terça-feira, 31 de março de 2015

CALOY NA FESTA DAS MÃES EM ITABAIANA

Este é Carlos Alberto Caloy, filho de Zé Medeiros do Cinema Ideal de Itabaiana. Ele acaba de ser contratado pela organização do baile “De volta aos anos sessenta” para abrir o shou da banda “The Ze`s”, antiga “Os Brasas, no dia 9 de maio, na AABB de Itabaiana.

Caloy é cantor de coral e tem curso de formação em técnica vocal na UFPB. Ele será acompanhado pelo maestro Luiz Carlos Cândido, no baile que já é considerado o maior acontecimento social de Itabaiana em 2015.


Sim, o cachê de Caloy é zero, como o de todos os artistas que irão se apresentar, em favor do Ponto de Cultura Cantiga de Ninar.

segunda-feira, 30 de março de 2015

Vou parar de postar nessa porra de blog pra não ser mal entendido. 


Vaquinha para o Ponto de Cultura





A poeta Renaly Oliveira está organizando uma vaquinha online para levantar grana a fim de investir na reforma do prédio de um antigo moinho, que a Secretaria de Cultura do Estado disponibilizou para o Ponto de Cultura Cantiga de Ninar. Quem quiser contribuir, entra no programa que estamos divulgando pelas redes sociais e deixa sua quantia. 

Pegando a deixa, eu deixo aqui essa crônica de segunda-feira, seguindo o roteiro de material publicado pelo cronista Kubitschek Pinheiro no Correio da Paraíba deste sábado, 21 de março. Sou leitor de Kubitschek, um dos melhores da Paraíba na arte de poetizar o cotidiano. 

Para a educação, mais comprometimento. Para o cidadão, gentileza e conversa franca. Para o Ponto, boa impressão e casa caiada. Para a luta, mais consciência. Para o luto, mais tranquilidade. Para a glória de sua divindade, mais louvor e superstição. 

Para a bobagem monumental de sonhar com ditadura, juízo e inteligência emocional. Para o Ponto, tinta fresca e ideais idem. Para os boçais, indiferença. Para os fracos, Óleo de Peixe de Bacalhau e Calcigenol B12. Para os fortes e babacas, simancol três vezes ao dia. 

Para o Ponto de Cultura, casa bonita e cheirosa. Para quem não entende uma vírgula de idealismo, exemplos tipo a própria Renaly. Para o poeta Bob Motta, mais saúde, mais fé e lustre na violinha. Para mim, um copo de vitamina de banana com maçã, pão de centeio e meia dúzia de luas para orbitarem em torno do leão, esse astro ainda desconhecido. Para o gestor midiático, um belo jogo de cena. Para a sua gestão, mais ação coordenada. Para o poeta Vavá, mais luz no seu candeeiro, mais tesão no seu terreiro. Para o Ponto de Cultura, cantigas de bem virá. 

Para minha Fifa linda, um abraçaço em tempo real, que ela é mais do que padrão Fifa, é padrão fofa. Para os que falam de mim, ampla ofensiva no rabo. Para o Ponto de Cultura, um novo lar cordelesco. Para as regras preestabelecidas, um maluco inovador. Para a fecundidade, cultura e conhecimento. Para o Ponto de Cultura, batismo de casa nova. 

Para uma segunda-feira cansada, louvar a abstinência. Para a ciranda política, diga não à reeleição. Para salvar o patrimônio público, vigia e orai, votai e acompanhai, fiscalizai e denunciai. Para um País cheio de problemas, mais cultura e formação. Para o Ponto de Cultura, casa cheia e cantos gerais. Para o poeta Sander Lee, que a fé remova montanhas. Para aprumar sua vida, tome terramicina, cafiaspirina, estreptomicina e chá de prudência. Para deixar de besteira, tome seu café, acenda seu cigarro e enfrente sua segunda-feira.

Para o Ponto de Cultura, uma vaquinha sadia.    

domingo, 29 de março de 2015

POEMA DO DOMINGO

Sem resposta

Mensagens mais urgentes são interditadas
Inércia mui perplexa então já se instaura
Confundindo cores descoradas de minha aura
Não reconheço as matizes misturadas.

Os dias e noites passam por telefone
Por fax e por cartas, sem halo de grandeza
Sem decodificação, e fica a incerteza
Se luto contra brisa, tufão ou um ciclone.

A ti, somente a ti, importa o teu martírio
Não passa na tv a cor do teu desgosto
E a comunicação da dor alheia falha.

Não foi telegrafado o tom do teu delírio
O som da tua voz sumiu, e isto posto,
Jamais encontrarão teu grito nessa malha.


F. Mozart

sexta-feira, 27 de março de 2015

Meu roteiro de hoje


Hoje estarei me deslocando para a cidade de Ingá, terra do talentoso João Martins de Athaide, um dos maiores poetas cordelistas do Brasil. Lá, no terreiro do meu compadre Vavá da Luz, vai acontecer a segunda plenária da Academia de Cordel do Vale do Paraíba, onde sou secretário.
Agradecendo à professora Beth Baltar da UFPB, que comprou cordéis dos nossos poetas e com esse recurso produzimos DVD e outros materiais para este encontro. Avisamos aos nossos poetas que apresentem a relação de suas obras para constar em um catálogo que a professora está organizando.

Na reunião, vamos começar a preparar a caravana que vai para os Estados Unidos em 2016, onde faremos recital para um grupo de brasileiros e estrangeiros interessados na literatura popular do Nordeste.

Teremos jantar com os poetas e depois, recital. Cantoria de viola e confraternização com os confrades e confreiras da Paraíba Pernambuco e Rio Grande do Norte. Tomarão posse na Academia os novos membros Eduardo Fuba, Renaly Oliveira, Severino Melo, Carlos Dunga Júnior, João Paulo Sobrinho e Sônia Gervásio, de Caruaru. 

Pádua Gomes Gorrion lançará três cordéis com o poeta Esperantivo, de Oróbo, enquanto eu lançarei meu folheto chamado Templo do saber. Outros poetas lançarão seus folhetos e os repentistas Heleno Alexandre e Biu Salvino cantarão louvando os colegas e a satisfação do encontro.

Esperamos lá todos os amigos e apologistas da arte do verso popular. Será em uma casa de recepções próximo ao cemitério de Ingá, na Rua Silvério Lacerda, s/n, Bela Vista, Ingá/PB.


quinta-feira, 26 de março de 2015





Minha casa não ostenta luxo. No jardim, plantei um pé de cidreira e outro de capim santo. Deixo o portão sempre aberto para cães e gatos de rua famintos. Sempre tem uma comidinha para esses bichinhos. Ratos não são bem vindos, mas, de vez em quando aparecem. Você é a favor do extermínio de gente daninha, ou diferente? Então não entende o sentido da diversidade para o equilíbrio do mundo. Por causa disso, não deleto pessoas com ideias preconceituosas e totalitárias no meu Facebook. De muitas delas até sou amigo. Aprendi a lidar com a diversidade humana.  

O meu velho amigo Ameba, um debochado juramentado, faz fé na filosofia de vida que diz: “se a vida lhe oferece limões, faça uma limonada.” E acrescenta: “Procure alguém a quem a vida ofereça cachaça e faça uma caipirinha”.

O budismo ensina que existem dois caminhos na nossa vida – o da direita, o bom, e o da esquerda, o mau. Por isso que os canhotos são tão discriminados e a turma do partido comunista leva tanto cacete.

“O pênalti é uma forma covarde de fazer gol”. – Pelé (raramente o Rei faz um gol de placa ao falar alguma coisa).

Definição de futebol, segundo Ameba: “Futebol é um jogo para 22 pessoas e um juiz que comete um monte de erros e quem paga é a senhora mãe dele. Sim, e no fim a Alemanha sempre vence.”

Sonsinho ganhou uma passagem de ônibus, ida e volta, para Fernando de Noronha. Já está arrumando a mala, contente da vida, o pobrezinho...

Filosofia da fofinha Madame Preciosa: “A vida é maior do que o manequim que você veste.”

O Ponto de Cultura Cantiga de Ninar vai ocupar um prédio público em Itabaiana, que precisa de pequenos reparos. Precisamos de voluntários para ajudar nas reformas e materiais como cimento, tinta e cerâmica. Contato:  (83) 9156.2711

Para Lau Siqueira, Secretário de Cultura do Estado, resta aos artistas de Itabaiana ocupar o espaço e produzir. “Esperamos que a Prefeitura local disponibilize algum tipo de apoio para que o Ponto de Cultura possa desenvolver suas atividades no edifício que ainda tem condições de ocupação”, disse ele.

Amanhã é dia de visitar meu compadre Vavá da Luz em Ingá do Bacamarte. Aproveitarei para participar da plenária da Academia de Cordel do Vale do Paraíba. Será uma sexta-feira diferente, poética e amistosa.

Sonsinho viu seu amigo Ameba pedalando na bicicleta ergométrica. No Natal, comprou duas rodas de presente.

Você está viciado em computador quando uma mosca pousa na tela e você tenta matá-la com a seta do mouse.

“Vossa excelência merece ser enxotado daqui por um imbecil, e eu gostaria de ter a honra de fazer isso”. (Um vereador, parente de Sonsinho).

“Fumar mata. E se você morrer, perde uma parte importante de sua vida”. – O próprio Sonsinho.

Receita de Madame Preciosa para um relacionamento perfeito: a mulher deve encontrar um homem independente, que a faça rir, que seja sincero e responsável, que goste de fazer amor. E o mais importante: nunca deve permitir que esses quatro homens se encontrem.




quarta-feira, 25 de março de 2015

terça-feira, 24 de março de 2015

Eu nas quebradas

Eu com Chico Tadeu, Ricardo Ceguinho, Marcos Veloso e Neneu Batista

Eu nas quebradas com meu compadre Marcos Veloso, visitando a cidade de Mari, onde encontrei meu velho amigo Ivo Severo, parceiro de aventuras de rádios livres em Itabaiana do Norte, anos 70. Ivo agora reside em Mari, descansando de suas lutas pela comunicação no rádio e na fotografia, profissional qualificado que é na arte de bater chapa.

Visitamos a Rádio Comunitária Araçá, onde tiramos essa foto no pátio da antiga estação ferroviária, sede da emissora que ajudei a fundar em 1998.

Reencontrei o Chico Tadeu e meu compadre velho Ricardo Alves, o ceguinho, companheiros de teatro naquela cidade, onde morei por 12 anos.

Rapaz, como eu gostaria de morar em um mundo habitado por seres amigos! Em Mari, sou cidadão habilitado com direito a diploma na Câmara dos Vereadores. 

Meu compadre velho, o Chico Tadeu, é uma criatura muito invulgar. Sujeito espirituoso, recebeu o codinome “Biu Penca Preta de Mari” por gostar de tomar cachaça e debater teses escalafobéticas. Chico é fã de Elvis Presley e John Lennon. Do músico inglês, gosta de citar a frase: “Imagine all the people living life in peace.” É um cara de paz, um sonhador.

Meu amigo Neneu Batista também estava na rádio Araçá, comunicador que é da pioneira comunitária do brejo paraibano. “Ta tudo caminhando, não sei pra onde”, disse Neneu. Meu antigo território continua o mesmo. Cidade calma, clima bom, boa gente.

“Com nossa turma não dava pra fazer um filme, porque só tinha artista, faltava mocinho”, lembrou Chico Tadeu. É, mas acabamos fazendo um documentário sobre a cidade, que depois virou peça de teatro. “Mari, Araçá e outras árvores do paraíso”, espetáculo que queremos remontar, se o Governo do Estado fizer a fineza de liberar recursos para o projeto, inscrito no Fundo de Incentivo à Cultura Augusto dos Anjos.

Neneu Batista é radialista eventual, ex-farrista exemplar, amigo fiel, apreciador da cultura popular. Boa praça. No mais, é isso. Talvez nem tanto.



domingo, 22 de março de 2015

Esperantivo, um poeta ativo


O nome da figura é Esperantivo, morador do sertão de Orobó, meu confrade na Academia de Cordel do Vale do Paraíba. Esperantivo é um poeta ativo que descobre todo dia o assombro, a glória e a danação de ser poeta popular e acreditar na sua arte até as últimas consequências. No caminho para o trabalho, no ônibus lotação, ele se põe a declamar seus versos, sabendo que por mais que os passageiros se aborreçam, o motorista se enfade e os gaiatos gaiatem  -  por mais que o instante seja anacrônico, que a hora seja acidente, que o contexto não aceite texto, Esperantivo, o poeta ativo, manda ver suas sextilhas expressando o profundo amor pela arte do seu povo e a coragem dos mambembes dançando a dança da vida, convocando nosso espírito a largar a lucidez e brincar de loucos.

 Na sua condição de poeta popular, Esperantivo fala de perdas e ganhos, de auroras e sonhos, de tons e nuances desse diálogo torto da vida cotidiana, dos desejos e dos ritmos, sempre alegre, sereno, apaixonado, às vezes trágico, outras vezes bobo, mas sempre solene no seu cantar cordelesco. Onde tiver plateia, ele baixa seu folheto, se instala e canta. “Quem tiver ouvidos de ouvir, que ouça”.  É permitida a reprodução total ou parcial sem autorização prévia do autor. É permitido também comprar o folheto, pelo preço do momento, porque essa obra se recria a cada hora. Exercício e invenção esperantiva, a poesia do povo nasce e renasce nas filas, nos restaurantes populares, nas feiras, nos cabarés de ponta de rua. 

Esperantivo não realiza nada de espetacular para nossos olhos e ouvidos habituados com a cultura de massa encefálica estercal. Suas sextilhas rebrilham, mas os passageiros nem percebem. Fúteis e medrosos, os ouvintes olham em torno, esboçam sorrisos tímidos, hesitantes e resignados. Mas o poeta continua martelando seus martelos e declamando seus mourões. Não adianta tapar os ouvidos que o eco da fala da gente impregnada de ventos doces e perfumados vai levar a viagem toda a dizer versos assim:

Se o povo é massacrado
Vivendo como um caipora
Vai chegar a sua hora
Dele ser mais respeitado
Nem governo ou deputado
É pai ou mãe do povão
Porque pra essa nação
Viver com dignidade
É só a sociedade
Se juntar em união.

No meio daquelas almas suburbanas, haverá sempre um que quer entender e se põe a refletir sobre as palavras do poeta.

Refletir é transgredir a ordem do superficial.



POEMA DO DOMINGO



Conselho de pai

Quando eu era bem pequena
Me lembro com precisão
De meu pai me olhando sério
Me ensinando uma lição
Encarando de mansinho
Como quem cuida do ninho
Com amor e sem desdém
E medindo cada gesto
Me disse em tom de protesto
“Vou lhe falar pra seu bem”.

Com o peito acelerado
Como quem prevê o mal,
Fôlego curto, olho cerrado,
Procurando algum sinal
Logo assim lhe respondi:
Pronto, já estou aqui
E com todo meu carinho
Mesmo pensando em fugir
Preferi então ouvir
“Pode dizer, meu painho”.

Lentamente começou
Com carinho e com apreço
Assim ele me falou:
Hoje sei que não mereço
Vou viver esse momento
Mas pensei, seria homem
O meu primeiro rebento
Só que quando ouvi seu choro
Nem precisei de consolo
Nunca tive em mim lamento

Hoje tenho cá comigo
Uma preocupação
Sei que você é criança
Guarde isso na lembrança
Pois os dias passarão
Vou te ver ainda moça
E depois uma mulher
Quero então que saiba logo
Desde agora eu lhe rogo
Pra não ser uma qualquer.

Já fiquei aperreada
Com o coração na mão
Pensando que era culpada
Sem ter feito confusão
E temendo uma corsa
Minha mente ainda força
Procurando uma visão
Me pergunto com angustia
Se não fiz nenhuma astucia
Pra que vou levar sermão?

Quando estou de orelha posta
Temendo a reclamação
Já preparando a resposta
Para minha proteção:
“Sei que um dia irás casar
Quero com muito orgulho
Poder guiá-la ao altar
Mas pra isso acontecer
Você vai me prometer
Dos poetas se afastar

Sei que sou ainda nova
Muito tenho pra aprender
Mas sem lhe tirar a prova
Me ajude a entender
O que tem de mal comigo
Que nem mesmo como amigo
Posso ver um cantador?
Sempre pensei, natural,
Não haver nada de mal
Em um canto de amor.

Vou falar diretamente
E sem muita enrolação
Não vou ficar pra semente
E um dia eu desço ao chão
Sei que mais parece drama
De quem tem medo de fama
Essa minha petição
Mas quero dizer somente
Que poeta não é gente
É a imagem do cão.

Credo em cruz Ave Maria
Chega inté me arrepiei
De onde o senhor tirou isso?
Bati na mesa três vez
Que mal faz o ser poeta
Pra desse jeito julgar?
Agora fiquei de alerta
Eu vou ser é mais esperta
E pra me manter mais certa
Melhor eu nunca casar

Eu te amo filha minha
Bem queria que assim fosse
Mas conheço minhas crias
E sei como o mundo é doce
Por isso só me escute
E do conselho desfrute
Vou te dar explicação
Poeta é tudo demente
Tem problema com a mente
Tudo sofre da visão

Olha o que ninguém mais vê
Vive como quem morreu
Mostra mesmo sem TV
O que nunca aconteceu
Vai te enchendo de conversa
Pois quando se é poeta
Tem jeito de fazer crer
Que dá pra brincar com o tempo
Dá para voar no vento
Te enrola sem perceber

Vivem assim de desatino
Eles nunca têm horário
Botam a culpa no destino
Quase nunca têm salário
Mostra a pedra no caminho
Diz até que é passarinho
Que passará e já passou
Quando menos se dá conta
Você caiu como uma tonta
E ele já se aproveitou

Vai dizer que é amor
O calor que nunca é
Vai ensinar o que é dor
E vai te tirar a fé
Se te mostrar só um verso
Vai te virar do inverso
Pois poeta é fingidor
Vai brincar de ser eterno
Chamar de céu o inferno
E te deixar sem pudor

Então tá certo, painho
Depois dessa exposição
Não tem como me negar
Ou fazer mal criação
De poeta fico longe
Como a lascívia do monge
Penso até em me guardar
E depois desse detalhe
Pra que eu não me encalhe
Um presente vais me dar:

Ler livro de toda parte
E uma mesa pra missão
Quero ver o que é arte
Pra entender sua lição
Quero papel e caneta
Pois eu preciso escrever
Quero mais conhecimento
Ter todo esclarecimento
E depois entendimento
Pois poeta quero ser

Nunca serei mulher dama
Nem mulher de cabaré
Nem muito menos mucama
De algum homem qualquer
Falando em voz de profeta
Quero também ser poeta
Sem deixar de ser mulher
Quem escreve não se aquieta
Nessa vida não tem meta
Pode ser o que quiser.

Renaly Oliveira