domingo, 18 de setembro de 2011

POEMA DO DOMINGO (1)

POEMETO PARA PAPEL HIGIÊNICO

Contrariando a lógica
do mercado salafrário
o poema circula
na praça e no sanitário.

POEMA DE GUARDANAPO (1)

Nesses voos lado alado
solitários viajamos
carne e desejo
em espantado êxtase.

POEMA DE GUARDANAPO (2)

Deitada no sofá,
já não tem roupa
para vestir a solidão.

POEMA NOTURNO

A noite cai
de uma altura ridícula
quebrando o silêncio
das horas mortas
de sono

POEMINHA PARA DONA CARMINHA    

Dona Carminha
Teu andar de santa
Não esconde a bunda
Nem a calcinha.

PAUTA

Qualquer indecência
Ou putaria
Não entrará na ordem do dia

Fábio Mozart

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