terça-feira, 28 de junho de 2011

Morreu Dolfo, um craque do futebol de Itabaiana

Dolfo era irmão de Índio, também já falecido. Os dois eram a cara do União Sport Clube de Itabaiana. Foram dois grandes zagueiros, e depois ficaram tomando conta do time até o fim. Mais de 70 anos de dedicação a um time de futebol amador, no caso de Dolfo. Morreu com 90 anos, ainda trabalhando em sua marcenaria. Seu irmão Índio jogou bola até os sessenta anos, caso único no futebol local. 


A dupla Índio e Dolfo comandava também o carnaval da Escola de Samba Imperadores, ao lado de Arnaud Costa, Brão, Neco Frizo, Zé Batista, Zequinha Bandeira e tantos outros foliões e desportistas itabaianenses. Quando o União foi legalmente criado em 1948, Dolfo já fazia dupla de zaga com Índio. 

Quando morre um benfeitor do esporte, um homem que dedicou sua vida à alegria e ao prazer do futebol e do carnaval durante tanto tempo, a cidade deveria parar e homenagear essa pessoa. Dolfo ficará eternizado como um dos maiores nomes que passaram pela história do esporte na nossa terrinha. Isso nunca se apagará. Fica o nosso sentimento de pesar à família e aos amigos, e o pedido para que a Associação Memória Viva procure resguardar algum material que pertenceu ao nosso craque para um futuro museu de Itabaiana.

Na foto, Dolfo está abraçado ao goleiro Zé de Chéu, em uma das formações do União Sport Clube na década de 50. 

(Foto: Associação Cultural Memória Viva)
www.itabaianapbmemoria.blogspot.com

Velho Fábio,

              justa a homenagem que você presta ao Dolfo, um dos maiores esportistas que a Rainha do Vale  já teve. Recordo-me que na década de 70, eu como presidente do Vasco da Gama de Itabaiana, convidei o Dolfo para ser o treinador do time. De pronto ele aceitou sem cobrar nada em troca, apenas a dedicação ao futebol amador da terra, que ainda tinha o Índio, seu irmão, baixinho, mais um dos melhores zagueiros que eu vi jogar. 

Então aproveito para externar minhas condolência em dose dupla aos familiares dos irmãos Índio e Dolfo, que hoje estão jogando o jogo da alegria em uma outra dimensão, como eles sempre se portaram quando se encontravam na "Barraca da Mentira", de propriedade de Índio, ao lado da matriz da cidade.

Joacir Avelino, de Maceió.

Um comentário:

  1. Boa lembrança Fábio, a da Escola Imperadores do Samba. Lembro-me dos ensaios, nos anos 60, no antigo armazém da Kroncke,onde hoje é a Prefeitura Municipal.
    Com certeza a Memória Viva incluirá o nome de Dolfo no seu acervo, cidadão digno de todas as homenagens.

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