segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Maria da Garrafa merece um monumento


Menino Fábio:

Sobre a mudança de nomes das cidades, peço transmitir ao nosso indiscutível prefeito Jessier Quirino a minha sugestão: mudar o nome de Itabaiana para "Maria da Garrafa", em retribuição aos excepcionais serviços por ela prestados. Esse povo não tem o que fazer não?

Erasmo Souto - Recife/PE

Para os da nova geração, Maria da Garrafa foi uma meretriz especializada em treinar garotos na difícil arte de fornicar. Eu lembro dela com sua imensa barriga, seus peitos taludos, sua bunda imponente e sua mania de carregar um pintinho no ombro, mas pinto de penas, o filhote da galinha. Não fiz parte de sua lista de clientes mirins porque naquela época eu ainda estava na fase da inocência absoluta. Fui tirar o cabaço anos depois na beira do rio, com uma velhota lavadora de roupa e desencaminhadora de guris.

O meu compadre Erasmo Souto, esse sim, foi ao céu com Maria da Garrafa, sentindo nas ventas aquele cheirinho de suor vencido, sarro de cachimbo e suvaqueira de Maria, explorando com a pinta bisonha aquele tabacão célebre entre os moleques de Itabaiana nos idos de 1960.

O poeta Orlando Otávio foi outro que certamente contratou os serviços de Maria da Garrafa. Aliás, era o próprio pai do menino que combinava com Maria a cópula inaugural do pirralho, pra “virar homem”.

Meu compadre Jacinto Moreno participou de um filme porreta sobre esse tema. Chama-se “O meio do mundo”. Jacinto faz o papel do pai que leva o filho adolescente para copular com uma velha puta carvoeira no meio do mato. “Num lugar distante, no meio do mundo, pai decide que é chegada a hora de levar o filho pra conhecer a vida”, diz a sinopse do curta-metragem que tem no elenco o próprio Jacinto Moreno, Eleonora Montenegro e Conceição Camoratti.

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