terça-feira, 31 de agosto de 2021

RÁDIO BARATA 204

 


Nem Bolsonaro nem Lula. Vote na barata que ela vai dominar o mundo – A verdadeira terceira via – Rádio Barata no Ar – Edição de nº 204

sábado, 28 de agosto de 2021

Atriz e educadora Claudete Gomes está neste sábado no ALÔ COMUNIDADE


A atriz, poeta e professora Claudete Gomes, de João Pessoa, é a entrevistada deste sábado (28) no programa “Alô comunidade”, pela Rádio Tabajara da Paraíba AM (1.110 kHz) e Rádio Zumbi.

O programa começa às 11 horas, com apresentação de Marcos Veloso e Bento Júnior, apoio técnico de Maurício Mesquita e roteiro de Fábio Mozart, coordenação geral de Dalmo Oliveira.

Para ouvir pela internet: https://radiotabajara.pb.gov.br/radio-ao-vivo/radio-am

 

 

 

sexta-feira, 27 de agosto de 2021

terça-feira, 17 de agosto de 2021

No desfolhar dos folhetos

 

A Universidade Federal do Amapá publicou e estou lendo o livro “No desfolhar dos folhetos – escritos sobre cordel”, coletânea de ensaios sobre o cordel brasileiro, organizada por Stelo Torquato Lima, Francisco Wellington Rodrigues Lima, Marcos Paulo Torres Pereira, Elizabeth Dias Martins e Luciana Eleonora de Freitas Calado Deplayne. A capa apresenta xilogravura de vendedor de folhetos na feira, com seu público ao redor e sua banquinha com a tradicional corda onde se penduravam os cordéis. Arte de Jefferson Campos para capa de Gustavo Alencar Lemmertz. O livro, com 480 páginas, fala de Leandro Gomes de Barros, Patativa do Assaré, Manuel Camilo dos Santos, Pedro Bandeira, o feminino na literatura de cordel, o sagrado, o profano e o erotismo, o folheto popular e a cultura armorial e o cordel em sala de aula. Na folha de rosto, a marca da pandemia: os autores lamentam a morte do pesquisador Francisco Wellington Rodrigues de Lima, vitimado pelo Covid-19.

Recomendo a obra aos meus compadres Manoel Belisário, Kydelmir Dantas, comadre professora Beth Baltar, Sander Lee, Stelo Queiroga, Josenildo Lima, Bento Júnior, Lino Sapo e todos aqueles que se interessam pela produção crítica do cordel brasileiro. Trata-se de uma ação do Grupo de Estudos Cordelista Arievaldo Viana, radialista e poeta popular, falecido em Fortaleza aos 54 anos de idade.

Registrar meus agradecimentos ao poeta, professor e amigo Bento Júnior, misto de cordelista, ator de teatro e secretário eventual desta isolada barata. Explico: ao me encontrar em estado eremítico no topo de uma serra na cordilheira da Borborema, distante da capital da Paraíba, deparo-me com anúncio da Editora da Universidade Federal da Paraíba sobre doação de livros do seu catálogo na lagoa do Parque Sólon de Lucena, comemorando o aniversário da capital João Pessoa. Convocado para a missão de abordar o caminhão dos livros e pegar o maior número possível das obras à disposição, o compadre Bento armou-se de duas grandes sacolas e quando chegou no local, teve uma visão desalentadora e animada, a um só tempo. Fila imensa circulava a lagoa. Bento renunciou seu lugar na fila depois que soube da norma: cada leitor só poderia levar apenas um livro para casa. Aflito, ligou:

– Fábio, não vale a pena entrar na fileira dos pidões de livros. Só deixam levar um exemplar para cada freguês, mas fiquei jubiloso demais por ver que João Pessoa ainda tem tanta gente interessada em livros!

A vida é incerta e breve é o bom funcionamento dos órgãos da vista. O glaucoma e a catarata já anuviam meus olhos. Antes que eles nublem por completo, preciso ler os livros essenciais que ainda me faltam consultar. Dediquei boa parte do meu tempo a apreender as obras da alta intelectualidade, os queridinhos das classes produtoras e autoridades constituídas. Só depois de chegar pertinho do ponto de dobrar o cabo da boa esperança é que comecei a ler e escrever sobre a literatura criada pelo povo. Em suma: preciso centrar na leitura ao nível de minhas possibilidades e dos meus interesses. Por isso espero ler “Pinto do Monteiro: Poesia, Performance e Memória”, de Maria Ivoneide da Silva, “Indexação de xilogravuras à luz da semântica discursiva e das potencialidades da folksonomia”, de Maria Elizabeth Baltar Carneiro de Albuquerque e Raimunda Fernandes dos Santos, e Cordel em Braille: procedimentos semióticos da transcodificação”, de Flaviano Batista do Nascimento e Maria de Fátima Barbosa de Mesquita Batista, únicas obras que encontrei no catálogo da UFPB que tratam da literatura de cordel brasileiro. O cordel em Braille talvez me seja útil quando apagar a última vela da visão já incerta e inconsistente. É que pretendo morrer compondo cantigas de maldizer e de escárnio para certas almas sebosas e cantigas de bem-querer para as diletas pessoas do meu agrado.

RÁDIO BARATA 198

 


Japonês leva medalha de ouro na Olimpíada por ser maior comedor de baratas do mundo

Rádio Barata no Ar – Edição nº 198

https://www.radio.diariopb.com.br/programa-radio-barata-198a-edicao/?fbclid=IwAR2LuqhLEyUfp9zELk6XGLI3Qk6713r5j9cAIbgwChLmXQ0-38ymWsP-NGg

 

sexta-feira, 13 de agosto de 2021

quarta-feira, 11 de agosto de 2021

segunda-feira, 9 de agosto de 2021

sábado, 7 de agosto de 2021

sexta-feira, 6 de agosto de 2021

RÁDIO BARATA 194



ESTÁTUA DO BOLSONARO SERÁ ERGUIDA NO ESGOTO DA BARATA MANÍACA INCENDIÁRIA, SÓ PRA GALERA QUEIMAR

Rádio Barata no Ar – Edição nº 194

https://www.radio.diariopb.com.br/programa-radio-barata-194a-edicao/?fbclid=IwAR1m0taaRcWOQ8RpsB0NUbBlazAUHvQZ301iTrjoVdwZRYeL20P2rb4gq_0

quarta-feira, 4 de agosto de 2021

Passa um filme na minha cabeça...

 


No começo do ano 1960 foi inaugurado o Cine Alvorada, em Timbaúba dos Mocós, Zona da Mata norte de Pernambuco. Em 1970 lancei o Jornal Alvorada, título que remete ao primeiro cinema que conheci, projeto de empresários do setor calçadista. Lembrando que, na época, Timbaúba era o maior polo calçadista do Nordeste. O Cine Alvorada fechou em 1985. Eu e meus primos Josué e Jackson éramos habitué do escambo de gibis na frente do cinema. Cada garoto com seu feixe de revistas do Tarzan, Tio Patinhas, Gato Félix, Zorro, Combate, Superman, Fantasma e Mandrake, para troca e, eventualmente, venda. A negociação em dinheiro sendo operação rara no meio daquela molecada desprovida de capital. Um comércio que já morreu há muito tempo, junto com o velho cinema de rua. Valia como especulação e usura pedaços de película cortados dos filmes e jogados no lixo do cinema. Um Tarzan novo custava dois Zé Carioca de terceira mão e um gibi sebento de Mickey, com mais meio metro de sequência de filme.

É aqui que entra a poesia da infância. Diga-se como esclarecimento necessário que eu tinha oito anos e televisão ainda chegava apenas como ecos incertos e duvidosos de um índio chamado Tupi, domesticado por um tal Assis Chateaubriand lá para as bandas do sudeste remoto. Tratava-se de cinema em casa, com projetor feito de caixa de sapato da marca “Criança”, a maior fábrica de calçados de Timbaúba. Esse projetor de filme rudimentar virou mania dos garotos. Meus primos construíram o seu e projetavam pedaços de sequências de filmes renomados, exibidos no Cine Alvorada. “O crepúsculo dos deuses” combinava com “Fúria de viver”, fundido com “Rio bravo” e partes roubadas de “A sede do mal”.

Na psicologia do garoto extasiado pelo fervor da arte, aquele cineminha em casa foi, sem dúvidas, o que melhor personificou meus verdes anos. Meus primos construíram um projetor para mim, que funcionava com uma lâmpada cheia com água e um espelho em quarto escuro com subsídio de uma nesga de luz do sol. Parecia um sonho. Nas sessões de cinema no bairro Timbaubinha, na humilde casa de tia Judite, a gente cobrava até ingresso. A entrada tanto podia ser um gibi supersurrado de Buck Jones como uma decente bola de meia. O que eu desejava espantosamente passou muito tempo para ser superado pelas invenções tecnológicas e avanços da ciência. Na verdade, essa fantasia gerou crédito imperecível na mente fantasiosa do garoto. Ainda hoje eu vivencio na memória afetiva a sensação de ser dono de um projetor de cinema de caixa de sapato.

É, provavelmente, a lembrança de manifestação artística mais importante de todos os meus tempos de artista amador e entusiasta da capacidade criadora do ser humano. Em nosso cineminha passavam sequências ligeiras, mudas e estáticas, de muitos filmes que depois se tornaram clássicos. Aqueles pedacinhos de celuloide não representavam arte, no meu modo de cogitar essas reminiscências da infância. A obra de arte era o projetor artesanal. Aquela máquina rústica era a matriz da minha emoção. Guarda um significado único. 

Meu filme vai chegando próximo do temido “The End”. Não sei se o fim será bom, se teremos partes “roubadas” pelo projetista, enjoado com a saga sem suspense de uma vidinha medíocre. Entretanto, sei que existe aquela câmera subjetiva dominando um campo do meu filme que ninguém é capaz de ver. Não conseguem ter profundidade de campo, porque jamais construíram e manipularam um projetor de caixa de sapato. O enquadramento vai obscurecendo, sem a dimensão humana como referência. No meu plano geral, uma sequência sem cortes me leva à velha Timbaúba e seu saudoso Cine Alvorada. O diretor pede um plano de conjunto mostrando um grupo de meninos em um quarto na penumbra. Aquilo que a câmera não vê, por uma questão de objetividade e insensibilidade, em primeiríssimo plano está o memorial de um guri abismado e fascinado pela banalidade e intersubjetividade da vida que se transforma em arte na roda do cotidiano.

 

 

 

terça-feira, 3 de agosto de 2021

RÁDIO BARATA 193

 


Astróloga Madame Preciosa conta os podres do signo de Leão e esquenta seu inferno astral

Rádio Barata no Ar – Edição nº 193

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