domingo, 3 de abril de 2011

MEMÓRIAS ESPARSAS DE UM RÁBULA


Jornalista itabaianense relança obra na AABB

O jornalista Arnaud Costa relançará seu livro “Confissões esparsas de um rábula” no dia 30 de abril na Associação Atlética Banco do Brasil, em Itabaiana. Na ocasião, a Orquestra da Melhor Idade, de João Pessoa, estará se apresentando, bem como será exibido documentário sobre o autor da obra.
O livro conta episódios da vida profissional de Arnaud Costa quando funcionava como advogado de defesa de réus pobres, em época onde não havia a figura do defensor público. Depois da exigência de diploma para exercer a advocacia, Arnaud abandonou as lides forenses, restando as recordações das grandes batalhas jurídicas e dos casos em que atuou, principalmente no Tribunal do Júri. 

A devoção pelas questões humanitárias e o dom para a oratória contavam a favor do tipógrafo que se tornou advogado. "Hoje a designação de rábula tem carga pejorativa, que é o estigma dos maus advogados. Não foi sempre assim. Quando a regulamentação do trabalho forense não tinha os rigores hoje imprescindíveis, um juiz podia credenciar alguém hábil e competente para o exercício da advocacia em primeira instância", explica Arnaud.

FAZENDO ESCOLA

O "doutor" sem diploma e anel desbancou muitas estrelas da advocacia da época. Mas foi no jornalismo onde ele fez seu nome, como redator, tipógrafo, diretor e repórter de muitos jornais, a exemplo do Timbaúba Jornal e “A Folha”, o jornal mais antigo do interior paraibano.

Ao lado de figuras como Jurandir Barroso, José Cecílio Batista, Josué Oliveira, Edmilson Batista e outros bons jornalistas e redatores de Itabaiana, Arnaud Costa fez parte da elite do jornalismo local. Durante a ditadura militar, foi perseguido e censurado. Redigia as matérias diretamente das caixetas de fontes tipográficas, sem originais, para não deixar pistas do material. Foi nessa época que ficaram famosas suas “crônicas que nunca foram escritas”.

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