O
poeta Vavá da Luz, de Ingá, é o único Secretário de Turismo da Paraíba que vai
dar expediente no seu cavalo. “Em vez de dar ‘cavalo de pau’ na rua com carrões
envenenados, eu sigo galopando no meu alazão, sem poluir a natureza e curtindo
as belezas de minha terra”, disse Vavá da Luz. No caminho para a Secretaria,
que fica no complexo turístico da Pedra do Ingá, Vavá passa pela Ponte Preta,
construída no século dezenove para escoar o “ouro branco”, o algodão que deu a
Ingá o título de segundo maior produtor do mundo.
Amante
da natureza e guardião do meio ambiente, Vavá da Luz mora em uma fazenda urbana,
a Senzala, na entrada de Ingá, onde cria cavalos e conserva peças históricas do
tempo da escravidão. “Se o cavalo passar arriado, eu monto e fundo o museu de
Ingá, com o material que já tenho em minha propriedade”, afirmou Vavá,
conhecido pelo seu bom humor e seu talento poético. Neste mês de novembro, ele
lançará seu primeiro livro de poesias, o “Livro proibido de Vavá da Luz”, que
promete reunir amigos e admiradores em sua Senzala no dia do seu natalício.
Com
sua verve, Vavá costuma de dizer que, se for candidato a prefeito, seu grito de
guerra será um relincho. “O cavalo é o símbolo do meu estilo de vida, só não
vou fazer como o prefeito de Sapucaia do Sul, no Rio Grande, que desviou verba
da merenda escolar pra comprar um cavalo de raça por nome Merenda”, emendou
Vavá.
Em
Sapucaia, o caso do cavalo do prefeito tornou-se chacota na eleição. A Justiça mandou apreender uma
réplica de cavalo, apelidada de Merenda que andava a reboque pela cidade com um
cartaz: "Vendo meu cavalo. Nome: Merenda. Valor: 11.304.000".
A decisão proibiu
ainda sons de relinchos no município, pois seriam ofensivos ao prefeito e
candidato à reeleição, Marcelo Machado (PMDB), que ingressou com o pedido de
confisco do objeto. O prefeito acabou ganhando, o que confirma o ditado: “a
cavalo dado não se olha os dentes”. Ou não...
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