Feira da Ladra, local de comercialização da literatura de cordel em Lisboa. |
Meu folheto “Biu Pacatuba” era oferecido de graça e o sujeito recusava. Um leitor arisco chegou a mentir que nem sabia ler, só para não ficar com o exemplar oferecido. Agora, como ganhei o Prêmio Patativa de Assaré de Literatura de Cordel, do Ministério da Cultura, já recebo convites de editoras para lançar o livrinho.
A mais recente carta recebida foi de uma Editora chamada Annabel Lee, de Brasília, cumprimentando o mendigo poeta Fabinho pela participação exitosa no “Patativa do Assaré”, oferecendo seus préstimos. A carta, assinada pelo casal Elisabete Vinas & Rey Vinas, propõe editar meu trabalho para integrar a mais recente série criada pela editora (“Palavras do chão, palavras da Terra”), inteiramente voltada para a publicação da literatura popular produzida de Norte a Sul do Brasil. “Teremos imenso prazer em conversar sobre essa ideia, para juntos fortalecermos o trabalho editorial voltado à literatura de cordel”, finalizou o casal Vinas.
Eles apontam para vantagens, tais como publicar sob o selo de uma editora experiente e de qualidade, em regime de co-edição entre autor e editora; constar de uma série específica voltada à literatura popular; ter o trabalho divulgado em revistas culturais e de literatura editadas pela Annabel Lee; contar com a distribuição da obra em todo território nacional e constar do site de vendas da editora Annabel Lee, que possibilita aquisições por cartão de crédito. Entrarei, enfim, no mundo maravilhoso do mercado cultural, correndo o risco de receber convite para ser imortal de alguma academia de poetas menores.
Eles apontam para vantagens, tais como publicar sob o selo de uma editora experiente e de qualidade, em regime de co-edição entre autor e editora; constar de uma série específica voltada à literatura popular; ter o trabalho divulgado em revistas culturais e de literatura editadas pela Annabel Lee; contar com a distribuição da obra em todo território nacional e constar do site de vendas da editora Annabel Lee, que possibilita aquisições por cartão de crédito. Entrarei, enfim, no mundo maravilhoso do mercado cultural, correndo o risco de receber convite para ser imortal de alguma academia de poetas menores.
A literatura de cordel inscreve-se entre as mais significativas formas de escrita criativa específicas de nosso país, daí a sua importância para o quadro de nossas autênticas manifestações culturais, garantem os editores. É muito xerém pro meu pinto, conforme muxoxo desdenhoso do meu estimado poeta Maciel Caju.
Oi Fábio: Parabens por sua justa e merecida vitória. Encontrar-se com o reconhecimento, mesmo tardio, é muito bom. Nem sempre avaliamos a grandeza de um trabalho, o esforço para executá-lo e de repente alguém nos mostra o equivoco. Comigo aconteceu pior. Quando Zeamérico faleceu, numa entrevista seu filho , sem me consultar disse que eu iria escrever um livro sobre seu pai, enfocando, principalmente sua privacidade, desconhecida até para os parentes mais próximos. Divulgada a pretensão filial houve quem dissesse que seria "uma porcaria" porque eu não tinha capacidade para tanto. Peguei o pinhão na unha e em 3 meses fiz duas edições. Esgotadas me pedem para reeditarRASTROS NA AREIA.Sinto-me recompensada. Creio que para se falar sobre um assunto é suficiente sentir satisfação, o demais se alcança.Parabens e vá em frente. O sucesso está garantido.
ResponderExcluirParabens meu caro colega (telegrafista) Fábio. A humanidade é assim mesmo. Quando qurem tirar proveito nos enaltece, quando não, nos escurece.
ResponderExcluir.- -... .-. ... Barbosa