representação política deve ser feita por idealismo, e não como uma profissão. Assim entende o senador Cyro Miranda (PSDB-GO), autor da emenda que extingue o salário de vereadores. Tem cidadezinha que paga R$ 7 mil a seus vereadores e não tem dinheiro para contratar um médico para o PSF. Na avaliação de Miranda, o posto de vereador não pode ser visto como uma carreira e sim como a prestação de serviço para a sociedade, do mesmo modo como ocorre nas representações de classe, por exemplo.


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