Muita gente, entre cornos e candidatos, além de poetas e agregados, esteve no Bar dos Cornos para ouvir Dedé Monteiro declamar poesia fina, ele que é da cidade pernambucana de Tabira.
Leiam o que Inácio achou do poeta de Tabira:
“No final de semana que passou, perambulei por São José do Egito, Itapetim e Tabira e saí de lá com a impressão de que, se por algum fenômeno metafísico, Carlos Drummond de Andrade, Manoel Bandeira, Fernando Pessoa e Castro Alves ressuscitassem de uma só vez em qualquer uma dessas cidades por onde passei, ninguém iria dar a mínima. No sertão de Pernambuco, poeta mesmo é Dedé Monteiro”.
A poesia segundo Dedé Monteiro
Explicar a poesia
Ninguém consegue explicar.
É mais pesada que o chumbo,
É leve igualmente o ar…
É fina como cabelo,
É bela como o luar!
Toca na alma da gente
Fazendo rir ou chorar…
Faz a tristeza morrer
E o sonho ressuscitar
A poesia é tão santa
que, quando um poeta canta,
Deus pára pra escutar!
E, pra terminar, meu hino,
A poesia, seu menino,
Como tudo que é divino
Não dá pra gente pegar…
Se eu pegasse a poesia,
Porta em porta sairia
Igual a um mendigo faz
Pedindo não, dando esmola,
Tocando a minha viola
Cantando a canção da paz
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