O poeta Maciel Caju, com seu palavreado intelectual acadêmico e petulante, gostemos ou não de admitir, tem razão quando afirma que há um bocado de preconceito em relação a Madame Preciosa, principalmente depois que foi publicada suposta foto dessa dama do ocultismo, trazendo o semblante do personagem travesti Agrado, do filme “Tudo sobre minha mãe”, do cineasta espanhol Pedro Almodóvar. Tão rara quanto o cometa de Halley, a foto da Madame apareceu no Orkut de um admirador.
Trata-se de um fenômeno transgênero, alimentando a discussão sobre a corporalidade e a construção do sujeito nos estudos feministas e de gênero, conforme a teoria do chato Caju. De qualquer forma, o blog publica em segunda mão o que seria a foto oficial desta tão notável rainha dos segredos das artes divinatórias.
Há quem afirme que essa é, na realidade, a fotografia do ator transformista itabaianense conhecido por Mano de Sousa, um astro em ascensão, figura que tem como empresária a nossa não menos famosa Clévia Paz. O blog certamente sairá em campo para uma informação mais consistente.
Travesti é a experiência corporificada de tornar-se outro, construindo a diferença e se apresentando como um ser antihierárquico, desestabilizador de políticas dominantes da sexualidade e da subjetividade. Portanto, todo travesti é anarquista por natureza, ainda segundo a especulação teórica do Maciel Caju, esse maçante.
Esse furo de reportagem fotográfica fica sendo o meu “jamais” de hoje.
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