terça-feira, 10 de julho de 2012

Estupidez militar se engasga com linguiça calabresa



Repasso mensagem que recebi, depois eu volto:DONO DE LANCHONETE É PRESO POR BATIZAR SANDUICHES COM PATENTES MILITARES

Para o dono de uma lanchonete de Penedo, a 170 km de Maceió (AL), tratava-se de uma estratégia de marketing. Mas, para o comandante da Polícia Militar na cidade, era uma ofensa à Corporação. E assim, por batizar os sanduíches da casa com patentes militares, Alberto Lira, 38 de idade, dono da lanchonete Mister Burg, acabou detido por ordem do comandante da PM local. Afinal, entendeu o militar, não ficaria bem alguém chegar na lanchonete e pedir: "quero um coronel mal passado". Ou sair de lá dizendo: "acabei de comer um sargento". Na delegacia foi lavrado boletim de ocorrência e, face ao tumulto havido, a casa comercial fechou durante algumas horas. Contudo, como o delegado de plantão entendeu que não havia motivo para prisão, Lira foi liberado horas mais tarde.

Os cardápios da lanchonete foram recolhidos para avaliação e a casa reaberta em seguida. Aproveitando-se da inesperada repercussão, a lanchonete quer manter o cardápio, que tanto desagrada à PM. A casa oferece lanches como o "coronel" (que é o filé com presunto), o"comandante" (um prato com calabresa frita), e por aí vai. A brincadeira foi demais para o parco humor dos policiais militares, que dizem que os nomes dos pratos provocavam chacotas e insinuações contra os policiais, entre os moradores da cidade de Penedo. Lira, o dono da lanchonete, diz que não teve, nem tem, nenhuma intenção de brincar ou ofender à Corporação. O cardápio - garante o dono da lanchonete - pretendia ser uma homenagem à hierarquia militar. O prato mais caro era o "comandante".


O comerciante contratou o advogado Francisco Guerra, para entrar com uma denúncia por abuso de autoridade contra o comandante local da PM e uma ação reparatória, por dano moral, contra o Estado de Alagoas. Nela, vai salientar que não existe nenhum texto legal que impeça um restaurante de incluir, no seu cardápio, "lula à milanesa", "filé a cavalo" ou "coronel mal passado", etc. O advogado já pediu habeas corpus preventivo, para evitar outra detenção de seu cliente. A peça sustenta que "se o argumento do comandante fosse válido, nenhuma festa de criança poderia ter brigadeiro". Como se sabe, brigadeiro - além de ser a mais alta patente da Aeronáutica - é também o nome do docinho obrigatório nos aniversários de crianças. "Em Penedo, comer brigadeiro pode, mas comer coronel, está proibido" -ironizam os advogados da cidade.

Eu voltando:


Na cidade de Itabaiana do Norte, no começo da década de 1980, assumiu a delegacia local um tenente da Polícia muitíssimo prepotente. O tenente mancava de uma perna. Ao ver passar um mendigo manco, mandou chamar e foi logo metendo a mão no pé do ouvido do pobre homem. “Tá me imitando, cabra safado!”. Foi quando o escrivão explicou que o sujeito era realmente aleijado.


Esse mesmo delegado acabou com uma peça teatral que o Grupo Experimental de Teatro de Itabaiana levava na União dos Artistas e Operários. Na peça, um ator fazia o papel de um delegado militar ignorante que levava 24 tapas na cara. O homem (o delegado real) carregava um tremendo complexo de inferioridade e descontava nos mais fracos.


Leia essa história em:


http://fabiomozart.blogspot.com.br/2010/03/teatro-do-absurdo.html









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