domingo, 29 de julho de 2012

“Quem nasce no Brasil é brasileiro, não é palhaço não!”




Aviso aos meus leitores e leitoras que a vida destrói muitas coisas, porém arranja outras tantas, e que estou de quarentena devido a um acidente sofrido. Depois eu conto detalhes. Por enquanto, sem poder teclar, reprisando velhas crônicas marcantemente interessantes.

Saudades da minha ruazinha esquecida no subúrbio da cidadezinha idem, onde todos se conheciam e a dor dos outros era nossa também. Aqui, só recebi a visita do oficial de Justiça para informar que fui condenado a pagar cinco mil pilas por um mal entendido qualquer. Com firmíssimo propósito de não pegar grana emprestado ao agiota para pagar essa dívida infame, entrarei com recurso no Tribunal. Depois eu conto essa também.

Saio do muro das lamentações para saudar os candidatos a prefeito de Itabaiana, os quais se comportaram muito bem na reunião promovida pelo Ponto de Cultura Cantiga de Ninar, consoante tive oportunidade de saber. Estudantes, poetas, artistas, trabalhadores, boêmios, gente do povo, muitos foram à Câmara ouvir os candidatos. O encontro foi histórico.

Meu compadre Marcos Veloso foi o Mestre de Cerimônia da reunião com os candidatos. Foi ele também portador de exemplar do livro “Lira dos quarenta anos” que meu compadre Antonio Costa gentilmente autografou para mim. Um pensador romântico escreveu que “todo brasileiro é poeta aos vinte anos”. Com duas vezes essa idade, Costa é duas vezes poeta. Mesmo porque sua veia poética só se revelou tardiamente, e o homem não pára de progredir artisticamente. Imagino a qualidade do trabalho de Antonio aos sessenta. Será um consagrado trovador. Possui suficiente capacidade para “poetar”, no varejo e por atacado.
Eu, um relés versejador patológico, não nasci para compor, mas pura e simplesmente cultuar a poesia.

Encerro, antes que o digitador não atenda mais nenhum verbo ou frase feita, chateado que se mostra com a tarefa e eu mande o cara catar coquinho. Evitando, assim, recíprocos constrangimentos, acabo a carta de hoje, esperando estar melhor amanhã para falar do acidente e suas consequências.  Adiantando que é deveras lastimável ter que ser socorrido em uma emergência de hospital público por conta do malfadado Sistema Único de Saúde.  Tem a ver com a frase de Pedro Osmar que dá título a esta carta. Depois explico melhor.




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