terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Fé e poesia


SOU POETA MENOR, MAS SOU POETA


Sou poeta menor, mas sou poeta,
Cantador das coisas do meu sertão;
Se meu verso ele não atinge a meta
Mas é escrito com amor, com emoção!

Sou poeta menor, mas sou poeta,
Que prega o Evangelho da redenção;
Pois somente Jesus é quem completa
Toda alma carente de salvação!...

Sou poeta menor, mas sou poeta,
Embora alguns digam que não sou não;
Que jamais escreverei feito um esteta...
Que os versos que faço é tudo em vão.

Que importa se a rima não é correta?
Se o verso é simples, sem erudição?...
Sou poeta menor, mas sou poeta,
Que escreve com a alma, o coração!



ANTONIO COSTTA

O poeta de Deus

Sou poeta pequeno, quase anão,

Cantador sem apelo e sem firmeza,

Sem virtude, sem rima e sem clareza,

E também sem evangelização.

Admiro o talento do irmão

Que das cordas da lira tira a fé,

Eu descrente em Deus e Maomé

Faço versos de ímpia inspiração.

Vou, assim; no papel tentando em vão

Exaltar uma tal brasilidade

Que me dê uma vã notoriedade

De poeta que nunca sai do chão.

Nosso Costta tem essa qualidade

De ser firme na fé e bom poeta,

Um exemplo de artista e de asceta

Traduzindo o idioma da bondade.


Fábio Mozart

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