quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Sem deuses e sem ideais, mas com rosas brancas e palhaçadas


Os filósofos pré-socráticos já afirmavam que os homens se tornam mais puros e condescendentes sem deuses e sem ideais. Sabemos que em nome de deuses e de ideais, foram cometidos os mais horrorosos crimes contra a humanidade no transcorrer da história.

Se você ofende o ser humano, seja em nome do que for, é meu inimigo. Mesmo que esse ser humano tenha cometido erros, foi incorreto em suas atitudes ou vacilou no seu relacionamento com outras pessoas. Hoje é o Dia Internacional dos Direitos Humanos.

Hoje também tem festa para Iemanjá, um orixá africano. Para essa deusa eu abro exceção. Assim registrou Jorge Amado sua impressão sobre Iemanjá: “Iemanjá, rainha do mar, é também conhecida por dona Janaína, Inaê, Princesa de Aiocá e Maria, no paralelismo com a religião católica. Aiocá é o reino das terras misteriosas da felicidade e da liberdade, imagem das terras natais da África, saudades dos dias livres na floresta”.

Gosto de Iemanjá e vou oferecer sete rosas brancas para essa rainha sereia, mãe dos peixes. Iemanjá quem controla a fertilidade, simbolizada em seu corpo robusto, forte, em seus seios volumosos e na aparência sensual. Você mulher que quer engravidar, use branco hoje e procure ouvir o canto da sereia. Procurar um parceiro também é fundamental.

Hoje, 8 de dezembro, também é dia do palhaço, e por isso tiro meu chapéu para Pingolenço, o palhaço de Itabaiana que marcou época naquela cidade como artista completo. No seu circo Central, brincava de palhaço, malabarista, mágico, cantor, dançarino, músico, acrobata, contorcionista e cavaleiro. Dizem que o maior palhaço do mundo é o russo Slava. Seu espetáculo mistura as velhas tradições circenses e modernas técnicas cenográficas. Fico com Pingolenço, um artista no sentido amplo da palavra. Para mim, foi e é o maior palhaço do mundo, embora eu nunca tenha assistido a uma performance sua. Faço meu juízo de valor a partir de testemunhos de pessoas de sua época, a exemplo do meu pai Arnaud Costa. Tiririca é deprimente, um palhaço que se despalhaçou ao entrar na política por vias obscuras. Mas viva o dia do palhaço! E viva Charles Chaplin!

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