quinta-feira, 14 de julho de 2011

Sábado estarei no Recife pra tomar uns goles de Pitu no Poço de Panela


Maestro Luiz Carlos Otávio e este blogueiro felino

O convite veio de Erasmo Souto, escritor afamado na casa dele e no Bandepe, onde trabalhou por mais de três décadas, contando dinheiro e narrando causos desse povo engraçado de Itabaiana, terra que lhe viu nascer. Erasmo já escreveu uns vinte livros, estando nos finalmentes de um novo que vai se chamar SENVEIGONHICE DE MATUTO(A) a ser lançado daqui a uma eternidade e mais 15 dias, conforme sua previsão.

Na ocasião, irei lançar meus livros “Biu Pacatuba” e “A Voz de Itabaiana e outras vozes”, se antes não lançar o picado de porco com farinha que pretendo comer com lapadas de Pitu doze anos.

Sou um homem livre enquanto não atrasar o aluguel. Aproveitando minha meia liberdade, gosto de visitar os amigos, que os tenho mais do que mosquito em cu de cachorro. E botar o papo em dia, como fizemos eu e o maestro Luiz Carlo Otávio, um dos maiores músicos dessas latitudes, que foi menino comigo nas barrancas do rio Paraíba, fazendo besteiras e cutucando o rabo do dragão da ditadura. 

Luiz Carlos Otávio sempre que se encontra comigo relembra o dia em que fomos panfletar contra os militares por causa da questão da fazenda Alagamar, no comecinho da década de oitenta. Naquele tempo a gente era contra tudo. Militar naquela época era feito alimento transgênico: neguinho era contra mesmo sem nunca ter provado. Acontece que eu, Luiz Carlos Otávio, Roberto Palhano, Pedro Lourenço e Joacir Avelino fomos distribuir panfletos no cemitério de Itabaiana, no dia de finados. Joacir, de tão bêbado, caiu numa cova aberta e lá ficou, se fazendo de defunto. O resto da cambada postou-se na beira da cova, velando o “falecido”. Eu acendi algumas velas e logo se formou uma pequena multidão pra ver o “velório”. Perguntavam: “Quem morreu?”. A gente respondia: “Foi a ditadura, que agora é dita mole”.

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