terça-feira, 6 de setembro de 2011

Inês quer me adicionar


Você tem razão Fábio. Acho que até já tentei encontrar seu facebook para adicioná-lo como amigo. E sequer o conheço de fato! É que você pensa... pensa e fala. Precisamos de gente que pense e fale para não morrermos de tédio... Parece que não temos mais tempo para cultivar amizades em carne e osso. Cidade 'grande', tudo tão longe, todos ocupados com suas vidinhas de merda. O telefone celular e as mídias fazem o papel de uma carta, de um encontro, um abraço, uma conversa, um ombro pra confessar e chorar... Hoje, os encontros dominicais com gente de verdade se dão nos shoppings, quando os rebanhos bovinos desconhecidos e indiferentes se misturam. Ninguém conversa, todos falam em uníssono, mugidos indistintos e cada um come ruidosamente na sua baia. Os olhos estão todos cegos... Fazem fila pra chegar, para pagar, para sair. São todos bichos.  

É triste ver amigo de verdade querendo ser amigo de mentira e pessoas isoladas mendigando um pouco de atenção virtual... Parece que estamos mesmo condenados a ser um bando de malditos solitários privados de amor e amizade, sem ninguém para confessar e compartilhar os nossos infernos diários. 

Um abraço... virtual.

Inês Mota

Um comentário:

  1. Oi Fábio: Dizia-me uma pessoa (você já acertou o mome)que "somos animais sociais." Como tal, carecemos de contato com o semelhante. Dentre as invenções que a comunicação moderna nos oferece, o blog, a meu ver, é das melhores. Ele substitui a carta com a desvantagem de os assuntos trocados não devem ser francamente abertos, pois não seria conveniente abrirmos nossa intimidade para estranhos, desde que nossos comentários vagam por uma rede infinita.Mas há a conveniência da rapidez uma nota postada agora cai no seu endereço rapidamente. Quando eu era mocinha e ia passar as férias escolares em Areia, me correspondia com minhas colegas que moravam na capital. Era uma alegria contar o que se passava na cidade sem divertimento. No sitio eletrônico| se faz amigos que nos ajudam estimulando uma relação que em pouco tempo parece antigo.Considero você, Vavá e Tião como se a nossa camaradagem viesse do século passado, com um sentimento fiel de afeição,independentes de laços de família. Na confiança mútua reside a solidariedade a reciprocidade nas ideias afins. Uma boa noite e um abraço cordial de Lourdinha

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