quinta-feira, 30 de agosto de 2012

No ar, o horário eleitoral gratuito




Por acaso, sintonizei a rádio comunitária Araçá de Mari na hora da propaganda política. Gostei de ouvir as vozes de amigos que há muito não privo de suas presenças, como Déo da Foto, Assis Firmino, Zezinho do Padre, Neta do Sindicato, Zé Martins, Reginaldo Dias e Dra Paulinha que eu desconfio ser a filha do meu amigo João de Cícero. Paulinha que era, ou é, cantora de banda baile. Pelo jeito, formou-se na área médica e quer ser vereadora para dar vida boa aos vendedores, professores e artistas da terra, segundo seu tímido discurso no Guia Eleitoral.

Quase todos os candidatos lêem seus micro-discursos. A impressão que fica é de baixo nível dos candidatos à câmara municipal. Falas incipientes, propostas fora da realidade, leituras trôpegas. Certamente esse povo é mal assessorado. Não dá pra desperdiçar o ínfimo tempo que se tem na propaganda de candidato a vereador dizendo besteiras, numa proliferação de vozes e mensagens vazias. Candidato prometendo maternidade, mercado de frango com 30% de abatimento, ônibus para transportar trabalhadores para João Pessoa, facilidades para motorista alternativo e outras promessas que nada tem a ver com o papel de vereador. Culpa dos partidos que não capacitam seus candidatos. O modelo está equivocado, e isso é evidente. A pulverização é tamanha que todos terminam engolidos pela proliferação de vozes sem muito nexo. Claro que o eleitor não recebe quase nenhuma mensagem lógica para poder escolher seu candidato. 

O baixo nível do Guia de Vereadores não é só uma afronta à inteligência do eleitor. É também uma prova do baixo nível criativo de nosso modelo eleitoral.

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