quinta-feira, 30 de junho de 2011

De solidão, mentira e outras imposturas



Incrível como as melhores frases estão nos lugares mais bestas (Poema de rua no mercado central em João Pessoa)

A gente morre de câncer ou de dor, o que vem a ser a mesma coisa. Já viver, alguns vivem de esperança, outros de caridade e de arte uns poucos.

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As garras de ataque da Justiça mais uma vez me atingem. Querem que eu tire do ar um blog ao qual não tenho acesso. A Justiça é enigmática. Não compreendo os detalhes, mas capto o sentido geral...

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Nos seus tempos de glória mundana, Madame Preciosa teve a bunda mais fascinante de todas as que saracotearam no cabaré do Carretel. Há muitos anos, só o fiel Sonsinho sucumbe ao seu rebolado decaído. O poeta Sonsinho vê a bunda com os olhos de prestidigitador. 

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Os homens só repudiam as bundas de fogo morto. Não importa a idade.

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Mentiras são ocorrências que talvez jamais sucederam. Mas sucedem toda vez que são contadas. A mentira é a maior verdade.

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Ameba justifica o celibato: “boi sozinho lambe melhor”. Na parede, um quadro com coração mal arrumado: “Eu nos amo”. 

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Eduardo Galeano e o lamento do pobre: “pobre não tem religião: pratica superstição”.
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“Pobre não faz arte, faz artesanato; pobres não são seres humanos, são recursos humanos”.
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“Pobre não tem cultura, tem folclore – Pobre não tem nome, tem número”.

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“Pobre não aparece na História Universal, aparece na página policial”.

Um comentário:

  1. ESTOU ME APROFUNDANDO NOS ARQUIVOS DO BLOG.
    E CADA VEZ MAIS ME SINTO CURIOSO E GOSTANDO
    CADA VEZ MAIS DA LEITURA.
    MEUS PARABENS O BLOG É NOTA 10

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