Prezado senhor:
Gosto de tudo arrumado, agradável e confortável à minha volta. Não posso suportar bagunça. Você talvez esteja experimentando desordens ou tormentos em seu círculo doméstico, o que eu posso resolver. Sou muito arrumada e vidas desarrumadas me irritam. Suas maneiras não são civilizadas.
Para a satisfação mútua, proponho falarmos francamente: sou uma mulher altamente sexualizada que vivo com um imbecil sem arte, o que é uma amolação, apesar do traste ser portador de altas taxas de testosterona. Mas eu aceito o jogo, desde que possa modificar algumas regras.
Terei prazer em receber o ilustre consulente que será introduzido numa atmosfera verdadeiramente organizada, onde se reúnem às terças-feiras os membros da Liga dos Investigadores Espíritas, pois o seu problema é espiritual. Sei que você é um cético, mérito negativo que talvez explique as condições em que vive.
Falei de propósito sobre ser uma mulher altamente sexualizada só para aguçar suas segundas intenções passionais e sórdidas, as quais conheço de outros carnavais. Peço que não publique nada sobre aqueles tempos, mesmo sabendo que você não tem nenhum vestígio da cortesia que a raça humana adquiriu em milhões de anos de evolução.
A desarrumação na sua vida, meu caro consulente, é tudo porque você não pode viver sem mim. Há um vínculo profundo, primitivo, silencioso entre nós. Sou uma mulher sem fronteiras e você é um leão sem vergonha, um animal zombeteiro, cachorro, covarde, mentiroso, libertino!
Madame Preciosa.
PS – Você não passa de um projeto de humanidade.
RESPOSTA: Madame, não vem de garfo que hoje é dia de sopa. Suruba espiritual não é minha praia. Pela sua conversa torta, deve estar mal nutrida e com carência de ferro. Ta faltando comida em casa. Talvez Orlando Otávio, o cantor garanhão das mamãezonas, tope resolver seu problema.
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