Neste domingo último, Wagner voltava de um jogo na Baía da Traição quando o carro em que viajava capotou. Segundo disse Wanessa, o motorista não sofreu nenhum arranhão, mas um dos atletas quebrou o braço, outro quebrou o nariz, um terceiro teve uma lesão no pescoço e seu irmão, que estava sem cinto de segurança, na capotagem teve uma lesão na coluna, quebrando duas vértebras. Está no Hospital do Trauma para realizar a cirurgia. “A médica informou que ele tem poucas chances de voltar a andar”, disse Wanessa.
Nosso companheiro Daniel Pereira, da Rádio Comunitária Voz Popular, comentou: “gostaria de lembrar que o irmão de Wanessa é o goleiro da seleção paraibana de futebol de areia e também já vestiu por várias vezes a camisa de seleção brasileira, conquistando muitos títulos para nosso país, mas infelizmente num momento como esse nenhum meio de comunicação lembrou-se desse atleta.”
É triste, mas vale fazer notar que o Wagner não recebe o reconhecimento da mídia porque o esporte a que se dedica ainda não tem grana nem parceira suficiente para chamar a atenção da imprensa venal. Não tem o que eles chamam de visibilidade. É tão excluído como a comunidade onde moram. Lá, a imprensa só vai para registrar prisão ou morte de traficantes de drogas, mas passam ao largo e não percebem o trabalho educacional e cultural que realiza o grupo de jovens da associação de rádio comunitária.
Para a imprensa e os patrocinadores, o que conta é o retorno financeiro. Futebol de areia ainda não chegou a esse ponto. Por isso, Wagner não existe para os meios de comunicação de massa, apesar de ser um destaque nacional no esporte que pratica.
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