Francine Piaia não pinta como eu pinto
Francine Piaia é uma moça que participou do BBB, reality show da TV Globo, programa baseado na vida real, com exposição de pessoas convivendo em uma casa. Alguns críticos dizem que o programa é o que há de mais ridículo na televisão brasileira. “Juntam um bando de playboys de merda, todos bombados e com sérias tendências de sentar numa tora, mais um monte de mulheres gostosas e voltadas à prática da biscatagem e pronto: está formado o BBB”, resume Miltinho, um cara que não vê o BBB, mas sente o cheiro.
Eu não sei o que significa biscatagem, mas deve ser algo em torno de libertinagem. Em todo caso, a tal Francine ficou famosa e resolveu fazer uma exposição dos seus quadros. Faz um ano que ela suja telas, na ilusão de que sabe pintar. Sua coleção de 115 “obras” em tinta acrílica foi leiloada em benefício da Casa de Apoio à Criança com Câncer de Santa Tereza, no Rio de Janeiro. Os quadros foram vendidos em menos de uma hora. Só um deles alcançou o preço de R$ 1.500 reais. Ao todo, o leilão rendeu R$ 7 mil.
Louvável a boa ação filantrópica da moça, mas o que eu quero ressaltar é a inversão de valores e o poder da mídia de vender seja lá o que for. O Ponto de Cultura Cantiga de Ninar, de Itabaiana, está leiloando um quadro do pintor hispano-brasileiro Otto Cavalcanti, um dos artistas mais famosos da Europa, e até agora só recebeu um lance no valor de R$ 500 reais.
Já a ex-BBB Gyselle Soares arrematou em um leilão no hotel Salomon de Rothschild, em Paris, na França, um quadro de Michael Jackson. Gyselle comprou a obra por 5 mil Euros e diz que a aquisição foi a realização de um sonho.
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