sábado, 17 de setembro de 2011

“Adevogado” quer emplacar lei dos otários


Advogado quadrúpede adentrando na OAB para pegar suas credenciais
Besteiras de mentes desocupadas, alienadas e mal formadas

Um site da internet estimula advogados a redigir e publicar projetos de lei que gostariam de ver votadas no Congresso Nacional. Os bacharéis dão um show de ignorância, talvez uma amostra da qualidade dos cursos de direito oferecidos nas falculdades brasileiras. 

Um deles escreveu que “seja proibido transportar muchilas e semelhantes nas costas dentro dos transportes coletivos; os passageiros em pé deverão transportar as muchilas segurando elas pela mão”. Como justiticativa do seu “projeto”, ele diz que “é comum vermos as pessoas sendo esmagadas pelas muchilas, tendo seus botões arrancados poelas mesmas, pois os usuários adentro com tais bolsas raspando no rosto dos que estão sentados”. Ele diz que isso deve ser objeto de Emenda Constitucional.

Outro propõe pena de morte por degola para crimes de estupro, sequestro, homicídio e roubo. “Devido a necessidade de se estabelecer um controle rígido e exemplar sobre os cidadãos que cometem crimes e devido a necessidade de não onerar o cidadão honesto pelos custos de manutenção dos cidadãos desosnestos nas cadeias, fica estabelecida pena de morte, por degola, dos criminosos”. Diga-se de passagem que esta lei é defendida por muitos no Brasil, diante da violência crescente. O modo de matar o réu é que é interessante. 

Amante dos animais propõe projeto de lei estabelecendo “licença nojo para morte de animais domésticos”. A “Proposta de lei complementar” se justifica porque “já que temos licença a nojo para ascedente e decendente, mas do que justo as pessoas que tenham seu animal de instimação dar lincença a ela pelos menos de um dia”. É ou não uma jóia, a redação do doutor?

A lei do estelionatário é proposta por outro advogado, que justifica: “Por causa da concorrência, muitos lojistas, se não aceitarem cheques, acabam perdendo clientes. Já que os bancos ficam oferecendo cheques para qualquer zé com salário de R$ 500,00, nada mais justo que o banco pague o cheque sem fundos do cliente e depois cobre o cliente devedor. E outra coisa: Vamos fazer como os bancos fizeram: não transferiram totalmente o problema dos crimes de internet nas costas dos provedores, encarecendo o custo dos internautas brasileiros. Vamos dar o troco e encarecer o custo deles também. Assim, como os bancos nunca tomam prejuízos (aos olhos da população pelo menos), vamos fazer com que eles acabem com os cheques. Cheque só serve para dar dor de cabeça para quem recebe! Cheque não é dinheiro! Assim o banco oferece para os clientes contas com "cheque especial" (limite de crédito) e não cheque papel para o cliente sair por aí enganando os outros! Vamos acabar com a palhaçada! O banco diz que toma prejuízo com cheque sem fundos, mas o dinheiro nunca vai para o cliente prejudicado que recebeu o cheque! Vamos botar os pingos nos "íís".

Ari Grecco, estudante de direito, escreve: “Proponho que seja feita uma lei renovando a ja existente pois não atende o teor da qual origenou sua licitação ou seja: Uma Lei que determine que os passageiros de veiculos automotores não comprem passagem dos passageiros em pé, uma vez que a empresa quando venceu a licitação se propoz a oferecer quantos numeros de assentos fossem nencessários para aquela determinada linha. Porem resalva em Paragrafo Unico que se houver lugares e o passageiros estiver em pé ao mesmo não é facultado o direito de insenção”. Compreedeu?

A “Lei dos Otários” é proposta por outro causídico: “Todas as pessoas burras deveriam ser presas e mortas pois estragam nosso cotidiano”. Abgail, leitora do site, comenta:  Otários somos todos nós, em alguma medida, sem que seja necessário a criação de uma lei específica. O simples fato de querermos cumprir rigorosamente a lei ou, pelo menos, não descumpri-la, já nos torna otários diante de muitos. Por outro lado, a definição de "pessoas burras" seria uma norma penal em branco, fato que dificultaria sobremaneira a aplicação da lei. O autor da proposta poderia ser um dos primeiros a experimentar o rigor dessa lei, se aprovada nos moldes propostos por ele”.

Um jovem advogado, temeroso, propõe: “Todo jovem com a idade entre 22 anos e 30 anos que não tiver filhos, reserva-se direito de retirar três salários minímos, no dia de seu aniversário, caso o dia de seu aniversário seja no final de semana ou feriado, no próximo dia útil, todo ano dentro desse período. Esse valor não é acumulativo então se a pessoa não o pega no dia, perde o benefício”. Primor de redação!  Ele justifica: “Incentivo a redução da super população, conscientizar jovens inesperientes que ter filhos nessa idade além da grande responsabilidade, maioria das vezes não é o que muitos esperam, interfirindo na maioria dos casos a chance de avançar nos estudos, e ou, na própria vida profissíonal. E interfirindo até mesmo na educação e no bem estar da criança em questão, pois é obvio a imensa dificuldade de se dar uma boa educação para um bebe não tendo uma devida maturidade, um conhecimento aprofundado, uma estabilidade financeira, entre outros fatores”. 

Finalizando, cito a “Lei Antro Kendal”, projeto de Lei cujo objetivo não consegui entender: “Será uma Emenda Constitucional para tratar da legalização e conseguir fundos da união para realização de jogatinagens no "Antro Kenal" um lugar de raro acesso em Aparecida”.

2 comentários:

  1. Calma, Fábio, são apenas propositores "jovens inesperientes" que ainda "carregam muchilas e semelhantes nas costas" e não segurando elas [e eles- os semelhantes?] pela mão"...
    Mas concordo que o causídico que propôs a "Lei dos otários" possa legislar em causa própria e ter o privilégio de ser o primeiro a experimentar o rigor dessa extraordinária lei.

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  2. Oi Fábio: Parece-me que o uso de mochila nas costas é hábito que vai demorar a "ser coisa do passado." O Secretario da Cultura, no seu passo apressado,carregava um pesado malote nas costas, para cima e para baixo, tendo tanta gente para fazer o transporte por ele,no Festival de Arte de Areia. No entanto, não delegou a nenhum assessor essa "gloriosa" missão.Estive em Areia, porém, voltei logo. Um bom dia da comadre Lourdinha

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