Nesta segunda-feira, dia 13 de dezembro, a Universidade Federal da Paraíba comemora 50 anos de sua federalização. Para comemorar, serão lançados 30 livros.
À noite, a Universidade prestará homenagem ao ex-ministro paraibano Abelardo Jurema. No cargo de deputado federal, ele foi autor da proposta da federalização. O filho de Abelardo Jurema, colunista social Abelardo Jurema Filho, lançará seu livro “Cesário Alvim 27 – história de um filho de um exilado”, publicado pela Editora Universitária.
O célebre ministro e deputado, já falecido, é filho da cidade de Itabaiana, lugar que, impassível, contempla o preito de gratidão da UFPB enquanto se reconforta com a ideia de que viu nascer esse político, mesmo sem jamais ter recebido dele um simples gesto de afago e reconhecimento. Conversando com pessoas mais antigas da cidade, muitos afirmam que esse conterrâneo nunca ajudou sua terra natal quando foi poderoso nos esquemas políticos do Brasil, Ministro de Estado, deputado federal e íntimo dos círculos do poder, até ser cassado e banido do país pelos militares.
Pergunta: alguma autoridade itabaianense, representante do Município, foi convidada para esses eventos comemorativos? Depois de 50 anos de federalização da UFPB, a terra de Abelardo Jurema arrasta-se sem memória, sem educação e sem progresso. De fato, hoje somos absolutamente inúteis e sem prestígio algum. Não merecemos o olhar dos cérebros privilegiados da Universidade, “luzes que não descem aos subúrbios do mundo” como afirmou Arturo Gouveia, ele mesmo um sujeito adestrado nas ciências e artes superiores nessa instituição de ensino e pesquisa.
Em tempo: Abelardo Jurema foi prefeito nomeado de Itabaiana em 1937, quando contava 23 anos de idade. Um sujeito honestíssimo.
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