Cristina Miranda e o velho Leão no Ponto de Cultura Cantiga de Ninar |
Ela nasceu no mesmo ano em que vim ao mundo. Somos da mesma geração. Passei a vida inteira morando na mesma cidadezinha em que ela mora e a gente nunca se falou.
Finalmente chegou o dia da gente se falar. Foi no Ponto de Cultura Cantiga de Ninar que a encontrei, exuberante nos seus 56 anos de vida, animada no meio das colegas do clube dos idosos. Quando me viu foi logo tietando:
--- Olhe, eu li seu livro, que livro maravilhoso, eu queria que todo mundo de Itabaiana lesse seu livro!
É uma leitora do “A Voz de Itabaiana e outras vozes”, o livro que mais vendeu na terra de Abelardo Jurema. Vendi mais de 400 exemplares do dito cujo em uma cidade onde as pessoas não têm o hábito de ler. Uma façanha que é mais surpreendente porque eu, pessoalmente, não vendi um só exemplar. Foi o povo do Ponto de Cultura e os estudantes que desovaram o bicho.
Mas isso é outra conversa, que eu quero mesmo é falar dela, minha leitora Ana Cristina de Oliveira Miranda, vivíssima senhora da Associação Vovó Olívia, dessas que estão permanentemente de bem com a vida. Senti o prazer encabulado de quem vê o reconhecido do seu trabalho por alguém tão, como direi, longe do meu universo. O certo é que se criou um ambiente familiar, de família feliz, entre eu e as meninas da Vovó Olívia.
Foi uma tarde legal. Eu, um tanto silencioso normalmente, conversei com as mulheres, conheci pessoas doces e obstinadas, e especialmente dona Cristina, uma pessoa refinada por anos de boa educação.
Foi, de qualquer forma, uma tarde de renovação.
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