O nome desse cara é Val e ele mora no Alto Alegre, em Itabaiana. Um itabaianense orgulhoso de si, de sua arte, de sua terra. Apareceu no Ponto de Cultura Cantiga de Ninar para fazer o curso de artesanato em mosaico, gostou do ambiente, ficou agregado, hoje é monitor. Ele e os demais companheiros têm perfeita consciência deste processo de associar os artistas de Itabaiana em um ambiente de convívio legal, do inestimável valor de sua arte, de sua própria identidade.
Val é agente de vigilância ambiental, uma espécie de fiscal do meio ambiente. Ele tem um caso com uma tal de Matuta. Encontra-se com ela todo sábado no bar de Chico do Flamengo. O trabalho desse cara passa pelo sonho de criação de um centro de produção e comercialização do artesanato itabaianense. A realidade, porém, ainda é a do artista solitário, sem condições de tornar comerciável e viver de sua produção.
Val é carnavalesco, fundador do bloco Tourões e tocador de reco-reco no conjunto “Ganzá de Ouro” do Ponto de Cultura Cantiga de Ninar. É um caso típico de pessoa de bem, talentoso e alegre. Com seus poucos atrativos para sua gente de talento e enorme dificuldade de sobrevivência para os seus filhos, Itabaiana ainda comporta uma mocidade contente, inspirada e de excepcional inteligência.
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