sexta-feira, 29 de julho de 2011

Prestígio de Pacatuba já rende convite de editora

Feira da Ladra, local de comercialização da literatura de cordel em Lisboa.
Meu folheto “Biu Pacatuba” era oferecido de graça e o sujeito recusava. Um leitor arisco chegou a mentir que nem sabia ler, só para não ficar com o exemplar oferecido. Agora, como ganhei o Prêmio Patativa de Assaré de Literatura de Cordel, do Ministério da Cultura, já recebo convites de editoras para lançar o livrinho.

A mais recente carta recebida foi de uma Editora chamada Annabel Lee, de Brasília, cumprimentando o mendigo poeta Fabinho pela participação exitosa no “Patativa do Assaré”, oferecendo seus préstimos. A carta, assinada pelo casal Elisabete Vinas & Rey Vinas, propõe editar meu trabalho para integrar a mais recente série criada pela editora (“Palavras do chão, palavras da Terra”), inteiramente voltada para a publicação da literatura popular produzida de Norte a Sul do Brasil. “Teremos imenso prazer em conversar sobre essa ideia, para juntos fortalecermos o trabalho editorial voltado à literatura de cordel”, finalizou o casal Vinas.

Eles apontam para vantagens, tais como publicar sob o selo de uma editora experiente e de qualidade, em regime de co-edição entre autor e editora; constar de uma série específica voltada à literatura popular; ter o trabalho divulgado em revistas culturais e de literatura editadas pela Annabel Lee; contar com a distribuição da obra em todo território nacional e constar do site de vendas da editora Annabel Lee, que possibilita aquisições por cartão de crédito. Entrarei, enfim, no mundo maravilhoso do mercado cultural, correndo o risco de receber convite para ser imortal de alguma academia de poetas menores.

A literatura de cordel inscreve-se entre as mais significativas formas de escrita criativa específicas de nosso país, daí a sua importância para o quadro de nossas autênticas manifestações culturais, garantem os editores. É muito xerém pro meu pinto, conforme muxoxo desdenhoso do meu estimado poeta Maciel Caju.

2 comentários:

  1. Oi Fábio: Parabens por sua justa e merecida vitória. Encontrar-se com o reconhecimento, mesmo tardio, é muito bom. Nem sempre avaliamos a grandeza de um trabalho, o esforço para executá-lo e de repente alguém nos mostra o equivoco. Comigo aconteceu pior. Quando Zeamérico faleceu, numa entrevista seu filho , sem me consultar disse que eu iria escrever um livro sobre seu pai, enfocando, principalmente sua privacidade, desconhecida até para os parentes mais próximos. Divulgada a pretensão filial houve quem dissesse que seria "uma porcaria" porque eu não tinha capacidade para tanto. Peguei o pinhão na unha e em 3 meses fiz duas edições. Esgotadas me pedem para reeditarRASTROS NA AREIA.Sinto-me recompensada. Creio que para se falar sobre um assunto é suficiente sentir satisfação, o demais se alcança.Parabens e vá em frente. O sucesso está garantido.

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  2. Parabens meu caro colega (telegrafista) Fábio. A humanidade é assim mesmo. Quando qurem tirar proveito nos enaltece, quando não, nos escurece.
    .- -... .-. ... Barbosa

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