Esse cabra da foto é o mais novo integrante do nosso
programa radiofônico “Alô comunidade”, transmitido aos sábados pela Rádio
Tabajara e retransmitido por várias emissoras comunitárias e sites da internet.
O comunicador é Roberto Palhano, remanescente de lutas heróicas e etílicas em
nossa Itabaiana do Norte nos tempos idos, vividos e curtidos. Boa sorte ao
Palhano na sua nova missão.
Eu
queria fazer um documentário sobre mulheres e rádios comunitárias, mas que
fosse de ótima qualidade, bem produzido, com um roteiro inovador, divertido e
criativo. Não superei meus próprios desafios. O curta “Feminino Plural” não
esteve à altura do tema, apesar do esforço do jovem diretor Rodrigo Brandão.
Fica pra próxima.
Enquanto eu não arrumo tempo e vergonha para começar o
projeto teatral sobre Augusto dos Anjos, vou lendo material novo sobre o poeta.
O livro “Augusto por Augusto”, do professor Idalmo, acabou de sair do forno. Fui
o primeiro a ler, depois do autor e do digitador. Idalmo é uma espécie de
referência moral e ética de minha geração. Ele mandou rodar apenas 50
exemplares do livro. Um deles é o que acabei de ler.
Sou
o que se poderia chamar de petista histórico. Fui o primeiro presidente do PT
em Itabaiana, no recuado ano de 1981. Diante da aliança do PT de São Paulo com
Paulo Maluf, observo que nunca jamais em tempo algum um partido que nasceu
progressista desceu tanto moralmente em tão pouco tempo.
“Entrou em coma na decada de 80 e
acordou agora... Vai assistir o horário eleitoral, observa os acordos e pede
remédio pra dormir”. – De Mário Gomes sobre os acordos petistas malufistas.
“Político
é igual a manga: quando está no período, faz a alegria do pobre”. – Sobre o ato
”humanitário” de Cícero Lucena, doando sangue no hemocentro.
Ontem estive na Rádio Tabajara AM com Dalmo Oliveira
fazendo o programa “Alô comunidade”, às 14 horas. Estamos há um ano no ar “de
chocalho tampado”, como se diz no interior, como vanguarda do movimento de
rádios livres e comunitárias. O resto é peleguismo e oportunismo sem glória.
Zé
Ramos, meu compadre em Itabaiana, almeja construir com o povo um novo futuro
possível além do esgoto administrativo com tudo de ruim herdado de mais de duas
décadas de atraso. Miséria, desemprego e barbárie foi o que restou naquela
outrora Rainha feliz.
Decidi ir à luta porque a vida é curta. A situação alarmante e trágica de Itabaiana
justifica meu voto.
Segundo
pesquisa recente, 58% dos moradores de Itabaiana querem o continuismo, estão
dispostos a legitimar o caos. Questionamos duas coisas: a veracidade da
pesquisa e a sanidade de quem vota no opressor. Mas há, sim, uma hegemonia do
pensamento individualista no eleitorado, principalmente no interior. A maioria
vota a troco de migalhas ou promessas vãs de emprego na prefeitura.
Comecei a alimentar um novo sonho, o de ver minha
cidade administrada com responsabilidade
e espírito público. Simples e elementar, mas distante de nossa realidade atual.
Todos
os dias reescrevemos nossa própria história. Que tal acrescentar variantes de
finais felizes e contribuir com o mínimo que seja para a melhoria da vida na
coletividade!
As pessoas têm seus conflitos, reclamam, exigem, cobram,
têm suas vaidades, suas preferências. Viver socialmente é estressante. Prefiro
estar na toca.
Nenhum comentário:
Postar um comentário