quinta-feira, 2 de junho de 2011

Do mar arriba, as maravilhas da Paraíba


Eu e o compositor Orlando Otávio

Meu compadre Orlando Otávio encomendou a este Leão a ideia da capa do seu livro que está sendo organizado para lançamento daqui para o final do ano. É mais um trabalho sobre os artistas e as façanhas paraibanas, agora englobando todas as 223 cidades deste Estado. No seu livro “Do mar arriba, as maravilhas da Paraíba”, o autor aborda o tema em modo de poesia. Para cada cidade ele dedicou uns versos. O livro tem o perfil de guia sobre as obras-de-arte e vultos ilustres de cada cidade. A pretensão do autor é absolutamente válida, mas paga o preço da escolha por abarcar volume tão grande de informações. Fica assim uma coisa meio que incompleta. Falar, por exemplo, de Campina Grande e seus filhos ilustres em dez ou doze versos é compactar demais da conta.

Mesmo assim, o livro do Orlando Otávio tem o ponto forte de ser a observação amorosa de um poeta conterrâneo sobre seus irmãos da Paraíba do Norte. Revela a força da poesia. O resultado é um livro bonito. Eu daqui endosso a obra do meu compadre, dizendo que, na minha limitada capacidade de artista visual, tentarei esboçar uma arte que realmente chegue perto da intenção do livro “Do mar a riba, as maravilhas da Paraíba”. Penso em estampar o mapa do Estado, estilizado, com disposição estratégica do título no espaço da capa. Uma coisa mais ou menos assim.

A desenvoltura com que o poeta Orlando Otávio escreve é uma coisa séria! O homem acabou de produzir um livrão, e já está aprontando outro. Às caladas, ainda compõe música. Vai comigo ao Festival de Música Popular em Aparecida, alto sertão paraibano, agora em 17 de junho. Defenderá uma música de sua autoria, e eu estarei tocando na alfaia, marcando o ritmo do xote “Toada de terreiro”, composta pelo eclético Orlando Otávio sobre poesia de minha lavra.

Essa produção artística não é novidade para Orlando, que é primo legítimo do mestre Sivuca, continuador da tradição de lavor primoroso e original dos povos moradores desta cidade Itabaiana do Norte, onde só nasce cobra criada e amamentada no leite puro da arte autêntica.

COMENTÁRIO DE AMEBA: Aqui a gente só não tem prefeito, mas parece que o povo até ignora esse pequeno detalhe e segue com a sua vida, sem se incomodar muito com essas desditas. Segue míope de tais inconvenientes da cidadania, mas firme na produção do belo, pela própria natureza do itabaianense, um povo artista e alienado. “Somos uns artistas meio autistas”, diria mestre Maciel Caju.

Um comentário:

  1. GIUSEPPE MARCELLO MASTRANGELO2 de junho de 2011 às 06:55

    MEUS AMIGOS DE CULTURA E PAZ!... PESSOAS DE TEATRO E CHEIOS DE CARINHO PELA POESIA PARAIBANA. APLAUSOS SEMPRE. SOU FÃ DE VCS.

    giuseppemarcello.writer@r7.com

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